Recentemente tive uma duvida referente a transmissão do HIV através da saliva. Fui respondido que nã
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Recentemente tive uma duvida referente a transmissão do HIV através da saliva. Fui respondido que não há riscos. Contudo fiquei bem confuso, pois encontrei um artigo que mencionava um caso de possivel transmissão do Hiv de uma mordida de um filho na unha do pai. E no artigo é descrito que a saliva nao estava contaminada com sangue e ainda sim potencialmente transmitiu o virus.
A transmissão do HIV exclusivamente pela saliva é considerada, do ponto de vista clínico e epidemiológico, inexistente. Embora o HIV possa, de fato, ser detectado em glândulas salivares, as concentrações encontradas são extremamente baixas e, na imensa maioria das vezes, não viáveis para infecção.
Estudos mostram que a recuperação de vírus infeccioso em amostras de saliva é excepcionalmente rara — ocorrendo em cerca de 1% dos casos. Além disso, a saliva humana contém diversos fatores de proteção, como lisozima, IgA secretora, defensinas e o inibidor de protease leucocitário (SLPI), que atuam diretamente na inativação do vírus, tornando o ambiente salivar altamente inóspito à transmissão do HIV.
Casos eventualmente descritos como “possivelmente associados” a mordidas — como o que você mencionou — são exceções anedóticas, quase sempre permeadas por fatores adicionais não evidentes, como microtraumas, presença de sangue imperceptível, lesões mucosas prévias, entre outros. Ainda assim, não há comprovação científica robusta de transmissão por saliva pura, sem envolvimento de sangue.
O que os estudos indicam com clareza é:
O HIV pode estar presente na saliva, mas em níveis residuais e inativos;
A chance de transmissão sem sangue ou lesões abertas é, na prática, nula;
Não há registros bem documentados de transmissão por saliva isoladamente.
Dessa forma, o risco teórico só existiria em condições absolutamente específicas e improváveis, que não se aplicam à vida cotidiana. Beijos e contato com saliva sem sangramento visível não transmitem HIV.
Em situações com exposição a sangue ou feridas abertas, a conduta correta é procurar imediatamente um serviço médico para avaliação e, se indicado, iniciar a profilaxia pós-exposição (PEP).
Estudos mostram que a recuperação de vírus infeccioso em amostras de saliva é excepcionalmente rara — ocorrendo em cerca de 1% dos casos. Além disso, a saliva humana contém diversos fatores de proteção, como lisozima, IgA secretora, defensinas e o inibidor de protease leucocitário (SLPI), que atuam diretamente na inativação do vírus, tornando o ambiente salivar altamente inóspito à transmissão do HIV.
Casos eventualmente descritos como “possivelmente associados” a mordidas — como o que você mencionou — são exceções anedóticas, quase sempre permeadas por fatores adicionais não evidentes, como microtraumas, presença de sangue imperceptível, lesões mucosas prévias, entre outros. Ainda assim, não há comprovação científica robusta de transmissão por saliva pura, sem envolvimento de sangue.
O que os estudos indicam com clareza é:
O HIV pode estar presente na saliva, mas em níveis residuais e inativos;
A chance de transmissão sem sangue ou lesões abertas é, na prática, nula;
Não há registros bem documentados de transmissão por saliva isoladamente.
Dessa forma, o risco teórico só existiria em condições absolutamente específicas e improváveis, que não se aplicam à vida cotidiana. Beijos e contato com saliva sem sangramento visível não transmitem HIV.
Em situações com exposição a sangue ou feridas abertas, a conduta correta é procurar imediatamente um serviço médico para avaliação e, se indicado, iniciar a profilaxia pós-exposição (PEP).
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