Como as amizades de mulheres autistas diferem das de homens autistas?
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Como as amizades de mulheres autistas diferem das de homens autistas?
As amizades de mulheres autistas tendem a ser mais baseadas em vínculo emocional e trocas profundas, enquanto as de homens autistas muitas vezes se formam em torno de interesses compartilhados. Mulheres autistas podem se esforçar mais para manter laços sociais e camuflar dificuldades, o que pode gerar cansaço e ansiedade, mesmo em relações próximas.
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As amizades de mulheres autistas costumam envolver maior esforço de adaptação e leitura emocional do outro, o que pode gerar exaustão e sensação de falsidade no vínculo. Já os homens autistas tendem a se relacionar de forma mais direta e centrada em interesses comuns, com menor preocupação em corresponder a expectativas sociais. Nas mulheres, o laço é mais afetivo, mas também mais permeado por tentativas de camuflagem e manutenção da aceitação social.
Isso ocorre muito em função das expectativas culturais e das estratégias de enfrentamento desenvolvidas. Enquanto os homens com autismo frequentemente constroem amizades baseadas em atividades compartilhadas e interesses específicos (interagindo "ombro a ombro" com foco na tarefa ou no hobby, o que demanda menos interpretação de sinais não verbais), as mulheres com autismo enfrentam uma pressão social maior para a conexão emocional profunda e a comunicação "face a face". A sociedade espera que a mulher seja naturalmente empática e comunicativa, o que leva muitas mulheres no espectro a desenvolverem um mecanismo de adaptação conhecido como masking ou camuflagem social.
Essa camuflagem envolve a observação e imitação consciente de comportamentos de amigas neurotípicas para se sentirem aceitas, o que gera um custo cognitivo e emocional elevado. Diferente dos homens, que muitas vezes podem ser socialmente mais reservados sem tantas penalidades, as mulheres tendem a buscar grupos para não parecerem isoladas, mas frequentemente sentem que estão "atuando" o tempo todo. Isso resulta em uma exaustão profunda após interações sociais e em uma sensação de solidão, mesmo quando acompanhadas, pois a conexão é estabelecida através de uma "personagem" criada para agradar e evitar rejeição.
Além disso, na Terapia Comportamental Dialética, valida-se o fato de que mulheres com autismo tendem a preferir relações duais e intensas (ter uma única "melhor amiga" ou "pessoa âncora") em vez de navegar por grupos grandes, onde as regras sociais implícitas, como hierarquias e conversas cruzadas, são difíceis de decifrar. Essa busca por intensidade, somada a uma certa ingenuidade social (dificuldade em ler intenções ocultas), pode torná-las mais vulneráveis a relacionamentos tóxicos ou unilaterais. Compreender essas diferenças é essencial para que o indivíduo não se culpe por não se adequar aos padrões neurotípicos de socialização, focando em construir vínculos que respeitem seus limites sensoriais e emocionais.
Essa camuflagem envolve a observação e imitação consciente de comportamentos de amigas neurotípicas para se sentirem aceitas, o que gera um custo cognitivo e emocional elevado. Diferente dos homens, que muitas vezes podem ser socialmente mais reservados sem tantas penalidades, as mulheres tendem a buscar grupos para não parecerem isoladas, mas frequentemente sentem que estão "atuando" o tempo todo. Isso resulta em uma exaustão profunda após interações sociais e em uma sensação de solidão, mesmo quando acompanhadas, pois a conexão é estabelecida através de uma "personagem" criada para agradar e evitar rejeição.
Além disso, na Terapia Comportamental Dialética, valida-se o fato de que mulheres com autismo tendem a preferir relações duais e intensas (ter uma única "melhor amiga" ou "pessoa âncora") em vez de navegar por grupos grandes, onde as regras sociais implícitas, como hierarquias e conversas cruzadas, são difíceis de decifrar. Essa busca por intensidade, somada a uma certa ingenuidade social (dificuldade em ler intenções ocultas), pode torná-las mais vulneráveis a relacionamentos tóxicos ou unilaterais. Compreender essas diferenças é essencial para que o indivíduo não se culpe por não se adequar aos padrões neurotípicos de socialização, focando em construir vínculos que respeitem seus limites sensoriais e emocionais.
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