Mitocin - Informações, especialistas e perguntas frequentes

Uso de Mitocin

Indicações de Mitocin
Tratamento do adenocarcinoma do estômago ou pâncreas, em combinações comprovadas com outros agentes quimioterápicos aprovados, e ainda como tratamento paliativo quando outras modalidades tenham falhado. Mitocin, como agente único, é indicado para o tratamento tópico do carcinoma superficial de células de transição da bexiga urinária (sem invasão além da lâmina própria). Mitocin não é recomendado como substituto de cirurgia e/ou radioterapia apropriadas.


Contra-Indicações de Mitocin
Pacientes que tenham demonstrado hipersensibilidade ou reação idiossincrática à droga ou a qualquer outro componente de sua formulação no passado. Também é contra-indicado a pacientes com trombocitopenia, distúrbios de coagulação, ou que apresentem uma tendência crescente à hemorragia devida a outras causas.


Precauções especiais

Como Usar (Posologia)
Mitocin deve ser administrado com cuidado para se evitar o extravasamento do composto. Caos isso ocorra, pode resultar em celulite, ulceração e necrose. Reconstituição: para reconstituir o produto, adicionar 10 ml de água estéril para injeção ao frasco-ampola (5 mg), para resultar em uma concentração de 0,5 mg/ml. Agite para dissolver. Se o produto não se dissolver imediatamente, mantê-lo à temperatura ambiente até a obtenção da solução. Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e descarte das drogas anticâncer. Já foram publicados vários guias sobre este assunto. Administração intravenosa: após a recuperação hematológica completa de qualquer quimioterapia anterior, pode-se administrar 20 mg/m2 intravenosamente em dose única através de um cateter intravenoso, em intervalos de 6 a 8 semanas. Devido à mielodepressão cumulativa, os pacientes devem ser completamente reavaliados após cada ciclo de Mitocin e a dose reduzida, se o mesmo apresentar qualquer toxicidade (vide guia para ajuste de dose). Doses superiores a 20 mg/m2 não têm se mostrado mais eficazes, além do que são mais tóxicas que as doses menores. Não se deve administrar outra dose da droga até que a contagem de leucócitos retorne a 4.000/mm3 e de plaquetas a 100.000/mm3. O seguinte esquema é sugerido como guia para ajuste da dose. Nadir após a dose anterior: leucócitos (/mm3) > 4.000; plaquetas (/mm3) > 100.000; percentagem da dose anterior a ser administrada 100%. Leucócitos (/mm3) 3.000-3.999; plaquetas (/mm3) 75.000-99.999; percentagem da dose anterior a ser administrada 100%. Leucócitos (/mm3) 2.000-2.999; plaquetas (/mm3) 25.000-74.999; percentagem da dose anterior a ser administrada 70%. Leucócitos (/mm3) < 2.000; plaquetas (/mm3) < 25.000; percentagem da dose anterior a ser administrada 50%. Quando o Mitocin é usado em combinação com outros agentes mielodepressivos, as doses devem ser ajustadas de acordo. Se a doença continuar a ter progressao após 2 ciclos de tratamento, a droga deve ser descontinuada, visto que as chances de resposta são mínimas. Administração intravesical: a dosagem intravesical recomendada é 20 a 40 mg na concentração de 1 mg/ml em água estéril, via intravesical 1 vez por semana durante 8 semanas. Os pacientes devem se abster de líquidos por 12 horas antes da terapia. O paciente é cateterizado, a bexiga é drenada e Mitocin é instilado. A solução deve ser mantida por 2 horas. O paciente deve alterar sua posição a cada 15 minutos para permitir uma área de contato máximo. - Superdosagem: não se conhece antidoto específico para a mitomicina. O controle de uma superdose deverá incluir medidas de suporte gerais para alívio do paciente em qualquer período de toxicidade que possa ocorrer. Estabilidade: quando armazenado à temperatura ambiente (15 a 30ºC) e protegido da luz, Mitocin não reconstituído é estável até a data de validade indicada no cartucho. Evitar calor excessivo (acima de 40ºC). Quando reconstituído com água estéril para injeção a uma concentração de 0,5 mg/ml, Mitocin é estável por 14 dias, quando refrigerado (2 a 8ºC), ou por 7 dias à temperatura ambiente (15 a 30ºC). Proteger da luz. Quando reconstituído com água estéril para injeção para uma concentração de 1 mg/ml, Mitocin é estável por 7 dias em temperatura ambiente (25ºC). Se partículas não dissolvidas aparecerem após a reconstituição, aquecer levemente o frasco-ampola, sob agitação. Soluções de Mitocin em concentração de 1 mg/ml não devem ser guardadas sob refrigeração, com risco de ocorrer precipitação. A associação do Mitocin (5 a 15 mg) e heparina (1.000 a 10.000 unidades) em 30 ml de soro fisiológico a 0,9% é estável por 48 horas à temperatura ambiente. Quando diluido em vários líquidos para injeção intravenosa, a temperatura ambiente (15 a 30ºC), para uma concentração de 20 a 40 Ág/ml, a estabilidade e a seguinte: líquidos para injeção I.V.: soro glicosado a 5%, estabilidade de 3 horas; soro fisiológico a 0,9%, estabilidade de 12 horas; solução de lactato de sódio para injeção, estabilidade 24 horas.


