Como a discrepância afeta o diagnóstico de deficiência intelectual?

A discrepância afeta o diagnóstico de deficiência intelectual porque, para além do resultado de um teste de QI, é necessário avaliar o modo como a pessoa funciona no cotidiano. Muitas vezes, o indivíduo pode apresentar um desempenho melhor em determinadas áreas e pior em outras, o que pode dar a impressão de que seu funcionamento geral é maior do que realmente é. Essa desigualdade pode mascarar dificuldades importantes nas habilidades adaptativas, como comunicação, tomada de decisão, autonomia e manejo das demandas sociais. Por isso, o diagnóstico não se baseia apenas na medida cognitiva, mas na compreensão de como a pessoa se orienta na vida real, no cuidado de si, nas relações e no ambiente. A discrepância, portanto, exige uma avaliação cuidadosa para que se identifique não apenas o nível de inteligência, mas também as necessidades de suporte e as possibilidades de desenvolvimento.

Ola boa noite, A "discrepância" - especificamente o modelo de discrepância entre QI (Quociente de Inteligência) e desempenho acadêmico - não é mais um critério central ou recomendado para o diagnóstico de deficiência intelectual. Em vez disso, os critérios de diagnóstico modernos, como os do DSM-5 e da AAIDD (Associação Americana de Deficiências Intelectuais e de Desenvolvimento), focam em uma avaliação mais abrangente.

A discrepância afeta diretamente o diagnóstico de deficiência intelectual porque diferenças significativas entre índices cognitivos ou entre desempenho intelectual e funcionamento adaptativo indicam um funcionamento não global, o que enfraquece esse diagnóstico. Quando há áreas preservadas ou desempenho inconsistente, os prejuízos podem estar mais ligados a fatores emocionais, educacionais ou contextuais do que a uma limitação intelectual generalizada, exigindo cautela e uma interpretação clínica integrativa.