Fiz eletroencefalograma e resultado foi disfunção cortical bilateral.isso é grave?

2 respostas
Fiz eletroencefalograma e resultado foi disfunção cortical bilateral.isso é grave?
Dr. Antonio Yasbec Chiarella
Generalista
Goiânia
Boa noite! Provavelmente esse laudo deve ter sido elaborado por algum médico eletroencefalografista mais antigo até porque não dá para se concluir isso( disfunção cortical bilateral) com um eletroencefalograma. Isso é daqueles tipos de termos que nem estão inclusos no glossário médico então, não dá para dizer o significado. É que nem antigamente quando usava-se o termo “disritmia cerebral”. Não significa nada pq oficialmente não existe.

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Dra. Patricia Gomes Damasceno
Neurologista, Médico do sono, Neurofisiologista
Fortaleza
Excelente pergunta — e muito importante, pois o resultado de “disfunção cortical bilateral” no eletroencefalograma (EEG) pode gerar preocupação, mas nem sempre representa algo grave. Esse termo descreve uma alteração difusa da atividade elétrica cerebral, indicando que o cérebro está funcionando de forma menos organizada ou mais lenta do que o esperado — porém, sem necessariamente haver epilepsia, lesão estrutural ou dano irreversível. Em geral, esse tipo de achado é inespecífico e pode aparecer em diversas situações clínicas, desde condições reversíveis e benignas até processos neurológicos mais significativos, dependendo do contexto. As causas mais comuns incluem: privação de sono antes do exame, uso de medicamentos que atuam no sistema nervoso (ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes), fadiga, febre, distúrbios metabólicos leves, ou até distúrbios do sono. Nessas situações, a disfunção cortical é transitória e tende a se normalizar após o ajuste da causa. Em alguns casos, quando o EEG é solicitado para investigar crises convulsivas, desmaios, lapsos de consciência ou lentificação cognitiva, a presença de disfunção cortical bilateral pode indicar que há sofrimento metabólico ou funcional difuso do córtex cerebral, o que requer correlação com exames de imagem (como ressonância magnética) e avaliação clínica detalhada. O ponto mais importante é que disfunção cortical não é o mesmo que epilepsia. O diagnóstico de epilepsia depende da presença de descargas epileptiformes (pontas, espículas, ondas agudas), e se o laudo não menciona esses achados, não há evidência de atividade epiléptica. Em resumo: a disfunção cortical bilateral é um achado inespecífico e, na maioria dos casos, reversível, especialmente se você não apresenta sintomas graves. O neurologista avaliará o contexto clínico, medicações em uso e, se necessário, repetirá o exame após correção de possíveis causas. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com o neurologista é essencial para interpretar o exame de forma adequada e garantir segurança diagnóstica. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, eletroencefalografia, epilepsia e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica e humanizada. Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono | CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082

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