Laboratório
Bristol Myers Squibb S.A.
Remédios da mesma Classe Terapêutica Ambezetal, Amikin, Amoxil, Ampiretard, Amplamox Ac


Precauções
Mitocin deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e com experiência no uso de agentes quimioterápicos do câncer. A devida conduta do tratamento e em complicações somente é possível quando se faz um diagnóstico adequado e os recursos de tratamento estão prontamente disponíveis. O uso do Mitocin resulta em uma alta incidência de depressão medular, particularmente trombocitopenia e leucopenia. A trombocitopenia pode levar à hemorragia, e a leucopenia contribui para o aparecimento de infecções em um paciente já comprometido. Houve relatos de obitos devido à septicemia como resultado de leucopenia. Pode ser necessário um ajuste de dosagem de acordo com o nadir de contagem. Portanto, os seguintes exames devem ser obtidos repetidamente durante o tratamento e por pelo menos 8 semanas após o mesmo: contagem de plaquetas, contagem e diferencial de leucócitos e hemoglobina. Quando o número de plaquetas for inferior a 100.000/mm3 ou o de leucócitos for inferior a 4.000/mm3 ou ainda, ocorrer um declínio progressivo em qualquer um dos dois, é uma indicação para a suspensão da terapia até que a contagem sangüínea se recupere acima destes níveis. A síndrome hemolítica urêmica (SHU) é uma complicação grave de quimioterapia, que consiste primariamente de anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal irreversível, tendo sido relatada em pacientes recebendo Mitocin via sistêmica. A síndrome pode ocorrer a qualquer momento durante a terapia sistêmica com Mitocin, agente único, ou em combinação com outros agentes citotóxicos; entretanto, a maioria dos casos ocorre com doses maior ou igual a 60 mg de Mitocin. A transfusão de sangue pode exacerbar os sintomas associados a esta síndrome. A incidência desta síndrome não foi definida. Os pacientes devem ser alertados sobre a toxicidade potencial desta droga, em particular, a depressão medular. Os pacientes deverão ser instruídos sobre a sintomatologia relevante e aconselhados sobre a importância de se notificar prontamente os médicos em caso de desenvolvimento deste sintoma. Os pacientes que estejam em tratamento com o Mitocin devem ser observados quanto à ocorrência de toxicidade renal. O produto não deve ser administrado a pacientes com taxa de creatinina sérica superior a 1,7 mg/dl (150 Ámol/l). Falta de ar aguda e broncospasmo severo têm sido relatados após administração de alcalóides da vinca em pacientes que tenham recebido Mitocin prévia ou simultaneamente. O início desta angústia respiratória aguda pode ocorrer em minutos ou horas após a injeção de alcalóide da vinca. O número total de doses tem variado consideravelmente para cada droga. Broncodilatadores, esteróides e/ou oxigênio produziram alívio sintomático. Poucos casos de síndrome de angústia respiratória em adultos têm sido relatados em pacientes recebendo Mitocin em combinação com outros agentes quimioterápicos, mantidos a concentrações de FIO2 maiores do que 50% peroperatoriamente. Portanto deve-se ter cautela e deve-se usar somente oxigênio suficiente para fornecer saturação arterial adequada, uma vez que o oxigênio por si só pode ser tóxico para os pulmões. Especial atenção deve ser dada ao balanço de fluidos devendo-se evitar a super-hidratação. Uso na gravidez: o uso seguro do Mitocin durante a gravidez não está estabelecido. Alterações teratogênicas têm sido observadas em estudos animais. O efeito do Mitocin na fertilidade é desconhecido. Lactação: não se sabe se a mitomicina é excretada no leite humano. Recomenda-se que as mulheres em tratamento com mitomicina não amamentem, devido ao potencial da droga em provocar reações adversas nos lactentes.


