Ana Carla Machado Gueiros Araujo

Psicólogo · Mais

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Experiência

Muito prazer, sou

Ana Carla Machado

Psicóloga e Neuropsicóloga, especialista em Avaliação Neuropsicológica, com atuação voltada para a compreensão do perfil de funcionamento cognitivo, emocional e comportamental, bem como para a identificação precoce de habilidades, fatores de risco e déficits sugestivos de transtornos do neurodesenvolvimento, com atendimento desde os 30 dias de vida.

Minha trajetória profissional foi construída a partir da integração entre rigor científico, experiência clínica qualificada e uma prática pautada na sensibilidade humana, compreendendo que cada processo avaliativo envolve não apenas dados e instrumentos, mas também histórias, vínculos e contextos familiares singulares.

Sou pós-graduada em Neuropsicologia e Análise do Comportamento Aplicada  e atuo como Coordenadora do setor de Psicologia em uma clínica multidisciplinar de referência, contribuindo para a organização de fluxos avaliativos, supervisão técnica e trabalho interdisciplinar, sempre fundamentado em práticas baseadas em evidências.

Também sou Bacharel em Direito e possuo 28 anos de experiência como coordenadora e avaliadora técnica em projetos sociais, com atuação em mediação de conflitos e acolhimento de famílias, o que amplia minha compreensão ética, social e relacional do cuidado em saúde.

Casada há 23 anos e mãe de três filhas, trago para minha prática clínica a vivência concreta de que o cuidado, a escuta qualificada e a confiança são fundamentais para o desenvolvimento infantil e para o fortalecimento da rede de apoio.

Esse percurso sustenta uma atuação marcada por escuta refinada, empatia genuína, responsabilidade técnica e respeito profundo à singularidade de cada indivíduo avaliado.

mais Sobre mim

Experiência em:

  • Neuropsicologia

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2 dúvidas de pacientes respondidas na Doctoralia

Pergunta sobre Retardo Mental

De que forma os problemas na regulação emocional (um fator transdiagnóstico) se relacionam com as dificuldades de comportamento em pessoas com Transtorno do Desenvolvimento Intelectual (Deficiência Intelectual) ?

Emoções, Comportamento e a Importância da Avaliação Neuropsicológica.
Compreender para cuidar melhor!
Quando uma pessoa com Transtorno do Desenvolvimento Intelectual - TDI - (Deficiência Intelectual) apresenta crises de raiva, agressividade, birras intensas, gritos ou até comportamentos de autoagressão, é comum que a família se sinta confusa, preocupada ou até culpada. Muitas vezes surgem dúvidas como:
- “Será falta de limites?”
- “É teimosia?”
- “Estou errando como cuidador?”
Essas perguntas são compreensíveis, mas é importante saber que o comportamento não surge sem motivo. Ele costuma ser uma forma de comunicação, especialmente quando a pessoa ainda não consegue expressar claramente o que sente ou precisa.
Pessoas com TDI podem ter dificuldades para:
- Reconhecer o que estão sentindo
- Lidar com emoções intensas, como raiva, medo ou frustração
- Expressar sentimentos por meio da fala
- Quando isso acontece, o comportamento passa a “falar” por elas.
Por exemplo:
- Agressividade pode significar frustração intensa
- Gritos ou birras podem indicar que a situação está difícil demais
- Autoagressão pode sinalizar sofrimento emocional ou incapacidade de lidar com a emoção
- Nesses casos, punir ou corrigir sem compreender a causa tende a aumentar o sofrimento e Intensificar os comportamentos.
A Avaliação Neuropsicológica é uma ferramenta fundamental para entender como a pessoa:
- Pensa
- Aprende
-Processa informações
- Lida com emoções
- Se regula emocional e comportamentalmente
Ela permite compreender o funcionamento cognitivo e emocional de forma global, respeitando o nível de desenvolvimento e as particularidades de cada indivíduo.
-Com a avaliação, é possível:
- Identificar o nível de desenvolvimento cognitivo e emocional
- Avaliar atenção, memória, impulsividade e controle emocional
- Diferenciar comportamentos relacionados à Deficiência Intelectual de possíveis comorbidades, como ansiedade, depressão ou TDAH
- Evitar rótulos como “birra”, “desobediência” ou “falta de limites”
- Orientar intervenções mais adequadas para família, escola e terapias
A avaliação neuropsicológica também ajuda a identificar fatores que dificultam o controle emocional, como:
- Dificuldade para inibir impulsos
- Limitações no planejamento e na organização do pensamento
- Dificuldade em antecipar consequências
- Vocabulário emocional reduzido
- Baixa tolerância à frustração
- Dificuldade com mudanças e imprevistos
- Experiências repetidas de fracasso
- Pouca validação emocional ao longo da vida
Esses fatores ajudam a explicar por que algumas reações parecem “exageradas”, mas, na verdade, estão ligadas às limitações do desenvolvimento.
O que não ajuda?
- Algumas atitudes, mesmo bem-intencionadas, costumam dificultar ainda mais:
- Punir sem compreender a causa do comportamento
- Exigir controle emocional incompatível com o nível de desenvolvimento
- Minimizar o sofrimento emocional
- Rotular o comportamento como “manipulação”
Sem uma avaliação adequada, o risco de intervenções inadequadas é maior.
O que realmente ajuda?
A Avaliação Neuropsicológica permite avaliar para intervir melhor, ajudando a:
- Ajustar expectativas familiares e escolares
- Criar estratégias compatíveis com as habilidades da pessoa
- Ensinar habilidades emocionais de forma gradual
- Ajudar a nomear emoções
- Desenvolver estratégias de calma e autorregulação
Também é fundamental:
- Organizar rotinas previsíveis
- Ajustar o ambiente às capacidades da pessoa
- Oferecer demandas compatíveis
- Acolher antes de corrigir
- Ajudar a acalmar para, depois, ensinar

