Minha avó de 88a toma Aurorix (150ml-2x/dia) e Citalopram (20ml-1x/dia). Aurorix parou de ser fabricado

Olá! O aurorix pertence a uma classe de antidepressivos muito potente, a dos inibidores da monoamino oxidase (IMAOs). A substituição dessa medicação deve ser feita de maneira cautelosa, para evitar recaídas. Todavia, nota-se que seu familiar fazia uso de uma dosagem inicial de citalopram, o que dá margem para o psiquiatra que o acompanha fazer um bom manejo, no sentido de progredir com a dosagem. Sempre converse com seu médico e esclareça suas dúvidas, pois é um dos pilares na adesão ao tratamento!
Atenciosamente,
Dr Bernardo

Geralmente a estratégia de associar moclobemida (inibidor reversível da enzima MAO) a ISRS (inibidores seletivos da recaptação de serotonina) é usada para tratar casos de depressão refratária. Caso seja impossível continuar com a moclobemida (pode-se pesquisar em farmácias de manipulação), o ideal é reduzir de modo gradual para não haver síndrome de retirada. Não há como ter certeza se o citalopram conseguirá manter sua avó compensada, mesmo na dose mais alta, pelo efeito da moclobemida ser mais amplo no cérebro. Assim, o médico deve ter avaliado os esquemas de tratamento e respostas clínicas prévios ter embasado sua decisão.

Olá, dependendo do tempo que a sua avó fazia uso da medicação, provavelmente ela está estabilizada. O citalopram é um medicamento muito eficaz e, pelo seu relato, na ausência do Aurorix, o médico de sua avó aumentou a dosagem diária do citalopram como forma de compensar a falta e manter a estabilidade.
Caso venha isso venha a não ser suficiente, existem outros medicamentos tão ou mais eficazes que o Aurorix que podem ser adicionados ao citalopram, garantindo que sua avó tenha o tratamento adequado.
Converse com o médico dela para esclarecer suas dúvidas e mantenha o acompanhamento regular, essa é a melhor forma de se manter a estabilidade do quadro.