Meu pai está com um tumor na região entre esôfago e estômago, obstruindo a passagem total de alimentos

Atualmente, nos tumores da transição esôfago-gástrica obstrutivos (que é o caso do seu pai), tentamos conseguir uma via alimentar não cirúrgica, que consiste na passagem de uma sonda naso-enteral por endoscopia digestiva (passada através do nariz e que se aloja na primeira porção do intestino delgado). Assim conseguimos manter o aporte nutricional adequado que será muito importante para o tratamento.
Se a passagem da sonda naso-enteral não for possível por obstrução completa da luz do esôfago, aí sim indicamos uma via alimentar cirúrgica que pode ser tanto a gastrostomia ou jejunostomia. A escolha da melhor opção depende de cada caso, mas temos uma preferência por realizar a gastrostomia na maioria das vezes, a não ser que esta possa atrapalhar uma possível cirurgia com intenção curativa futuramente.
Se o seu pai está nesse estágio da doença, sugiro que procure um serviço de saúde buscando uma internação de urgência a fim de agilizar esse processo que pode ser bem demorado.

Algo que precisa ser observado ainda é a extensão do tumor. Se a lesao tumoral se estender ao longo do trajeto do estômago, a gastrostomia pode não ser possível. Concordo com o colega acima quanto a necessidade urgente de internação para resolução do problema. Melhoras para o seu pai.

Em geral, o melhor tratamento é a retirada completa da doença que causa a obstrução. Infelizmente, isso nem sempre é possível.
Quando o tratamento tem a finalidade paliativa, no caso paliação nutricional, sempre se propõe o menor e menos perigoso procedimento dentro do possível.
Se uma Sonda Nasoenteral via endoscópica for possível: ótimo! Mas na impossibilidade desta opção (seja por um estreitamento total ou quase total seja porque o tumor compromete extensamente o estômago) passa-se a avaliar as outras possibilidades.
Em resumo, cada caso é avaliado individualmente mas sempre baseado nestes princípios.