Porque apesar de tomar Aciclovir sinto dores no local onde ocorreu herpes zoster? Sinto choques e mu
5
respostas
Porque apesar de tomar Aciclovir sinto dores no local onde ocorreu herpes zoster? Sinto choques e muita queimaçao dia e noite
Isto é a dor neuropática-- sequela do herpes zoster. Consulte com o dermatologista ou infectologista ou o clinico para a prescrição de medicamentos para tentar aliviar a dor.
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?
O vírus Varicela Zoster, ao reativar, inflama o nervo. Essa inflamação do nervo é causa de dor prolongada e até crônica. Normalmente, a dor cessa em até 3 meses. Mas se ela se prolongar além disso, então é necessário intervir com medicamentos para controle da dor: antidepressivo tricíclico, anticonvulsivante e emplastro de lidocaína. Tudo, é claro, com supervisão médica.
Mesmo que resolvida a infecção, o Zoster já causou lesão ao nervo, podendo manter esse quadro doloroso. Isso se chama Neuralgia Pós Herpética. Mas tem tratamento, procure seu neurologista.
Excelente pergunta — e muito relevante, pois o que você descreve é uma situação relativamente comum após o tratamento do herpes zoster, conhecida como neuralgia pós-herpética, uma complicação que pode ocorrer mesmo depois de concluído o uso do aciclovir e do desaparecimento das lesões de pele.
O herpes zoster é causado pela reativação do vírus varicela-zoster (o mesmo da catapora), que permanece “adormecido” nos gânglios nervosos após a infecção inicial. Quando o sistema imunológico enfraquece, o vírus se reativa e inflama o nervo correspondente à região da pele onde surgem as lesões.
O tratamento com aciclovir age bloqueando a replicação viral, reduzindo a duração das lesões e prevenindo complicações, mas ele não reverte a inflamação e o dano que o vírus já causou ao nervo. É exatamente esse dano que explica a dor persistente após a fase aguda da infecção.
Vamos entender melhor o que acontece:
1⃣ Lesão nervosa:
Durante o episódio de herpes zoster, o vírus danifica as fibras nervosas responsáveis pela sensibilidade da pele. Após a infecção, essas fibras ficam “hipersensíveis” e enviam sinais de dor anormais ao cérebro, mesmo sem haver mais infecção ativa.
2⃣ Neuralgia pós-herpética:
Esse quadro caracteriza-se por dor em queimação, choques, formigamento ou hipersensibilidade ao toque na mesma área onde surgiram as lesões. Pode durar semanas, meses ou, em alguns casos, persistir por mais de um ano.
3⃣ Fatores de risco:
Idade acima de 50 anos;
Dor intensa durante a fase aguda;
Atraso no início do tratamento antiviral (idealmente, o aciclovir deve ser iniciado nas primeiras 72 horas);
Comprometimento imunológico.
4⃣ Tratamento da neuralgia pós-herpética:
Como a dor é neuropática (resultante de lesão nervosa), os analgésicos comuns geralmente não são eficazes. O tratamento mais adequado envolve:
Pregabalina ou gabapentina: reduzem a sensibilidade dos nervos e são o principal tratamento;
Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina): modulam a dor neuropática e melhoram o sono;
Pomadas com lidocaína ou capsaicina: aliviam a dor local;
Bloqueios anestésicos ou neuromodulação, em casos refratários;
Boa hidratação e cuidados com o sono e estresse, que influenciam diretamente na intensidade da dor.
5⃣ Prognóstico:
A boa notícia é que, com o tratamento adequado, a dor tende a diminuir gradualmente, embora a melhora possa ser lenta. Quanto mais precoce for o início do controle da dor, menor o risco de cronificação.
Em resumo: mesmo após o uso do aciclovir e a cicatrização das lesões, é possível sentir choques e queimação persistentes por causa de uma inflamação residual e lesão do nervo afetado pelo vírus. Essa condição é chamada de neuralgia pós-herpética e requer tratamento específico para dor neuropática, diferente do antiviral.
Reforço que esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Procure seu neurologista — ele poderá ajustar o tratamento da dor com segurança e indicar a melhor combinação medicamentosa para aliviar o desconforto e melhorar sua qualidade de vida. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar nesse acompanhamento, sempre com foco em neurologia clínica e tratamento da dor neuropática.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Medicina do Sono e Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
O herpes zoster é causado pela reativação do vírus varicela-zoster (o mesmo da catapora), que permanece “adormecido” nos gânglios nervosos após a infecção inicial. Quando o sistema imunológico enfraquece, o vírus se reativa e inflama o nervo correspondente à região da pele onde surgem as lesões.
O tratamento com aciclovir age bloqueando a replicação viral, reduzindo a duração das lesões e prevenindo complicações, mas ele não reverte a inflamação e o dano que o vírus já causou ao nervo. É exatamente esse dano que explica a dor persistente após a fase aguda da infecção.
