O cálculo urinário é o depósito de sais minerais nos rins ou em qualquer outra parte do aparelho urinário. Ele apresenta várias outras denominações: pedra nos rins, cálculo renal, litíase, nefrolitíase e urolitíase.
Em cada 200 pessoas, apenas uma desenvolve pedra nos rins.
Levando em conta as pessoas que desenvolvem essa doença, cerca de 80% expelem essas pedras naturalmente. Apenas 20% delas necessitam de tratamento para expeli-las.
A doença atinge muito mais homens que mulheres. A cada quatro casos diagnosticados, três são em pacientes do sexo masculino.
Qual é a causa?
O excesso de alguns minerais no organismo é o responsável pela criação de pedras no aparelho urinário. Os cálculos constituídos por cálcio são os mais comuns, porém, não são os únicos. Fósforo, oxalato e ácido úrico também são encontrados em sua composição. Por vezes, as pedras são fruto de uma combinação desses minerais.
Esse quadro pode ser decorrente do tipo de alimentação ou facilitado por outras doenças como gota, diabete mellitius e obesidade. A baixa ingestão de água e a desidratação também são apontadas como fatores que facilitam a formação das pedras.
A hereditariedade não é descartada. Pessoas que têm familiares próximos que desenvolveram pedra nos rins são mais propensas à doença.
O mesmo acontece com pacientes que já formaram um cálculo urinário. É mais fácil que eles desenvolvam um segundo cálculo nos rins que indivíduos que nunca tiveram a doença a desenvolvam pela primeira vez.
Quais os sintomas?
A maioria dos casos não apresenta sintomas. O portador do cálculo o expele sem mesmo saber de sua existência.
Os casos sintomáticos, no entanto, apresentam cólicas dolorosas que podem durar até uma hora. A cólica renal causa dor pelas costas, no abdome lateral e embaixo das costelas. Nos homens, irradia nos testículos. Nas mulheres, no lábio vaginal.
Como fazer o diagnóstico?
Uma entrevista com o paciente revelando o histórico familiar e um exame físico são capazes de indicar a possibilidade de cálculo renal.
A comprovação do diagnóstico pode ser feita através de exames laboratoriais. O exame mais comum é o de urina que, na maioria dos casos, apresenta sangue. Também são utilizadas radiografias abdominais, ecografia abdominal e tomografia computadorizada abdominal total para realizar um diagnóstico mais preciso.
Qual o tratamento?
O tratamento depende do tipo das predas, de seu tamanho e da sua localização, além da condição do paciente. Durante as crises, a primeira medida a ser tomada e eliminar a dor. Para isso, são utilizados analgésicos e antiespasmódicos. Nesse momento, pequenas pedras podem ser eliminadas de forma espontânea.
Para acabar com as pedras que ficaram a litotripsia extracorpórea é uma das técnicas mais utilizadas. Ondas de choque são aplicadas no paciente fazendo com que as pedras se fragmentem e possam ser expelidas através da urina.
Há tratamentos mais invasivos como endoscopia urológica, ureteroscopia e cirurgias percutâneas. Nesses casos, equipamentos penetram por orifícios naturais para fragmentar e extrair as pedras. As técnicas são aplicadas rapidamente e a internação desnecessária.
A cirurgia tradicional é pouco utilizada. Aproximadamente 10% dos casos necessitam desse tipo de intervenção.