Efeitos adversos e efeitos colaterais

Efeitos Colaterais de Mitocin
Hematológicas: a mielodepressão foi a toxicidade mais comum e mais séria observada. A trombocitopenia e/ou leucopenia podem ocorrer a qualquer momento dentro de 8 semanas após o início do tratamento, com um tempo médio de 4 semanas. A recuperação após o término da terapia ocorre dentro de 10 semanas. Cerca de 25% dos episódios de leucopenia ou trombocitopenia não se resolvem. O Mitocin produz mielodepressão cumulativa. Pele e membranas mucosas: celulite no local da injeção tem sido registrada e pode ser ocasionalmente severa. O evento dermatológico mais importante é necrose e conseqüente morte do tecido, fato que acontece quando a droga extravasa durante a injeção. O extravasamento pode ocorrer com ou sem uma concomitante sensação de queimação ou ardor e, ainda, se houver retorno sangüíneo adequado quando a agulha da injeção é aspirada. Aparecimento retardado de eritema e/ou ulceração têm sido observados tanto no local da injeção, como a distância, semanas a meses após a administração da droga, mesmo quando não forem observadas evidências óbvias de extravasamento por ocasião da administração. Em alguns casos tem sido necessário o enxerto da pele. Estomatite e alopecia também ocorrem frequentemente. Erupções cutâneas foram raramente registradas. Renais: parece não haver relação entre a dose total administrada ou duração da terapia e o grau de insuficiência renal. Síndrome hemolítica uremica (SHU): esta complicação grave de quimioterapia, que consiste principalmente de anemia hemolítica microangiopática (hematócrito menor ou igual a 25%), trombocitopenia (menor ou igual a 100.000/mm3), e insuficiência renal irreversível (creatinina sérica maior ou igual a1,6 mg/dl ou 140 Ámol/l), tem sido relatada em pacientes recebendo Mitocin por via sistêmica. Hemólise microangiopática com eritrócitos fragmentados visto em esfregacos de sangue periférico ocorrem em 98% dos pacientes com esta síndrome. Outras complicações menos frequentes da síndrome podem incluir edema pulmonar, anormalidades neurológicas e hipertensão. Relata-se exacerbação dos sintomas associados com a SHU em alguns pacientes recebendo transfusões de produtos do sangue. A incidência da síndrome não foi definida. Associa-se uma alta taxa de mortalidade com esta síndrome. A síndrome pode ocorrer a qualquer momento durante a terapia sistêmica com Mitocin, agente único, ou em combinação com outras drogas citotóxicas. Menos frequentemente, é relatada em pacientes recebendo combinações de drogas citotóxicas que não incluem o Mitocin. Conseqüentemente pacientes recebendo doses maiores ou iguais a 60 mg de Mitocin devem ser acompanhados de perto na ocorrência de anemia inexplicada, com células fragmentadas em esfregacos de sangue periférico, trombocitopenia e função renal diminuída. Pulmonares: eventos pulmonares ocorrem infreqüentemente, mas toxicidade pode ser grave e com risco de vida. Dispnéia com tosse seca e evidência radiográfica de infiltrados pulmonares podem ser indicativos de toxicidade pulmonar induzida pelo Mitocin. Se outras etiologias forem descartadas, a terapia com a droga deve ser descontinuada. Emprega-se corticosteróides no tratamento desta toxicidade, mas seu valor terapêutico não foi determinado. Poucos casos de síndrome de angústia respiratória em adultos são relatados em pacientes recebendo Mitocin em combinação com outros agentes quimioterápicos e mantidos a concentrações de FIO2 maiores do que 50% peroperatoriamente. Cardiacas: relata-se, com rara frequência, insuficiência cardíaca congestiva, que responde à terapia convencional. Quase todos os pacientes que apresentaram esse efeito colateral haviam recebido tratamento prévio com doxorrubicina. Efeitos colaterais agudos causados por Mitocin: febre, anorexia, náusea e vômito. Outras reações adversas registradas durante a terapia com Mitocin: cefaléia, visão turva, confusão mental, sonolência, síncope, fadiga, edema, tromboflebite, hematêmese, diarréia e dor. Estes não pareciam estar relacionados com a dose e não ficou esclarecido se estavam relacionados com a droga ou se estavam relacionados com processos primários ou metastáticos da doença. Administração intravesical: irritação geniturinária, incluindo disúria, noctúria, freqüência de micção aumentada, hematúria e outros sintomas de irritação local, erupções e prurido nas mãos e na área genital.


Perguntas sobre Mitocin

Nossos especialistas responderam a 1 perguntas sobre Mitocin

Mitocin é o nome comercial da Mitomicina, um quimioterápico (especificamente, inibe a síntese de DNA nas células) usado por exemplo no tratamento do câncer de canal anal.

Quais profissionais prescrevem Mitocin?


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