Perguntas frequentes sobre descolamento de retina

O descolamento de retina consiste na separação desta camada das subjacentes, caindo para o interior do globo ocular que está preenchido por um gel transparente chamado vítreo.

A causa mais frequente é uma ruptura na retina periférica provocada por uma tração do vítreo ao desprender-se, no denominado descolamento de vítreo posterior. O descolamento do vítreo é um processo muito comum que na maioria dos casos não provoca nenhum dano adicional, apenas os sintomas típicos como miodesopsias (pequenos pontos ou raias pretas que aparecem no campo visual) e fotopsias (flashes de luz no campo visual).
Diante do surgimento desses sintomas, é recomendável a exploração do fundo do olho por um especialista para descartar possíveis danos na retina, principalmente quando são de aparecimento repentino e abundantes.
O descolamento de retina é uma patologia que provoca a perda de visão, inicialmente em uma parte do campo visual, mas que progride para a perda completa da visão, que será irreversível se não for resolvida através de intervenção cirúrgica em um breve período de tempo.

Perguntas frequentes:

É possível ler com descolamento de retina?

O início do descolamento de retina é muito variável, pode desprender-se de uma vez toda a retina e provocar a perda completa da visão, ou como na maioria dos casos, começar por um lado, que pode ser qualquer um, e progredir como uma cortina que se vai fechando e tirando a visão.
O paciente poderá ler até que o descolamento chegue ao centro da retina, a mácula, que é a que proporciona a visão central e mais detalhada, assim como a leitura. O tempo desde que se inicia a perda lateral até que se afeta a visão central é muito variável, desde poucos minutos até meses, sendo o mais habitual a progressão em questão de poucos dias desde o início dos sintomas.

Qual é o tempo de baixa por descolamento de retina?

O tempo de baixa após uma intervenção de descolamento de retina é variável dependendo da gravidade do mesmo, do tipo de intervenção que se realize para solucioná-lo, se houver necessidade de realizar alguma intervenção adicional posteriormente como cirurgia de catarata, ou o trabalho que se vá realizar depois do mesmo, mas a média costuma estar entre 2 e 3 meses de baixa laboral.

Diferença entre rasgo e descolamento de retina

O rasgo da retina é uma ruptura da mesma, geralmente em sua zona periférica, provocada por uma tração do gel vítreo que preenche o olho e habitualmente em uma zona mais fraca da retina. Essas zonas fracas são denominadas lesões predisponentes e são de diversos tipos, sendo mais comuns em pessoas míopes. O rasgo ocorre em uma zona que não é de visão, por isso não afeta a mesma, mas provoca sintomas indiretos, principalmente fotopsias ou flashes de luz provocados por tração ou ruptura na retina e miodesopsias provocadas pelo colapso vítreo que costuma ser a causa inicial. Embora o rasgo em si não provoque perda de visão, há um alto risco de que provoque um descolamento de retina, algo que pode ser evitado se for selado com laser, procedimento muito seguro e rápido que é realizado em consulta, e que na maioria das vezes evita o descolamento se for diagnosticado a tempo. Por isso, é muito importante procurar o especialista diante do aparecimento desses sintomas, assim como realizar revisões rotineiras onde podem ser detectadas lesões predisponentes que, se indicado, também podem ser seladas com laser, principalmente em pessoas míopes onde são mais frequentes.

Como saber se você tem descolamento de retina?

O sintoma fundamental do descolamento de retina é a perda de visão mais ou menos brusca, que se inicia por um lado do campo visual, qualquer um deles, e progride para o centro como uma cortina, com uma velocidade variável, mas geralmente em questão de poucos dias. Costuma ser precedido pelos sintomas do descolamento de vítreo posterior nos dias anteriores, fotopsias e miodesopsias.

Quais cuidados uma pessoa com descolamento de retina deve ter?

Diante dos sintomas de descolamento de retina, deve-se permanecer em repouso até ser avaliado o mais rápido possível por um oftalmologista. No caso de ser diagnosticado com um rasgo de retina e ser aplicado laser, deve-se continuar com o repouso por mais 7 a 10 dias, pois é o tempo que leva para fazer efeito completo. No caso de ser diagnosticado com descolamento de retina, deve-se permanecer em repouso até a intervenção, que será feita o mais rápido possível, geralmente dentro de poucos dias. O repouso deve ser absoluto neste caso e é possível que seja solicitado que mantenha alguma posição específica da cabeça dependendo do descolamento.
Após a intervenção, deve-se continuar em repouso absoluto e possivelmente em outra posição diferente por alguns dias, e depois com repouso relativo e recuperação progressiva da atividade nos próximos 2 ou 3 meses.

É possível dirigir com descolamento de retina?

Devido às características desta patologia e sua intervenção, não é possível dirigir nem trabalhar desde o início do problema até a alta médica, devido à perda de visão e à necessidade de repouso. No pós-operatório, além do necessário repouso, a visão estará muito reduzida por diferentes fatores dependendo da intervenção realizada, mas quase sempre é introduzido um gás no olho, necessário para a reaplicação da retina, que impede a visão. Existem diferentes tipos de gases com duração variável dentro do olho, mas costumam permanecer no mesmo entre 1 e 2 meses.

É possível trabalhar com descolamento de retina?

Por outro lado, a recuperação da função visual da retina pode ser lenta e dependerá de cada caso, mas a maior parte da visão costuma demorar de 2 a 3 meses para se recuperar na maioria dos casos. Até a alta médica após o pós-operatório da intervenção de descolamento de retina e, se for o caso, de outras intervenções ou atuações que possam ser necessárias, onde se avalie a visão definitiva e as possíveis sequelas, não se deve dirigir nem realizar atividades laborais. A alta médica é muito variável dependendo de cada paciente, mas a média é de 2 a 3 meses.

O descolamento de retina é uma patologia grave do olho com um alto potencial de perda severa e definitiva da visão, mas com possibilidade de prevenção através de laser em alguns casos e com resultados cirúrgicos muito bons na maioria dos casos em que já está estabelecido, sendo muito determinante para isso o tempo de evolução. Por isso, são importantes as revisões periódicas do fundo do olho em pacientes com maior risco como os míopes, e a revisão preferencial (poucos dias) por um oftalmologista em caso de sintomas.