Um adulto jovem já pode ter o hipocampo atrofiado por conta da depressão e ansiedade aos 31 anos?

A atrofia, quando ocorre, possivelmente é progressiva e, em princípio, vai depender do quanto tempo duraram os episódios, de sua gravidade e de como cada organismo reage. Mas, não há estudos, em humanos, com respostas tão precisas, ao ponto de correlacionar com exatidão os transtornos, sua duração e o grau de atrofia.

Sim, é possível que alguém com 31 anos já tenha algum grau de atrofia no hipocampo por causa de depressão e ansiedade crônicas, principalmente se os sintomas vêm de longa data ou são muito intensos. O hipocampo é super sensível ao estresse — e quando o corpo fica muito tempo em “modo de alerta”, com altos níveis de cortisol, ele pode acabar sendo afetado.

Mas calma: isso não significa algo irreversível. Com tratamento (medicação certa, terapia, atividade física, sono de qualidade), o cérebro tem uma capacidade incrível de recuperação. Tem até estudos mostrando que o hipocampo pode voltar a crescer com os estímulos certos.

Se você sente que isso pode estar acontecendo, vale muito a pena investigar com um profissional. Dá pra cuidar, melhorar e até reverter bastante coisa. E você não precisa passar por isso sozinho.