Como a análise existencial pode ajudar a lidar com os aspetos emocionais da doença autoimune?
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Como a análise existencial pode ajudar a lidar com os aspetos emocionais da doença autoimune?
A análise existencial ajuda a lidar com os aspectos emocionais de uma doença autoimune (especialmente porque pode ter sido desenvolvida por questões psicossomáticas) ao trazer consciência sobre como enfrentamos o sofrimento, a incerteza e as mudanças no corpo e na vida. Esse olhar permite ressignificar experiências, fortalecer recursos internos e encontrar sentido mesmo diante das limitações. Se você quiser, podemos trabalhar juntos em acompanhamento psicológico para explorar essas questões de forma segura e acolhedora.
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Olá! a análise existencial como um conceito inspirado por Viktor Frankl e outros, constitui-se numa ferramenta importante para se lidar com os impactos emocionais e psicológicos da doença autoimune, uma vez que esta, por vezes, surge sem avisos sensíveis e instala-se, com sofrimento e sentimento de não merecimento e tristeza. A análise existencial opera com o sentido do que emerge e comparece, com a liberdade e responsabilidade, sobretudo pela consciência do fim possível da vida, ou da finitude, sobre a qual, em condições "normais", não se pensa muito neste aspecto. Além da autenticidade, aspectos estes que se tornam mais vivos quando o corpo deixa de responder como se espera. As doenças autoimunes, em geral, afloram sentimentos de injustiça: "Porquê aconteceu comigo?", associado a uma mudança de rotina e do controle sobre a vida. Fica-se, de certa forma, à mercê da doença. Há tratamentos e controle, de certa forma, e em certos casos e pessoas. A análise existencial desvincula-se de aspectos morais ou metafísicos, e, ajuda as pessoas a interpretar a doença dentro da sua realidade físico-orgânica e da biografia pessoal. Precisa-se transformar o sofrimento em significado, sem romantizar a dor, e sim, trabalhando para encontrar-se um sentido que permita seguir adiante. E, ao procurar ajuda de um profissional da psicologia, conseguir reaprender a habitar o corpo, reconhecendo limites, sem vivê-los como fracassos, e, desenvolvendo uma atitude de cuidado e reconciliação com o próprio organismo, aceitando a nova realidade e lutando com as as ferramentas médicas e medicamentosas, para as melhoras possíveis, e entendermos que o corpo não é apenas um objeto doente, mas, parte essencial da existência. a análise existencial tem instrumentos para ensinar-nos a elaborar o luto pelas capacidades perdidas, e, reconstruirmos a identidade, para além da doença. Precisamos ficar fortes, para enfrentar as dificuldades da doença autoimune. A análise existencial oferece um espaço seguro, para falar-se abertamente sobre medos profundos, e aprendermos a diferenciar "fim" de "ameaça constante", e valorizarmos a vida que acontece no aqui-e-agora com gratidão ao universo e a nós próprios por estarmos a lutar para as melhoras ou para aprendermos a lidar com as dores, os incómodos e a nova realidade. Precisamos ocupar-nos com foco e atenção no trabalho, fazer um curso de línguas, socializarmo-nos em grupo. Fazermos exercícios físicos possíveis, como musculação, pilates, yoga, exercícios de respiração e meditação, que nos deixarão mais calmos e menos ansiosos e preocupados. Mais calmos e vivendo mais no aqui-e-agora, no momento presente, e não no saudosismo do passado ou na ansiedade do futuro.
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