Como a disfunção executiva e o transtorno ansioso por doença se interligam?
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Como a disfunção executiva e o transtorno ansioso por doença se interligam?
Olá, como vai? A relação entre disfunção executiva e o transtorno de ansiedade por doença (também chamado de hipocondria na nomenclatura mais antiga) é bastante estreita, porque os dois fenômenos acabam se retroalimentando. Nesse transtorno, o sujeito vive em constante vigilância em relação ao próprio corpo e à possibilidade de estar doente, o que mobiliza altos níveis de ansiedade e preocupação. Esse estado ansioso crônico exige muito do sistema atencional, que fica sobrecarregado, e isso prejudica as funções executivas — sobretudo o controle inibitório, a flexibilidade cognitiva e a capacidade de planejamento.
Na psicanálise, essa ligação pode ser entendida pela dificuldade do ego em mediar os afetos de angústia frente à ideia de morte e adoecimento. A energia psíquica fica investida em fantasias e sintomas corporais, o que empobrece a capacidade de simbolizar e elaborar. Assim, o pensamento se torna repetitivo e rígido, limitando a flexibilidade e a capacidade de planejar ações mais realistas — um correlato clínico da disfunção executiva.
Na psicanálise, essa ligação pode ser entendida pela dificuldade do ego em mediar os afetos de angústia frente à ideia de morte e adoecimento. A energia psíquica fica investida em fantasias e sintomas corporais, o que empobrece a capacidade de simbolizar e elaborar. Assim, o pensamento se torna repetitivo e rígido, limitando a flexibilidade e a capacidade de planejar ações mais realistas — um correlato clínico da disfunção executiva.
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A disfunção executiva está relacionada a dificuldades em regular e organizar pensamentos, emoções e comportamentos — o que envolve funções como planejamento, controle inibitório, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva.
No caso do transtorno ansioso por doença (hipocondria), a preocupação constante com a saúde e o monitoramento exagerado de sintomas físicos sobrecarregam os recursos cognitivos. Essa vigilância contínua gera fadiga mental, prejudicando o funcionamento das funções executivas.
Com o tempo, a pessoa passa a ter mais dificuldade para avaliar informações de forma racional, planejar ações adaptativas e interromper ciclos de preocupação. Ou seja, a ansiedade intensa alimenta a disfunção executiva, e a disfunção executiva mantém a ansiedade, formando um ciclo.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz para esse quadro, pois trabalha tanto a reestruturação dos pensamentos disfuncionais quanto o treinamento de habilidades executivas, como foco atencional, regulação emocional e resolução de problemas.
No caso do transtorno ansioso por doença (hipocondria), a preocupação constante com a saúde e o monitoramento exagerado de sintomas físicos sobrecarregam os recursos cognitivos. Essa vigilância contínua gera fadiga mental, prejudicando o funcionamento das funções executivas.
Com o tempo, a pessoa passa a ter mais dificuldade para avaliar informações de forma racional, planejar ações adaptativas e interromper ciclos de preocupação. Ou seja, a ansiedade intensa alimenta a disfunção executiva, e a disfunção executiva mantém a ansiedade, formando um ciclo.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma abordagem eficaz para esse quadro, pois trabalha tanto a reestruturação dos pensamentos disfuncionais quanto o treinamento de habilidades executivas, como foco atencional, regulação emocional e resolução de problemas.
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