Tenho trabalhado muito, sob muita pressão e estresse. Quando paro aos finais de semana, me sinto esg
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Tenho trabalhado muito, sob muita pressão e estresse. Quando paro aos finais de semana, me sinto esgotada, sem vontade para qualquer coisa. Estou tendo diariamente despertares na madrugada, ou seja, todo dia eu acordo entre 3 e 4 da manhã totalmente sem sono, mas exausta ainda. Demoro pra dormir, e ao me arrumar pro trabalho me sinto angustiada de ir para lá. Existe algum tratamento para isso, sem medicação forte? Algo mais natural.. estou sofrendo
Fatores estressantes são as principais contribuintes para desenvolvimento de transtornos mentais. Esse esgotamento e dificuldade de dormir após despertar pode está relacionado a esse estresse intenso e uma avaliação clínica adequada poderá definir qual a melhor forma de tratamento para você (terapêutico, de estilo de vida, medicamentoso e etc). Não existe medicação forte, existe medicamento adequado para determinado caso e todo medicamento pode ter efeitos colaterais. Procure um psiquiatra de confiança para avaliar o seu caso e discutirem juntos qual a melhor forma para lidar com essa situação.
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Alguns esclarecimentos: Primeiramente, deve consultar um psiquiatra, pois não há como fazer um diagnóstico sem avaliar pessoalmente cada caso. O que sente pode ter muitas causas, psicológicas e/ou psiquiátricas: transtornos de ansiedade, depressão, fadiga, "burnout". Provavelmente requer algum tratamento, que pode ser medicamentoso e psicoterápico ou, dependendo do caso, apenas psicoterápico. Quanto ao tipo de medicação, não existem medicações "fortes" e "fracas" no sentido que você atribui à palavra (algo mais "fraco" como sendo algo menos agressivo e mais seguro. Existem, certamente, medicações mais potentes e menos potentes e a indicação de uma sou outras vai depender de cada quadro. Por exemplo, na maioria dos casos de depressão, inicia-se o tratamento com medicações menos potentes em doses baixas. Se não funcionar, as doses vão sendo progressivamente aumentadas até que a pessoa melhore significativamente. Se, mesmo com doses mais altas, não houver melhora, pode-se acrescentar uma outra medicação, para potencializar a primeira ou fazer uma troca por uma medicação mais potente. É tanto errado usar medicações mais potentes quando ainda não se tentaram as menos potentes quanto insistir em medicações menos potentes, se mesmo em doses elevadas não tiverem funcionado. Cada etapa de um tratamento requer condutas diferentes. Quanto ao conceito de "natural", é ainda mais complicado. Porque, a rigor, somente não é "natural" o que for "sobrenatural"... O quero dizer com isto é tudo vem da natureza, em algum momento ou outro: substâncias químicas industrializadas também se originam de átomos e moléculas que, em alguma fase do processo, são retiradas do ambiente natural. Assim, o que geralmente as pessoas chamam de "natural" são substâncias que não são sintetizadas em laboratório nem passam por processos laboratoriais (porque cerca de 20% das medicações não são sintetizadas, sendo retiradas de vegetais, porém são purificadas e padronizadas em laboratório). Entretanto, apesar do que algumas pessoas dizem (erradamente), medicações que não passaram por processos laboratoriais são mais arriscadas que aquelas que passaram, por vários motivos: por exemplo, extratos de plantas podem possuir dezenas ou centenas de substâncias diferentes e, mesmo que alguma delas seja útil para seu problema, pode haver outras que sejam neutras ou mesmo prejudiciais. Assim, na maconha você tem o canabidiol, útil e o canabinol, que pode trazer consequëncias negativas. Se usar a maconha na sua totalidade, estará exposta a ambas as substâncias (assim como a dezenas de outras, muitas ainda pouco estudadas). Portanto, quando se trata de plantas, o correto é que suas substâncias sejam isoladas, purificadas, testadas segundo metodologias adequadas e somente então usadas como tratamentos - e, como pode ver, desta forma ela já será um composto de origem "laboratorial". Assim, usar produtos "naturais" não protege você de nenhum efeito colateral, podendo até expor você a mais riscos: por exemplo, a erva-de-são-joão (Hypericum) possui propriedades antidepressivas comprovadas, porém pode ter vários efeitos colaterais, interagir com outras medicações que esteja usando e mesmo com alimentos. O confrei, muito usado na década de 80 como tratamento "natural", por outro lado, se revelou tóxico, quando foram feitos estudos cuidadosos. Assim, o mais seguro é o médico utilizar o que a indústria oferece, apenas tomando cuidado de fazer as indicações corretas, tomar as precauções necessárias, basear-se em pesquisas independentes e com boa metodologia (e não no marketing dos laboratórios) e reavaliar periodicamente seu/sua paciente. É a melhor forma de exercer uma medicina eficiente e segura.
Olá, sinto muito que você esteja passando por esse momento de exaustão e angústia. Os sintomas que você descreveu o esgotamento físico e mental, a perda de prazer nas atividades (anedonia) e, principalmente, a insônia de manutenção (acordar de madrugada) são sinais claros de que seu organismo está operando no limite do estresse. No campo da Saúde Mental, olhamos para esses sinais não apenas como cansaço, mas como um alerta para condições como o Burnout ou transtornos de ansiedade e humor.
Quanto ao tratamento, é perfeitamente possível iniciar com abordagens que não envolvem medicações pesadas.
Existem diversas estratégias, como:
Higiene do Sono: Ajustes comportamentais para regular o ciclo circadiano.
Psicoterapia: Fundamental para manejar a pressão e a angústia com o trabalho.
Suplementação e Fitoterápicos: Dependendo da avaliação, substâncias mais leves podem auxiliar na regulação do sono e do cortisol.
Incluir atividade Física ajuda o corpo liberar o estresse e melhora na qualidade de vida, recomendo
O passo mais importante agora é realizar uma consulta detalhada para entendermos as causas desses despertares e traçarmos um plano de cuidado que respeite seu desejo por um tratamento equilibrado. Sigo à disposição para ajudar nesse processo.
Quanto ao tratamento, é perfeitamente possível iniciar com abordagens que não envolvem medicações pesadas.
Existem diversas estratégias, como:
Higiene do Sono: Ajustes comportamentais para regular o ciclo circadiano.
Psicoterapia: Fundamental para manejar a pressão e a angústia com o trabalho.
Suplementação e Fitoterápicos: Dependendo da avaliação, substâncias mais leves podem auxiliar na regulação do sono e do cortisol.
Incluir atividade Física ajuda o corpo liberar o estresse e melhora na qualidade de vida, recomendo
O passo mais importante agora é realizar uma consulta detalhada para entendermos as causas desses despertares e traçarmos um plano de cuidado que respeite seu desejo por um tratamento equilibrado. Sigo à disposição para ajudar nesse processo.
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