A apraxia da marcha pode ser desencadeada por um processo de depressão?
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A apraxia da marcha pode ser desencadeada por um processo de depressão?
A depressão pode ser um sintoma inicial de doença degenerativa cerebral que pode determinar apraxia.Consulte um neurologista.
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Concordo com o colega acima, e acrescento que você deve procurar a avaliação de um fisioterapeuta neurofuncional. E ja iniciar um processo de reabilitação.
Excelente pergunta — e muito pertinente, pois a apraxia da marcha é um sintoma neurológico específico que frequentemente causa confusão diagnóstica, especialmente quando há sintomas motores e cognitivos associados a quadros emocionais, como a depressão.
A apraxia da marcha não é causada diretamente pela depressão, mas os dois quadros podem coexistir e até se influenciar mutuamente. Vamos entender melhor:
O que é apraxia da marcha:
É uma condição em que a pessoa perde a capacidade de coordenar os movimentos automáticos da caminhada, mesmo tendo força e sensibilidade preservadas. Ou seja, o paciente quer andar, mas o cérebro não consegue organizar corretamente os comandos motores.
Isso ocorre por lesões nas áreas frontais ou nos circuitos que conectam o córtex frontal aos núcleos da base e ao tronco cerebral — regiões responsáveis pelo planejamento motor.
As principais causas neurológicas incluem:
Hidrocefalia de pressão normal (HPN);
Doenças cerebrovasculares (microinfartos múltiplos);
Doenças degenerativas, como demências frontais e parkinsonismos atípicos;
Lesões estruturais ou sequelas pós-traumáticas.
E onde entra a depressão?
A depressão não causa apraxia motora, mas pode imitar ou agravar sintomas motores, em um quadro conhecido como “síndrome pseudodemencial depressiva”.
Nesses casos, o paciente apresenta lentidão, falta de iniciativa, desequilíbrio e redução do ritmo da marcha, não por falha neurológica estrutural, mas por lentificação psicomotora e desmotivação global, características de depressão grave.
Além disso, a depressão pode coexistir com doenças neurológicas que causam apraxia (como hidrocefalia ou AVC), tornando o quadro mais complexo e dificultando o diagnóstico diferencial.
Como diferenciar:
Na apraxia verdadeira, há alteração objetiva do padrão de marcha — passos curtos, dificuldade de iniciar o movimento, sensação de “pés colados no chão” — mesmo com força normal.
Na lentificação depressiva, o paciente anda devagar, mas com coordenação preservada, e melhora com estímulo ou melhora do humor.
O que fazer:
O ideal é procurar um neurologista, que poderá solicitar exames para esclarecer a causa, como:
Ressonância magnética de crânio (para avaliar córtex frontal e ventrículos);
Exames laboratoriais metabólicos e hormonais;
E, se necessário, avaliação neuropsicológica para diferenciar depressão de doença neurológica orgânica.
O tratamento dependerá da causa: na apraxia verdadeira, trata-se a doença de base; já na depressão, o tratamento antidepressivo e o suporte psicoterápico costumam restaurar a velocidade e fluidez dos movimentos.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. Uma avaliação neurológica detalhada é essencial para definir se o quadro é de apraxia motora, lentificação psicomotora ou uma combinação de ambos.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, distúrbios de marcha, demências e saúde mental neurológica, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
A apraxia da marcha não é causada diretamente pela depressão, mas os dois quadros podem coexistir e até se influenciar mutuamente. Vamos entender melhor:
O que é apraxia da marcha:
É uma condição em que a pessoa perde a capacidade de coordenar os movimentos automáticos da caminhada, mesmo tendo força e sensibilidade preservadas. Ou seja, o paciente quer andar, mas o cérebro não consegue organizar corretamente os comandos motores.
Isso ocorre por lesões nas áreas frontais ou nos circuitos que conectam o córtex frontal aos núcleos da base e ao tronco cerebral — regiões responsáveis pelo planejamento motor.
As principais causas neurológicas incluem:
Hidrocefalia de pressão normal (HPN);
Doenças cerebrovasculares (microinfartos múltiplos);
Doenças degenerativas, como demências frontais e parkinsonismos atípicos;
Lesões estruturais ou sequelas pós-traumáticas.
E onde entra a depressão?
A depressão não causa apraxia motora, mas pode imitar ou agravar sintomas motores, em um quadro conhecido como “síndrome pseudodemencial depressiva”.
Nesses casos, o paciente apresenta lentidão, falta de iniciativa, desequilíbrio e redução do ritmo da marcha, não por falha neurológica estrutural, mas por lentificação psicomotora e desmotivação global, características de depressão grave.
Além disso, a depressão pode coexistir com doenças neurológicas que causam apraxia (como hidrocefalia ou AVC), tornando o quadro mais complexo e dificultando o diagnóstico diferencial.
Como diferenciar:
Na apraxia verdadeira, há alteração objetiva do padrão de marcha — passos curtos, dificuldade de iniciar o movimento, sensação de “pés colados no chão” — mesmo com força normal.
Na lentificação depressiva, o paciente anda devagar, mas com coordenação preservada, e melhora com estímulo ou melhora do humor.
O que fazer:
O ideal é procurar um neurologista, que poderá solicitar exames para esclarecer a causa, como:
Ressonância magnética de crânio (para avaliar córtex frontal e ventrículos);
Exames laboratoriais metabólicos e hormonais;
E, se necessário, avaliação neuropsicológica para diferenciar depressão de doença neurológica orgânica.
O tratamento dependerá da causa: na apraxia verdadeira, trata-se a doença de base; já na depressão, o tratamento antidepressivo e o suporte psicoterápico costumam restaurar a velocidade e fluidez dos movimentos.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. Uma avaliação neurológica detalhada é essencial para definir se o quadro é de apraxia motora, lentificação psicomotora ou uma combinação de ambos.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, distúrbios de marcha, demências e saúde mental neurológica, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
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