Dr. Gabriel Freire Amado de Oliveira

Contemplando alguns dos argumentos prévios e atualizando-os: Recentemente a AMHB publicou um estudo preeliminar recomendando o Arsenicum album como possível Gênio Epidêmico (GE) para a fase inicial da doença em sua forma mais geral... Este remédio, assim como a Camphora, tem sido muito utilizado na Índia como medida de Saúde Pública - onde o Sr. Sankaran, famoso homeopata da atualidade, foi contratado pelo Governo para auxiliar no manejo da crise. Entretanto, o remédio em questão não tem coberto as formas graves da doença - o que, de acordo com Samuel Hahnemann, deveria ser contemplado na seleção do remédio homeopático para a Epidemia. Por enquanto, as alternativas terapêuticas todas (alopáticas e homeopáticas) encontram-se em fase de estudo e não há consenso nem mesmo acerca da Cloroquina (alopática). Já a China (homeopática, aparece como um remédio "mais fraco" na repertorização homeopática, podendo ser utilizada em casos fortemente sintomáticos conforme consta no Organon da Arte de Curar, § 244). Outro aspecto importante é que as intervenções populacionais quaisquer que sejam, dificilmente terão o alcance desejado, considerando a mortalidade em torno de 5% na população em geral. Pelo método científico-estatístico atual, dificilmente se construiria uma amostra que tivesse replicabilidade para mais de 95% dos casos; e a mortalidade desta doença fica um pouco abaixo disso... Então a Hidroxicloroquina, China ou "placebo", terão uma efetividade máxima de 95%, e a mortalidade ficará igual! Observamos, por Estudos anteriormente publicados do GEHSP, que a China officinalis, princípio ativo da Hidroxicloroquina, foi utilizado com bastante eficácia nos casos de dengue, malária e febres intermitentes - com efeito de proteção de até 94% em alguns casos, como na Campanha de homeoprofilaxia para DENGUE em Iporã-GO (DARUICHE, 2012). Há que se observar ainda que há grande mutabilidade do suposto agente morbífico do COVID-19 gerando uma certa variabilidade na apresentação clínica da moléstia; assim, escolha do GE deverá contemplar as os sintomas e características da população da região em que se pretende aplicar o remédio. Talvez, o GE encontrado na Índia venha a ser diferente do obtido pelos sintomas dos pacientes em algumas partes do Brasil, onde temos encontrado formas graves em indivíduos mais jovens e algumas peculiaridades que talvez não fossem encontradas lá naquela população. Considerando os trabalhos de Samuel Hahneman acerca do acima exposto e das Doenças Crônicas (HAHNEMANN, S. The chronic diseases: their peculiar nature & their homeopathic cure. New Delhi: B. Jain; 2005) é consenso entre os Homeopatas (e Alopatas) de que o acompanhamento médico especializado, individualizado e focado no tratamento e compensação do indivíduo e de suas Doenças Crônicas será a forma mais segura da Humanidade enfrentar esta Epidemia - visto que a morbimortalidade é mais grave nas infecções (ocasionais?) pelo Coronavírus em indivíduos do chamado Grupo de Risco. Por fim, deve-se assegurar que qualquer intervenção terapêutica, principalmente neste cenário de crise com potencial colapso dos Sistemas de Saúde, tenha Acompanhamento Médico Especializado com orientações e contatos mais frequentes. Utilizar-se dos meios disponíveis como a Telemedicina torna-se então uma alternativa viável para elucidação de dúvidas e minimização de "fantasias" acerca de algo que a Humanidade já viu antes e através do que deverá Evoluir!

Qual o Objetivo do Hemograma? É preciso realizar uma investigação clínica básica antes mesmo de um "simples" hemograma...