A atrofia do hipocampo devido a estresse e ansiedade é reversível?

3 respostas
A atrofia do hipocampo devido a estresse e ansiedade é reversível?
Sim, é parcialmente reversível – a neuroplasticidade cerebral permite recuperação.

O que a ciência mostra:

Estresse crônico causa redução de volume hipocampal (estrutura crítica para memória e regulação emocional). Mas estudos demonstram:

Tratamento adequado (psicoterapia + farmacoterapia) promove regeneração neuronal
Exercício físico aeróbico: aumenta BDNF (fator neurotrófico) e restaura volume hipocampal
Meditação/mindfulness: evidência sólida de reversão parcial em 8-12 semanas
Controle do estresse: essencial para interromper o ciclo de cortisolemia elevada
Limitação: recuperação é gradual (meses a anos) e incompleta em alguns casos, especialmente se exposição ao estressor persistir.

Ações práticas:

Tratar ansiedade/depressão de forma agressiva
Exercício aeróbico regular (30-40 min, 4-5x/semana)
Técnicas de mindfulness
Eliminar/reduzir estressores quando possível

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O hipocampo é muito sensível ao estresse crônico, e estudos mostram que períodos longos de ansiedade intensa podem reduzir temporariamente seu volume funcional. Mas isso não significa dano permanente.
Quando o estresse é tratado e o organismo recupera estabilidade, há plasticidade cerebral suficiente para que o funcionamento do hipocampo melhore e, em muitos casos, o próprio volume estrutural se recupera.
Sono adequado, atividade física, estabilização emocional e tratamento bem conduzido são fatores que favorecem essa recuperação. O cérebro é mais capaz de regenerar do que se costuma imaginar.
Dr. Marcos  Ferreira
Psiquiatra
Santa Maria, RS
Essa pergunta é muito relevante. Tanto a depressão quanto a ansiedade estão relacionadas com a atrofia do hipocampo, região responsável pelas formação das memórias. Exames de neuroimagem demonstraram essa atrofia. E clinicamente os pacientes referem déficits de memória. A atrofia geralmente é reversível, mas vai depender do tempo de evolução dos sintomas e os danos causados ao hipocampo. Acredita-se que a cronicidade e a intensidade dos sintomas possam lesar os neurônios de maneira irreversível. O hipocampo possui receptores para o hormônio cortisol, que é secretado em situações de estresse, juntamente com a noradrenalina. Quadros de estresse por períodos prolongados podem aumentar a ação do cortisol sobre esses receptores do hipocampo, causando atrofia.

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