Artigos 19 fevereiro 2024

A relação entre a alimentação e a saúde intestinal

Equipe Doctoralia
Equipe Doctoralia

O que é a microbiota?

É chamado de microbiota todos os microorganismos que habitam nosso organismo, incluindo bactérias, leveduras e vírus, encontrando-se em diferentes partes do corpo humano.

Onde encontraremos a maior quantidade de microorganismos (90-95% das bactérias em nosso corpo), é no intestino, e chamaremos de microbiota intestinal os microorganismos que habitam nosso intestino. Este microbioma, como chamamos o conjunto de todo o ecossistema que compõe nossa microbiota, é único para cada indivíduo e pode mudar ao longo do tempo à medida que envelhecemos.

A microbiota intestinal é considerada um “órgão” com funções próprias na nutrição, imunidade e inflamação, principalmente.
A dieta, o exercício, as emoções, o ambiente, a idade, o gênero, medicamentos, tabaco, a higiene pessoal, etc, afetam a composição dessa microbiota intestinal.

Funções da microbiota

A importância da microbiota é alta, pois possui funções que não poderíamos realizar sem ela, como:

  • Decomposição de substâncias que de outra forma não poderíamos absorver…
  • São capazes de modular os genes que afetam a energia nas células de gordura (sobrepeso, obesidade).
  • Influenciam até mesmo na função neuronal e no comportamento do indivíduo, comunicando-se através do eixo intestino-cérebro.

Ao mesmo tempo, alterações na composição da microbiota, o que conhecemos como disbiose, levariam a um estado de saúde comprometido, encontrando-se microbiota alterada em doenças como: esclerose múltipla, obesidade, doença de Crohn, distúrbios no neurodesenvolvimento, ansiedade, depressão e até mesmo câncer, entre outros.

Uma microbiota em eubiose, que é como denominamos uma composição saudável desta, conduzirá a um bom estado de saúde, enquanto uma disbiose levará a um estado de doença.

A diversidade de espécies em nosso interior é enorme, calcula-se que em nosso corpo podemos encontrar cerca de 10.000 espécies bacterianas distintas. Desta grande diversidade encontrada, temos algumas poucas bactérias com as quais nos relacionamos muito bem, como as pertencentes ao gênero Streptococcus.

Como melhorar a microbiota intestinal

O fator mais importante, por ser modificável e estar ao alcance de todos, é o tipo de alimentação que temos.
Dependendo do padrão alimentar que seguimos, podemos favorecer o estado de eubiose ou disbiose.

As dietas ocidentais são caracterizadas por uma alta ingestão de gorduras saturadas e ricas em açúcar, principalmente em alimentos ultraprocessados, que favorecem um estado de disbiose no microbioma intestinal. Portanto, poderíamos dizer que esse tipo de alimentação é “ruim” para nossa microbiota. Por outro lado, outras dietas como a mediterrânea, a dieta de Okinawa ou a Atlântica favorecem uma situação de eubiose e, portanto, são mais saudáveis.

Diferenças entre prebiótico e probiótico

Chamamos de prebióticos aqueles alimentos que não são digeríveis pelo indivíduo, mas são processados pelos microorganismos que habitam nosso cólon, favorecendo seletivamente o crescimento destes.

Como probióticos, nos referimos a um produto, preparado ou alimento, que contém microorganismos viáveis que, na quantidade adequada, têm um efeito benéfico para a saúde do hospedeiro.

Existe também um terceiro conceito, que é o simbiótico, que se refere aos produtos que apresentam tanto prebióticos quanto probióticos ao mesmo tempo. Neste grupo, encontramos exemplos como iogurte, leite materno, vegetais fermentados, etc.
Não se pode dizer que um alimento favorece ou prejudica a microbiota, mas sim que o conjunto da dieta é que favorecerá ou prejudicará essa composição do nosso microbioma.

Hoje em dia, encontramos uma infinidade de produtos como probióticos, mas devemos ter conhecimento das circunstâncias individuais para saber que tipo de probiótico será necessário ou eficaz em cada momento para promover a saúde.

Um microbioma saudável, deve ser composto por uma grande variedade de espécies e nas proporções adequadas de cada uma delas. Se houver predominância de algumas poucas ou houver pouca quantidade em geral, estaremos diante de uma situação não saudável.

A saúde não é uma condição que se consegue através de uma pílula mágica, é o resultado da sinergia de muitos fatores, entre os quais se destaca, pela capacidade que temos de modificá-la, a dieta. Portanto, é importante que, pelo menos em cada momento vital da pessoa, consultemos um nutricionista para que nos indique como nos alimentarmos da melhor forma possível de acordo com nossa situação.

Uma alimentação adequada ajudará a obter um estado de saúde melhor, enquanto uma alimentação incorreta pode levar a patologias que poderiam ter sido evitadas.

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