Como a psiquiatria lida com a depressão resistente? Já tomei todas as classes de medicações e fiz te

Muitas vezes que recebo casos de pessoas que já usaram muitas medicações, o problema é que não usaram doses suficientes e/ou por tempo suficiente. Isto ocorre por causa de falta de conhecimento, por parte de alguns profissionais, mas principalmente porque vários pacientes, quando não melhoram logo ou sentem algum efeito colateral desagradável, pressionam o profissional para trocar a medicação ou trocam de profissional. Assim, o primeiro passo seria verificar as doses que usou da medicação e por quanto tempo utilizou as doses máximas de cada uma. Em segundo lugar, verifica-se se foram seguidas diretrizes corretas de tratamento: ou seja, se após o uso de doses máximas de cada medicação, sem efeitos satisfatórios, passou-se para a próxima etapa, que é de troca por medicação mais potente ou uso de uma medicação associada, para potencializar a que não teve resultados suficientes. Finalmente, se estas diretrizes foram corretamente seguidas e a melhora não ocorreu ou foi insuficiente, certamente existem tratamentos medicamentosos alternativos como a quetamina endovenosa ou a escetamina nasal e não medicamentosos, como, por exemplo, a eletroconvulsoterapia, a estimulação magnética transcraniana e terapias de linha comportamental, como a comportamental-cognitiva e a ativação comportamental.

A depressão resistente pode ser tratada sim. Geralmente envolvem outros medicamentos de outras classes para realizar potencialização dos antidepressivos. É necessário conversar com um psiquiatra para avaliar uma possível associação entre antidepressivos e neurolépticos ou outros medicamentos para auxiliar no controle da depressão resistente.