Quando tive a hérnia na lombar, ainda não sabia que era uma hérnia. Senti uma dor forte misturada com a sensação de …um choque que saiu da lombar e foi irradiando pela perna direita até o pé. A partir daí, ao andar, comecei a mancar porque sentia dor ao pisar.
No dia seguinte ao acontecimento da hérnia (ainda não sabia que era uma hérnia) me consultei com um cirurgião ortopedista e ele passou alguns remédios e o exame de imagem da região lombar. Ao voltar nele, soube que era uma hérnia e que o tratamento agora era aguardar o efeito do remédio, e que provavelmente voltaria ao normal dentro de alguns meses.
Passadas duas semanas, percebi que nada melhorou. De imediato, fiz uma consulta com um neurocirurgião. Este viu meus exames, ajustou meus remédios, e disse que eu precisaria fazer a cirurgia de hérnia. Logo de cara, não entendi, não queria acreditar, não achava que era necessário porque estava apenas mancando, e pela opinião do primeiro médico, dentro de alguns meses voltaria ao normal.
Assim fui tirar uma terceira opinião com outro neurocirurgião. Este me analisou mais, fez várias perguntas e pediu pra realizar alguns movimentos. Um deles foi andar na ponta dos pés - até então não tinha feito isso. E, não consegui me manter na ponta do pé direito. Foi um dos maiores sustos que já tive!
Fiquei muito preocupado, muita coisa vem na cabeça nessa hora. Para mim, não podia ser verdade que o mancar vinha da lombar e causava aquela perda de força capaz de não me deixar ficar na ponta do pé.O choque de realidade que esse médico trouxe foi bom porque comecei a encarar a realidade.
Procurei uma quarta opinião. Queria confirmar se era mesmo um caso de cirurgia ou se havia uma alternativa. Este médico foi o Dr. Andre Marques.
Já no consultório tive um dos melhores atendimentos que você pode encontrar. Sua secretária além de bem receptiva é uma pessoa super eficaz, resolve tudo.
Já na consulta, o Dr. Andre Marques me recebeu muito bem, fez-me sentir bem à vontade e fez algumas perguntas para mim, escutou com atenção, analisou os exames que já tinha feito e não disse o que eu já esperava ouvir, ele não falou sobre fazer cirurgia, de cara. Ele falou que ainda estava cedo e que podia aplicar o tratamento tradicional para observar minha evolução.
Mas, não parou aí. Ele solicitou um exame que media condutividade na perna para saber o grau do meu problema e assim entender melhor o meu caso. Eu estava na sexta semana do ocorrido. Mas, pela primeira vez tinha ouvido palavras de esperança e uma atitute técnica baseada em dados para poder tomar alguma decisão. Isso foi muito bom. Tive esperança.
Voltei lá duas semanas depois, era a oitava semana. Estava com o novo exame e apresentei para o doutor Andre. Ele analisou, confirmou que era um quadro que tinha a necessidade de cirurgia e explicou que eu deveria fazer, com calma, sensatez. Aceitei fazer a cirurgia com ele. Mas, mesmo assim pedi pra refazer o exame da condutividade. Ele concordou, eu refiz e mesmo assim o resultado se confirmou. Ele foi bem compreensivo. Entendia que eu não queria fazer uma cirurgia.
A cirurgia ocorreu na décima semana. O time do doutor Andre me acolheu muito bem. Isso contribuiu para um melhor estado de espírito. Foi muito bom ver um time tão bem entrosado e transparente. Entrei no hospital no Domingo e saí na Segunda à noite. Foi uma técnica minimamente invasiva. Foi um sucesso. Não sentia mais as dores, sentia meu pé direito mais forte. E comecei o período de recuperação em casa.
Os três primeiros dias não são bons, você precisa de ajuda pra quase tudo. Dentro de uma semana você já está bem. Não pode fazer de tudo, claro. E também ainda sente dores da cirurgia, mas não dores do problema.
A partir do primeiro dia você sente o corpo se recuperar. Sua perna mostra que está se recuperando, você pode passar a sentir de vez em quando uns choques, como se uma corrente elétrica estivesse se religando dentro da sua perna e começa a sentir o pé e a perna cada vez melhor. Na segunda semana você já tá bem mais forte e dentro de um mês praticamente você não sente dor. Dentro de 3 meses você está como se não tivesse feito uma cirurgia.
Para quem for fazer esse tipo de cirurgia é bom ter alguém que fique com você pelo menos umas duas semanas te ajudando. E, se puder, ficar de repouso sem trabalhar, por um mês, pelo menos.
Resolvi postar essa opinião para ajudar a você. Se está com algum tipo de dor, procure um médico o quanto antes. Escute os sinais do seu corpo, não deixe para depois. Se algo motor não está funcionando como deve ser, marque uma consulta com um neurocirurgião. Se você já sabe que tem um problema como o meu, você está num bom lugar para resolver o seu problema, acabar com as dores e voltar a ter uma vida saudável.
Só depois da cirurgia que realmente reconheci que sem ela eu não teria ficado bom. Para o meu caso, era necessário mesmo. Estou muito grato por tudo que o doutor e o seu time me proporcionou. Estou bem de novo!
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