Fiz eletroencefalograma e resultado foi disfunção cortical bilateral.isso é grave?
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Fiz eletroencefalograma e resultado foi disfunção cortical bilateral.isso é grave?
Boa noite! Provavelmente esse laudo deve ter sido elaborado por algum médico eletroencefalografista mais antigo até porque não dá para se concluir isso( disfunção cortical bilateral) com um eletroencefalograma. Isso é daqueles tipos de termos que nem estão inclusos no glossário médico então, não dá para dizer o significado. É que nem antigamente quando usava-se o termo “disritmia cerebral”. Não significa nada pq oficialmente não existe.
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Excelente pergunta — e muito importante, pois o resultado de “disfunção cortical bilateral” no eletroencefalograma (EEG) pode gerar preocupação, mas nem sempre representa algo grave. Esse termo descreve uma alteração difusa da atividade elétrica cerebral, indicando que o cérebro está funcionando de forma menos organizada ou mais lenta do que o esperado — porém, sem necessariamente haver epilepsia, lesão estrutural ou dano irreversível. Em geral, esse tipo de achado é inespecífico e pode aparecer em diversas situações clínicas, desde condições reversíveis e benignas até processos neurológicos mais significativos, dependendo do contexto. As causas mais comuns incluem: privação de sono antes do exame, uso de medicamentos que atuam no sistema nervoso (ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes), fadiga, febre, distúrbios metabólicos leves, ou até distúrbios do sono. Nessas situações, a disfunção cortical é transitória e tende a se normalizar após o ajuste da causa. Em alguns casos, quando o EEG é solicitado para investigar crises convulsivas, desmaios, lapsos de consciência ou lentificação cognitiva, a presença de disfunção cortical bilateral pode indicar que há sofrimento metabólico ou funcional difuso do córtex cerebral, o que requer correlação com exames de imagem (como ressonância magnética) e avaliação clínica detalhada. O ponto mais importante é que disfunção cortical não é o mesmo que epilepsia. O diagnóstico de epilepsia depende da presença de descargas epileptiformes (pontas, espículas, ondas agudas), e se o laudo não menciona esses achados, não há evidência de atividade epiléptica. Em resumo: a disfunção cortical bilateral é um achado inespecífico e, na maioria dos casos, reversível, especialmente se você não apresenta sintomas graves. O neurologista avaliará o contexto clínico, medicações em uso e, se necessário, repetirá o exame após correção de possíveis causas. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com o neurologista é essencial para interpretar o exame de forma adequada e garantir segurança diagnóstica. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, eletroencefalografia, epilepsia e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica e humanizada. Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono | CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082
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