Além de esquizofrenia, para que servem os antipsicóticos?
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Além de esquizofrenia, para que servem os antipsicóticos?
Além da esquizofrenia, eles podem melhorar transtornos psicóticos como o esquizo-afetivo e o delirante e, sobretudo os antipsicóticos de novas gerações, podem servir como estabilizadores de humor e para aumentar o efeito de antidepressivos. Por vezes, são usados no controle de alguns comportamentos como agressividade e auto-mutilação, a critério psiquiátrico.
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Além de Psicoses como a esquizofrenia, os antipsicóticos podem ser usados como estabilizadores de humor e como estratégia de potencialização no tratamento da ansiedade, transtorno obsessivo e da depressão,
Os antipsicóticos são usados para muitas coisas atualmente. Desde nausea até como indutores do sono. No caso de transtorno psicóticos diversos são usados como antipsicóticos, além de só na esquizofrenia.
Uma grande parte dos antipsicóticos atípicos ou de segunda geração é usada no transtorno bipolar na fase de mania e outros na fase de depressão.
São usados em quadros de agitação psicomotora e impulsividade, automutilação.
A quetiapina foi liberada como antidepressivo, além do potencializar o efeito dos antidepressivos.
São usados no tratamento de transtorno de tiques e no TOC.
Uma grande parte dos antipsicóticos atípicos ou de segunda geração é usada no transtorno bipolar na fase de mania e outros na fase de depressão.
São usados em quadros de agitação psicomotora e impulsividade, automutilação.
A quetiapina foi liberada como antidepressivo, além do potencializar o efeito dos antidepressivos.
São usados no tratamento de transtorno de tiques e no TOC.
Ola! Boa Noite! Os antipsicóticos se caracterizam por sua ação psicotrópica, com efeitos sedativos e psicomotores. Além de preferencialmente serem indicados para o tratamento sintomático das psicoses, principalmente a esquizofrenia, também são utilizados como anestésicos e em outros distúrbios psíquicos.
PARA MUITAS COISAS ... ATÉ PARA INSÔNIA ... ALÉM DE PODEREM ESTABILIZAR O HUMOR, AGRESSIVIDADE, ETC ... DEPENDERÁ DO CASO CONCRETO ... DE TODAS AS FORMAS, FICO À DISPOSIÇÃO .... ATT DR MARCIO
Embora inicialmente desenvolvidos para tratamento de psicoses, como a esquizofrenia, estudos posteriores mostraram eficácia destas medicações no tratamento de outras condições, como agitação no transtorno do espectro autista (Risperidona, aripiprazol), transtorno bipolar (quetiapina, olanzapina, lurasidona…), potencializador na depressão unipolar (aripiprazol, olanzapina…), dentre outros…
Os antipsicóticos não são usados apenas para esquizofrenia — na verdade, essa classe de medicamentos tem uma ampla aplicação em diferentes condições neurológicas e psiquiátricas, pois atua modulando os neurotransmissores dopamina e serotonina, que estão envolvidos na regulação do humor, do comportamento, da percepção e do pensamento. Além do tratamento dos transtornos psicóticos (como esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo), eles são amplamente utilizados nas seguintes situações: 1. Transtorno bipolar: os antipsicóticos atípicos (como quetiapina, olanzapina, risperidona, aripiprazol, ziprasidona e lurasidona) são eficazes tanto para tratar episódios de mania ou hipomania quanto para controlar a depressão bipolar e estabilizar o humor a longo prazo. Muitos deles substituíram o uso isolado de estabilizadores clássicos, como lítio ou valproato, devido ao perfil mais previsível e tolerável. 2. Transtornos depressivos resistentes: quando o antidepressivo isolado não é suficiente, pequenas doses de antipsicóticos atípicos — especialmente quetiapina, aripiprazol, brexpiprazol ou cariprazina — são associadas para potencializar o efeito antidepressivo, atuando sobre os receptores de serotonina e dopamina em regiões límbicas. Essa estratégia é comum em casos de depressão refratária, depressão bipolar e depressão ansiosa com insônia. 3. Transtornos de ansiedade graves e TOC (transtorno obsessivo-compulsivo): em casos refratários, pode-se associar antipsicóticos (como risperidona ou aripiprazol) a um ISRS para reduzir pensamentos obsessivos e compulsões. O uso é de dose baixa e controlada, com boa eficácia. 4. Transtornos de personalidade e impulsividade: em pacientes com transtorno borderline, irritabilidade extrema ou comportamento agressivo impulsivo, os antipsicóticos ajudam a regular o humor, a impulsividade e a percepção emocional, prevenindo crises de descontrole. 5. Distúrbios do sono e ansiedade severa: a quetiapina e a olanzapina, em doses baixas, podem ser utilizadas para melhorar o sono e reduzir agitação noturna, especialmente quando há associação com transtornos de humor ou ansiedade refratária, sempre sob acompanhamento médico devido ao potencial de sedação e ganho de peso. 6. Síndromes neurológicas: alguns antipsicóticos são usados para tratar tiques, síndrome de Tourette, agitação em demência e distúrbios comportamentais em epilepsia ou autismo, por modularem a dopamina em regiões subcorticais. 7. Náuseas, vômitos e vertigens refratárias: certos antipsicóticos típicos (como o haloperidol ou o levomepromazina) têm ação antiemética e são usados em doses muito baixas para controle de sintomas autonômicos e vestibulares. Os antipsicóticos dividem-se em dois grandes grupos: típicos (de primeira geração), como haloperidol e clorpromazina, e atípicos (de segunda geração), como risperidona, olanzapina, quetiapina, aripiprazol, clozapina e lurasidona. Os atípicos são preferidos atualmente, pois têm menor risco de efeitos extrapiramidais (tremores, rigidez) e atuam também sobre receptores serotoninérgicos, proporcionando melhor equilíbrio emocional e cognitivo. É importante lembrar que, embora sejam eficazes, os antipsicóticos requerem monitoramento médico regular, pois podem causar efeitos colaterais como sedação, ganho de peso, alterações metabólicas (aumento de glicose e colesterol), sonolência e, em casos raros, sintomas motores. O acompanhamento com exames periódicos e ajustes de dose previne esses efeitos. Em resumo: os antipsicóticos são usados não apenas na esquizofrenia, mas também no transtorno bipolar, depressão resistente, TOC, ansiedade grave, impulsividade, insônia refratária e distúrbios neurológicos com agitação, sempre com prescrição individualizada e monitoramento cuidadoso. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, saúde mental, transtornos do humor e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728
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