Dr. Marcelo Xavier

A decisão de realizar uma cirurgia para epilepsia é baseada em uma avaliação completa e individualizada feita por uma equipe médica especializada, incluindo neurologistas, neurocirurgiões e outros profissionais de saúde envolvidos no tratamento da epilepsia.

A cirurgia para epilepsia é considerada uma opção quando o paciente não consegue controlar as crises epiléticas adequadamente com o uso de medicamentos antiepilépticos e quando as crises têm um impacto significativo na qualidade de vida. Nem todas as pessoas com epilepsia são candidatas a cirurgia, e a decisão é baseada em vários fatores, incluindo:

Diagnóstico preciso: É importante ter um diagnóstico preciso da causa das crises epiléticas e saber se elas estão localizadas em uma área específica do cérebro, conhecida como zona epileptogênica.

Falha no controle das crises com medicamentos: A cirurgia pode ser considerada quando as medicações antiepilépticas não conseguem controlar adequadamente as crises ou quando os efeitos colaterais dos medicamentos são intoleráveis.

Impacto na qualidade de vida: As crises epiléticas têm um impacto significativo na qualidade de vida, interferindo nas atividades diárias, relacionamentos e bem-estar geral.

Avaliação multidisciplinar: Uma equipe médica especializada irá realizar uma avaliação detalhada, incluindo exames de imagem cerebral, como ressonância magnética, eletroencefalograma prolongado (EEG) e testes neuropsicológicos, para determinar a localização precisa das crises e avaliar os riscos e benefícios da cirurgia.

É importante ressaltar que a cirurgia para epilepsia não é uma opção adequada para todos os casos. Existem diferentes tipos de cirurgia, incluindo a ressecção do tecido cerebral epileptogênico, estimulação cerebral profunda e técnicas menos invasivas, como a ablação por laser. Cada caso é único, e a decisão de realizar a cirurgia é individualizada.

Se você está considerando a cirurgia para epilepsia, é fundamental discutir suas preocupações e histórico médico detalhado com uma equipe médica especializada em epilepsia. Eles poderão avaliar seu caso específico, esclarecer dúvidas e fornecer orientações adequadas com base nas evidências científicas e em suas necessidades individuais.

O divalproato de sódio, comercializado como Depakote, é um medicamento antiepiléptico usado no tratamento de diferentes tipos de crises epiléticas. Embora seja eficaz para muitas pessoas, algumas podem continuar tendo crises mesmo quando estão tomando o medicamento.

Existem várias razões pelas quais as crises epiléticas podem persistir, mesmo com o uso de medicação adequada, incluindo:

Dose insuficiente: Pode ser necessário ajustar a dose do medicamento para alcançar um nível terapêutico eficaz. Em alguns casos, pode ser necessário aumentar a dose ou adicionar outros medicamentos antiepilépticos.

Variação na concentração do medicamento: É importante garantir que os níveis sanguíneos do medicamento estejam dentro da faixa terapêutica adequada. Às vezes, a concentração do medicamento no organismo pode variar de pessoa para pessoa, e podem ser necessários ajustes na dosagem para manter os níveis terapêuticos.

Resistência a medicamentos: Algumas formas de epilepsia podem ser resistentes ao tratamento medicamentoso, o que significa que as crises não respondem adequadamente aos medicamentos disponíveis. Nesses casos, outras opções de tratamento, como a cirurgia para epilepsia ou estimulação cerebral profunda, podem ser consideradas.

Fatores desencadeantes: Existem vários fatores que podem desencadear crises epiléticas, como privação de sono, estresse, consumo excessivo de álcool ou drogas, entre outros. É importante identificar e evitar esses gatilhos sempre que possível.

Se você está tomando Depakote e ainda está tendo crises epiléticas, é fundamental entrar em contato com seu médico para reavaliar o tratamento. Seu médico poderá realizar ajustes na dose, verificar os níveis sanguíneos do medicamento e considerar outras opções de tratamento, se necessário. É importante não fazer alterações na medicação por conta própria, pois isso pode ser perigoso e afetar negativamente o controle das crises.

Lembre-se de relatar qualquer mudança nos sintomas ou frequência das crises ao seu médico. Eles poderão fornecer orientações e ajustar o tratamento para ajudar a controlar adequadamente as crises epiléticas.