Vamos entender melhor o que acontece:
1⃣ Lesão nervosa:
Durante o episódio de herpes zoster, o vírus danifica as fibras nervosas responsáveis pela sensibilidade da pele. Após a infecção, essas fibras ficam “hipersensíveis” e enviam sinais de dor anormais ao cérebro, mesmo sem haver mais infecção ativa.
2⃣ Neuralgia pós-herpética:
Esse quadro caracteriza-se por dor em queimação, choques, formigamento ou hipersensibilidade ao toque na mesma área onde surgiram as lesões. Pode durar semanas, meses ou, em alguns casos, persistir por mais de um ano.
3⃣ Fatores de risco:
Idade acima de 50 anos;
Dor intensa durante a fase aguda;
Atraso no início do tratamento antiviral (idealmente, o aciclovir deve ser iniciado nas primeiras 72 horas);
Comprometimento imunológico.
4⃣ Tratamento da neuralgia pós-herpética:
Como a dor é neuropática (resultante de lesão nervosa), os analgésicos comuns geralmente não são eficazes. O tratamento mais adequado envolve:
Pregabalina ou gabapentina: reduzem a sensibilidade dos nervos e são o principal tratamento;
Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, nortriptilina): modulam a dor neuropática e melhoram o sono;
Pomadas com lidocaína ou capsaicina: aliviam a dor local;
Bloqueios anestésicos ou neuromodulação, em casos refratários;
Boa hidratação e cuidados com o sono e estresse, que influenciam diretamente na intensidade da dor.
5⃣ Prognóstico:
A boa notícia é que, com o tratamento adequado, a dor tende a diminuir gradualmente, embora a melhora possa ser lenta. Quanto mais precoce for o início do controle da dor, menor o risco de cronificação.
Em resumo: mesmo após o uso do aciclovir e a cicatrização das lesões, é possível sentir choques e queimação persistentes por causa de uma inflamação residual e lesão do nervo afetado pelo vírus. Essa condição é chamada de neuralgia pós-herpética e requer tratamento específico para dor neuropática, diferente do antiviral.
Reforço que esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica. Procure seu neurologista — ele poderá ajustar o tratamento da dor com segurança e indicar a melhor combinação medicamentosa para aliviar o desconforto e melhorar sua qualidade de vida. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar nesse acompanhamento, sempre com foco em neurologia clínica e tratamento da dor neuropática.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Medicina do Sono e Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
O Aciclovir age controlando o vírus do herpes zoster, mas ele não trata a dor que o vírus deixa nos nervos.
Mesmo após a melhora das lesões na pele, é comum que os nervos da região afetada fiquem inflamados e muito sensíveis, gerando essa dor intensa, em choques e queimação, que chamamos de neuralgia pós-herpética.
Essa dor pode persistir por semanas ou meses, e requer um tratamento específico para dor neuropática, diferente dos antivirais e dos analgésicos comuns. É importante passar em avaliação com neurologista para tratamento adequado da sua dor.
Mesmo após a melhora das lesões na pele, é comum que os nervos da região afetada fiquem inflamados e muito sensíveis, gerando essa dor intensa, em choques e queimação, que chamamos de neuralgia pós-herpética.
Essa dor pode persistir por semanas ou meses, e requer um tratamento específico para dor neuropática, diferente dos antivirais e dos analgésicos comuns. É importante passar em avaliação com neurologista para tratamento adequado da sua dor.
Perguntas relacionadas
- E normal depois da aplicação do cleme aciclovir a ardência na pele?
- O que fazer em caso de paciente em uso de imunobiológico para doença autoimune, que desenvolveu lesões recorrentes de herpes simples no rosto resistentes ao aciclovir?
- Estou no terceiro dia tomando aciclovir, para combater a herpes zóster, posso interromper para tomar cerveja por um dia, e depois continuar o tratamento?
- Fiz sexo com uma mulher e a camisinha estourou peguei herpes genital estou usando a pomada aciclvir posso beber bebida alcoólica
- minha herpes só ataca quando tenho relação sexual, mesmo usando lubrificante a região genial fica avermelhada e dolorida, basta eu ter relação que elas aparecem no mesmo instante. treino, bebo bastante água, me alimento bem e já fiz o uso de lisina. oq devo fazer a mais para evitar o surgimento das lesões?
- Em que situação a masturbação pode ativar o a herpes genital
- Depois de passa a pomada no penis, devo deixa a cabeça exposta?
- Estou usando a pomada aciclovir, posso fazer xixi durante o dia normal ou tenho que colocar mais pomada após fazer xixi?
- Fui diagnosticado com uma lesão no olho por causa de herpes, usando pomada de acoclovir. Posso fazer uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento?
- Quem tem herpes vaginal poderá a herpes óssea também ?
Você quer enviar sua pergunta?
Nossos especialistas responderam a 27 perguntas sobre Aciclovir Pomada
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.