Tenho fístula liquórica,como e feita a cirurgia pelo neurocirurgião por aonde ele faz.?

Olá, primeiramente é preciso saber a exata localização (seios paranasais, osso temporal, outras) e a etiologia (traumática ou espontânea) da fístula liquórica para se determinar a melhor cirurgia. Em geral a cirurgia consiste na reconstrução craniana de modo a se estabelecer uma barreira mecânica que feche o orifício por onde a vazamento proveniente da fístula ocorre. Para isso podemos usar fragmentos de cartilagens, mucosa e músculos do próprio paciente além de materiais sintéticos. Num segundo momento, a depender do caso, também será necessário avaliar se existe aumento da pressão intracraniana

fístula líquórica é uma condição onde há uma comunicação anormal entre o sistema de fluidos do cérebro (liquor ou líquido cerebrospinal) e outra área, como as vias nasais (fístula líquórica nasossinusal) ou outras partes do corpo. Isso pode ocorrer devido a uma lesão, trauma, cirurgia anterior ou uma condição congênita.

Como funciona a cirurgia para fístula líquórica?
A cirurgia para tratar uma fístula líquórica visa reparar a comunicação anormal e evitar a perda de líquido cerebrospinal e possíveis complicações como infecções (por exemplo, meningite). O tipo e o acesso cirúrgico dependem do tipo de fístula e da sua localização.

1. Fístula Líquórica Nasossinusal (Mais Comum)
Quando a fístula líquórica ocorre entre o cérebro (ou mais especificamente a cavidade subaracnóidea) e as cavidades nasais (ou seios da face), o tratamento cirúrgico pode ser realizado via a cavidade nasal, com a abordagem transnasal. Essa é a técnica mais comum para fístulas líquóricas nasossinusais.

Acesso Endonasal Endoscópico (via nasal): A cirurgia é minimamente invasiva, e o neurocirurgião entra através das vias nasais para acessar a região do seio da face (geralmente o seio esfenoide ou etmoide), onde o defeito está localizado.

2. Fístula Líquórica Intracraneana (Outras Localizações)
Em casos mais complexos, onde a fístula líquórica ocorre em outras partes do cérebro ou da medula espinhal, o acesso cirúrgico pode ser mais invasivo. O neurocirurgião pode realizar a abordagem por meio de uma craniotomia, ou seja, uma incisão no crânio, para acessar a área afetada e reparar a fístula.

Acesso por Craniotomia: Esse tipo de cirurgia envolve a remoção temporária de uma parte do crânio para permitir o acesso ao cérebro. O neurocirurgião localiza a fístula, realiza o fechamento e depois reposiciona a parte do crânio que foi retirada.

3. Fístulas Líquóricas Espinhais
Em raros casos, uma fístula líquórica pode ocorrer na coluna vertebral (na região da medula espinhal). Nesse caso, a cirurgia será feita acessando a região da coluna vertebral, onde o neurocirurgião corrigirá a anomalia.

Acesso pela Coluna: O neurocirurgião pode precisar fazer uma incisão nas costas para acessar a medula espinhal e reparar a fístula.