Boa tarde, tudo bem? Sou pai atípico, tenho uma filha de 5 anos e 11 meses com diagnóstico de aut

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Boa tarde, tudo bem?

Sou pai atípico, tenho uma filha de 5 anos e 11 meses com diagnóstico de autismo com suporte nível 3. A neuropediatra que a acompanha decidiu iniciar o uso de Ritalina LA, com o objetivo de ajudá-la a manter a atenção por mais de 2 minutos, que é o tempo médio de concentração dela atualmente.

Minha dúvida é sobre como administrar corretamente a Ritalina LA. Ela não aceita engolir o comprimido inteiro, então seguimos a orientação da bula: abrimos a cápsula, misturamos o pó em suco de maçã e tentamos dar com seringa.

Nesse processo, enfrentamos dois problemas:

1. Ela recusa e cospe quando damos a mistura com suco pela seringa.
2. Tentamos oferecer em purê de maçã, mas ela também rejeita.

A bula não indica outros alimentos possíveis para misturar. Por isso, gostaria de saber:

* É possível oferecer a Ritalina LA em gelatina sem alterar o efeito e a duração do medicamento?
* Caso não seja indicado, em quais tipos de alimentos ou formas seguras podemos administrar a Ritalina LA?

Agradeço desde já pela orientação.
Dr. Gustavo Holanda
Neurologista pediátrico
Recife
Entendo sua angústia, porque a rotina de dar um remédio a uma criança com autismo pode ser uma verdadeira batalha. Acredito que você está invertendo a ordem das demandas... No caso da Ritalina LA, há um ponto muito importante: não existe versão em solução, solúvel ou já dissolvida. Apesar de a bula mencionar que a cápsula pode ser aberta e misturada em alimentos, essa não é a recomendação médica padrão, justamente porque aumenta o risco de falhas na absorção e recusa por parte da criança. A formulação foi desenhada para que os grânulos sejam ingeridos inteiros, sem mastigar, garantindo o efeito prolongado.

Por isso, em situações como a de sua filha, o mais indicado é iniciar um treinamento para aprender a engolir cápsulas. Esse treino não precisa começar com o remédio: pode ser feito de forma lúdica, com migalhinhas de pão, balinhas pequenas tipo M\&M’s ou até cápsulas inertes vendidas em farmácias. A ideia é transformar o ato de engolir em algo natural, gradativo e sem medo. Vale lembrar que a idade de sua filha — 5 anos e 11 meses — está bem próxima do marco de segurança estabelecido para o uso do metilfenidato, que é a partir dos 6 anos. Ou seja, pode ser também um momento oportuno de trabalhar essa habilidade antes da introdução do medicamento, preparando o terreno para quando chegar a hora.

É compreensível a sua pressa em ajudar sua filha a se concentrar, mas, nesse caso, o passo mais seguro é alinhar o início da medicação com o desenvolvimento da capacidade de engolir cápsulas. Isso não apenas garante a eficácia do tratamento, como também evita desgaste diário com tentativas de administração frustradas. Muitos pais relatam que, depois que a criança aprende, o processo se torna simples e rápido.

A Telemedicina hoje permite conversas diretas com especialistas que podem orientar estratégias individualizadas e seguras, inclusive com segundas opiniões. Em uma teleconsulta é possível revisar a indicação, avaliar o momento certo para iniciar o tratamento e desenhar com você um plano prático para o treinamento de deglutição. Plataformas como a Doctoralia oferecem acesso a médicos reconhecidos pela satisfação dos pacientes. Em tempos de COVID-19, MPOX, Parvovírus B19 e cepas virulentas da gripe aviária, essa modalidade mantém sua família protegida, economiza o tempo perdido no trânsito e nas salas de espera e permite que você invista em trabalho ou estudo.

Posso te orientar em uma teleconsulta, como qualquer médico pode e deve fazer no início da jornada de Atenção Primária. Mesmo que não precise de mim agora, recomendo visitar meu perfil e redes sociais e guardar nosso contato. Assim, você terá à mão um canal confiável para avançar de maneira prática, segura e sem riscos desnecessários.

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