Tenho 30 anos e, após avaliação com uma neuropsicóloga, foi sugerido a hipótese diagnostica de autis
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Tenho 30 anos e, após avaliação com uma neuropsicóloga, foi sugerido a hipótese diagnostica de autismo e borderline. No entanto, após conversar com meu psiquiatra, ele discordou sobre o diagnóstico de autismo em adultos, dizendo que apenas crianças podem ser diagnosticadas com autismo. Gostaria de saber se o diagnóstico tardio de autismo em adultos é possível?
Olá!
O transtorno do espectro autista é uma doença que começa a demonstrar sintomas logo na infância. O que o seu psiquiatra quis lhe dizer, provavelmente, se relaciona com essa informação, que o autismo, de forma obrigatória, começa na infância. Mas isso não significa que você não tenha autismo, porque a depender do grau dos sintomas e o nível de atenção e recursos disponíveis à criança, os sintomas podem passar desapercebidos pelos pais ou outras pessoas envolvidas no cuidado à criança, levando a não diagnosticar a doença precocemente ou realizar diagnóstico equivocado. Sendo assim, sugiro que converse com um psiquiatra para que ele possa fazer uma avaliação mais minuciosa da presença ou não de sintomas do transtorno do espectro autista na infância.
O transtorno do espectro autista é uma doença que começa a demonstrar sintomas logo na infância. O que o seu psiquiatra quis lhe dizer, provavelmente, se relaciona com essa informação, que o autismo, de forma obrigatória, começa na infância. Mas isso não significa que você não tenha autismo, porque a depender do grau dos sintomas e o nível de atenção e recursos disponíveis à criança, os sintomas podem passar desapercebidos pelos pais ou outras pessoas envolvidas no cuidado à criança, levando a não diagnosticar a doença precocemente ou realizar diagnóstico equivocado. Sendo assim, sugiro que converse com um psiquiatra para que ele possa fazer uma avaliação mais minuciosa da presença ou não de sintomas do transtorno do espectro autista na infância.
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Todo adulto autista foi uma criança autista. Logo, é totalmente possível que o TEA exista em adultos e o médico realmente falou isso, ele está errado. O diagnóstico tardio de autismo é possível e sua definição vai depender das características apresentadas, da história de vida, da exclusão de outros diagnósticos, da complexidade do caso. Em alguns casos, esse diagnóstico pode ser fácil ou pode exigir mais tempo de análise ou investigações complementares como avaliação neuropsicológica, avaliação auditiva, (...)
O diagnóstico de autismo em adultos é absolutamente possível e reconhecido pela comunidade científica e pelos principais manuais diagnósticos, como o DSM-5-TR e o CID-11. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento, mas isso não significa que ele só possa ser diagnosticado na infância mas sim que os sintomas começam nessa fase. Muitas pessoas, especialmente mulheres, pessoas com inteligência preservada e perfis mais adaptados, só recebem o diagnóstico tardiamente, na vida adulta. Nos últimos anos, houve um avanço significativo no reconhecimento do chamado ‘autismo leve’ ou ‘de alto funcionamento’. Esses casos muitas vezes não são identificados na infância e só são percebidos mais tarde, diante de dificuldades sociais persistentes, esgotamento mental, ansiedade crônica ou sensibilidade sensorial.
Quanto à discordância entre profissionais, é comum haver diferenças de opinião diagnóstica, especialmente em casos complexos como os que envolvem traços de personalidade (como o transtorno de personalidade borderline) e neurodivergência (como o TEA). Por isso, uma avaliação multidisciplinar, como a que você buscou com a neuropsicóloga, pode ser muito útil. O mais importante é que o processo seja feito com cuidado, escuta qualificada e abertura para revisar hipóteses ao longo do tempo, conforme novas informações clínicas aparecem.
Quanto à discordância entre profissionais, é comum haver diferenças de opinião diagnóstica, especialmente em casos complexos como os que envolvem traços de personalidade (como o transtorno de personalidade borderline) e neurodivergência (como o TEA). Por isso, uma avaliação multidisciplinar, como a que você buscou com a neuropsicóloga, pode ser muito útil. O mais importante é que o processo seja feito com cuidado, escuta qualificada e abertura para revisar hipóteses ao longo do tempo, conforme novas informações clínicas aparecem.
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