UMA MENSAGEM PARA A FAMÍLIA:
A Avaliação Neuropsicológica permite enxergar a pessoa além do comportamento, reconhecendo suas reais necessidades emocionais e cognitivas. Ela ajuda a compreender comportamentos frequentes ou intensos, esclarecer dúvidas diagnósticas, identificar possíveis comorbidades e orientar família, escola e tratamentos. Com orientação adequada, apoio profissional e envolvimento da família, é possível promover:
- Mais qualidade de vida
- Menos crises
- Mais segurança emocional
- Relações mais compreensivas e respeitosas
- Cuidar começa por compreender.

 Ana Carla Machado Gueiros  Araujo

Por que a dificuldade de percepção social não é uma questão de falta de empatia no Transtorno do espectro autista (TEA) ?

Dificuldades em compreender expressões faciais, gestos, tom de voz ou regras sociais implícitas podem fazer com que a pessoa autista pareça distante. No entanto, isso não significa desinteresse ou frieza emocional, mas sim uma forma diferente de processar as informações sociais.
1. Um mito comum: “pessoas autistas não têm empatia”
É comum ouvir que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) “não têm empatia”. No entanto, a ciência atual mostra que essa ideia não é verdadeira.
O que existe, na maioria dos casos, são diferenças na forma de perceber, interpretar e expressar emoções e sinais sociais, e não falta de sentimento ou de preocupação com o outro.
2. O que é empatia?
Empatia não é uma habilidade única. Ela envolve pelo menos dois aspectos principais:
- Empatia emocional: sentir algo ao perceber a emoção de outra pessoa, como tristeza, alegria ou dor.
- Empatia cognitiva: entender o que o outro está sentindo ou pensando a partir de pistas sociais, como expressões faciais, gestos e tom de voz.
Muitas pessoas autistas sentem empatia emocional, mas podem ter dificuldade na empatia cognitiva, ou seja, em perceber rapidamente o que o outro sente ou em demonstrar isso de forma socialmente esperada.
3. Dificuldade de percepção social não é indiferença. Pessoas com TEA podem ter dificuldade para:
- Reconhecer expressões faciais;
- Interpretar ironias ou indiretas;
- Entender regras sociais implícitas;
- Responder emocionalmente da forma esperada pelo outro.
Isso pode fazer com que sejam vistas como frias ou distantes. Porém, isso não significa que não se importem. Muitas vezes, elas sentem intensamente, mas não sabem como demonstrar ou não percebem o que o outro espera naquele momento.
4. A importância da alexitimia. Uma parte significativa das pessoas autistas apresenta alexitimia, que é a dificuldade em identificar, compreender e nomear as próprias emoções.
Quando alguém tem dificuldade para reconhecer o que sente:
- Fica mais difícil perceber as emoções dos outros;
- A expressão emocional pode parecer reduzida;
Testes tradicionais de empatia podem indicar resultados baixos, mesmo quando a pessoa sente empatia. Por isso, nem toda dificuldade emocional no TEA é causada pelo autismo em si, mas por condições associadas.
5. Diferenças na comunicação: um caminho de mão dupla. As dificuldades sociais não acontecem apenas do lado da pessoa autista. Pessoas não autistas também podem ter dificuldade para entender:
- A forma direta de comunicação do autista;
- A menor expressão facial ou corporal;
- O tempo diferente de resposta emocional.
Esse entendimento levou ao conceito de que o desafio está na diferença de formas de perceber e se comunicar, e não na ausência de empatia de um único lado.
6. Por que isso é importante? Compreender que a dificuldade de percepção social no TEA não é falta de empatia ajuda a:
- Reduzir estigmas e preconceitos;
- Promover relações mais respeitosas;
- Melhorar a comunicação entre autistas, famílias, educadores e profissionais;
- Criar ambientes mais acolhedores e inclusivos.

MENSAGEM PARA A FAMÍLIA:
A avaliação neuropsicológica é um passo importante para ajudar a família a compreender melhor como a pessoa percebe, pensa, sente e se relaciona com o mundo. No contexto do Transtorno do Espectro Autista, ela permite conhecer, de forma individualizada, as habilidades, dificuldades e necessidades de cada pessoa, indo além do diagnóstico e olhando para quem ela é de fato.
Esse processo ajuda a diferenciar o que faz parte do autismo e o que pode estar relacionado a outras condições que frequentemente aparecem associadas, como ansiedade, TDAH, dificuldades de linguagem ou dificuldade em reconhecer e expressar emoções. Com isso, evita-se interpretações equivocadas, como entender comportamentos ou dificuldades sociais como falta de empatia, interesse ou afeto.
Mais do que identificar desafios, a avaliação neuropsicológica revela potencialidades e caminhos possíveis. Ela orienta a família, a escola e os profissionais sobre quais estratégias podem favorecer o desenvolvimento, a comunicação, a autonomia e o bem-estar. Dessa forma, o cuidado se torna mais respeitoso, personalizado e humanizado, promovendo inclusão, qualidade de vida e relações mais compreensivas no dia a dia.

 Ana Carla Machado Gueiros  Araujo

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