Marianne Paiva

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Marianne Paiva

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"Gosto de uma coisa que odeio": 0
paradoxo do desejo em Lacan
A imagem diz muito mais do que parece: um sujeito deitado no divã confessa "Gosto de uma coisa que odeio." Essa frase, por mais contraditória que pareça, expressa uma verdade profunda sobre a estrutura do desejo humano, tal como formulada por Jacques Lacan.
Lacan nos lembra que "o desejo é o desejo do Outro". Isso significa que nosso desejo não é totalmente nosso ele é atravessado pela linguagem, pela cultura e pelas relações com aqueles que nos cercam. Muitas vezes, desejamos o que nos falta, o que nos escapa ou, inclusive, aquilo que nos fere. Como o próprio Lacan escreveu: "O amor é dar o que não se tem a alguém que não o quer."
Quando o paciente da charge afirma gostar do que odeia, ele toca justamente nesse ponto onde o desejo se enrosca com o sofrimento. O gozo (jouissance, no original francês), em Lacan, é aquilo que ultrapassa o prazer é um prazer doloroso, uma satisfação que também machuca. Não raro, somos atraídos por padrões que nos fazem mal, por relações que nos frustram, por repetições que nos aprisionam. Como entender isso?
Lacan nos oferece uma pista importante ao dizer que "a verdade tem estrutura de ficção." A forma como contamos nossas histórias, nossas dores e paixões, é atravessada por fantasmas formações inconscientes que organizam o nosso modo de desejar. Muitas vezes, odiamos aquilo que gostamos porque há algo de nós mesmos depositado ali, algo que revela nossa falta, nosso ponto de angústia.
A clínica psicanalítica é, então, o lugar onde esse enigma pode ser escutado e decifrado não para que o sujeito
"corrija" seus desejos, mas para que possa se responsabilizar por eles, habitá-los de maneira mais consciente, talvez até menos dolorosa.
Como disse Lacan: "Aonde estou, penso não me encontrar."Somos divididos, paradoxais, e é nessa divisão que se encontra a potência de transformação.

30/11/2025

Experiência

Meu encontro com a psicanálise foi como abrir uma porta que sempre esteve entreaberta, mas que eu nunca havia ousado atravessar completamente.

Enquanto estudante de psicologia, fui apresentada a tantas abordagens, mas foi na psicanálise que senti um chamado mais profundo, quase íntimo.

A princípio, me deparei com conceitos densos, interpretações que pareciam labirintos, e um método que exigia mais do que apenas compreender-exigia sentir.

Mas, como bem disse Clarice Lispector, "Eu não sou eu.Sou eu e minhas circunstâncias". E foi exatamente essa percepção que me fez continuar: entender que o sujeito não se reduz a um diagnóstico ou a um comportamento, mas que é atravessado por sua história, seus desejos e suas faltas.

A psicanálise me ensinou a escutar. Não apenas as palavras, mas os silêncios, os lapsos, as repetições que revelam aquilo que se esconde. Com o tempo, percebi que essa escuta transformava não apenas minha prática profissional, mas também minha maneira de ser no mundo.

Aprendi a acolher o que antes eu queria negar, a enxergar beleza na incompletude. Como Clarice escreveu: "Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro".

Hoje, ao olhar para esse encontro, vejo um espelho. A psicanálise não só moldou meu olhar profissional, mas me ensinou a ser mais humana, a aceitar minha própria condição de sujeito dividido, sempre em construção. Se antes buscava certezas, hoje compreendo que, às vezes, a resposta está no próprio processo de perguntar.

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    Excelente profissional! Muito competente e altamente qualificada, recomendo o seu atendimento!!!

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    A consulta com a Dra. Marianne foi uma das experiências mais acolhedoras que já tive. Ela tem uma escuta genuína, atenta a cada detalhe, e conduz a conversa com uma delicadeza que transmitiu confiança e respeito a mim diante de toda minha história. Fiquei profundamente satisfeito com o atendimento, é raro encontrar uma profissional tão sensível e comprometida em compreender o que realmente se passa com o paciente.

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Dúvidas respondidas

3 dúvidas de pacientes respondidas na Doctoralia

Como saber se o que eu sinto é amor ou somente apego aos momentos bons que o relacionamento tinha ?

Às vezes, o que chamamos de amor é o desejo de voltar a sentir aquilo que um dia nos fez bem. Mas o amor, na psicanálise, não é só lembrança nem ideal: é encontro com o real do outro com aquilo que escapa do controle e, ainda assim, nos move.
O apego se agarra ao passado; o amor, mesmo quando dói, nos coloca em movimento.

Como disse Lacan, ‘amar é dar o que não se tem’ e talvez seja nesse dar, nesse perder um pouco de si, que percebemos se era amor ou apenas a tentativa de segurar o que já havia ido.

 Marianne  Paiva

Como curar uma ferida de ser rejeitado por uma ex ? Eu e minha ex terminamos mas porém eu e ela tivemos várias recaídas , mas meu racional me dizia que não valia a pena voltar, nossas ideias de futuro não se enquadrava( ela queria que eu aceitasse morar no porão da casa dela onde é o único espaço que daria para construir algo , se fosse para comprar um apê ou alugar algo ela disse que eu que teria que me virar sozinho por que já que tinha o porão da casa dela e eu não quis ir então eu que me virasse ,certa vez ela ameaçou terminar comigo por que eu disse que não iria na casa dela naquele dia por que eu estava cansado ,eu trabalhava e fazia faculdade, e ela disse que se caso eu não fosse ela terminaria e depois de terminar eu perguntei se ela se arrependia de ter ameaçado tá tas vezes terminar comigo se ela estava certa , e ela disse que estava certa si. Por que eu deveria dar mais prioridade a ela e disse que não se arrependia e dentre outras coisas que não concordamos ,porém paramos de ficar e ela começou a namorar com outra pessoa e eu implorei pra voltar e disse que aceitaria o que ela me propôs e que me doaria mais no relacionamento para ela enfim me aceitar de volta , estou sofrendo com isso tudo as vezes me pego angustiado mesmo sabendo lá no fundo que se eu realmente estivesse com ela não iríamos tão longe assim haja vista que ela não queria mudança alguma eu quero que essa dor passe.obs: trabalhamos no mesmo trabalho o pai dela e nosso chefe e frequentamos a mesma igreja ao qual ela irá começar a levá-lo , como esquecer como me curar disso tudo ??

A rejeição fere não apenas pelo que se perde, mas pelo que ela desperta dentro de nós, a lembrança de algo que faltou há muito tempo. Quando o amor se desfaz, o que dói não é só o outro ir embora, mas o que dele ficou em nós. Na psicanálise, compreendemos que o sofrimento amoroso é também uma forma de reencontro: é o inconsciente tentando nos mostrar de onde vem esse vazio que o outro apenas tocou. Como disse Freud, ‘somos feitos para amar, mas é no amor que mais sentimos a nossa falta’. E talvez o começo da cura esteja justamente em poder escutar essa falta, em vez de tentar preenchê-la de novo.

 Marianne  Paiva
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