Como fica a vida do paciente após a cirurgia, sem o estômago?

Paciente poderá apresentar anemia e a digestão (mastigação) tem que ser muuuito cuidadosa. O demais... se está livre de um câncer por exemplo, a vida segue normal. Faça avaliação periódica, não suma do consultório de seu médico!

Na grande maioria dos casos o paciente se adapta muito bem a essa nova situação de forma até surpreendente. Tenho pacientes totalmente gastrectomizados com mais de 10 anos de evolução e com mínimas mudanças nos hábitos alimentares. Isso não é a regra!
A retirada completa do estômago trás mudanças significativas na digestão protéica e na produção de hemácias. Os pacientes devem fazer acompanhamento com nutricionista que prescreverá a dieta mais adequada para cada caso assim como os suplementos alimentares. Deverá mensalmente receber suplementação de vitamina B12 como prevenção da anemia megaloblástica. o acompanhamento mensal nos 6 meses iniciais e a cada 8 semanas realizada uma bateria de exames laboratoriais para avaliação nutricional e adaptação à essa nova situação. Posteriormente após esse período o acompanhamento ocorre a cada 3 meses por 6meses, de 6 em 6 meses por 1 ano e posteriormente anual. Nessa etapa na grande maioria dos casos os pacientes já estão adaptados.

Essa é a pergunta mais frequente e o temor maior daqueles que são obrigados a terem o estomago removido. Para responder como fica a vida é preciso tentar enxerga-la pelo lado da ameaça que levou a essa medida extrema. Assim, os que têm a chance da cirurgia já lutam um bom combate vencendo. Desse ponto de vista consideramos incrível como se consegue sobreviver, as vezes com poucas limitações, a remoção completa desse órgão que não é vital. Entretanto, o peso irá cair e permanecer em patamares mais baixos no longo prazo e uma série de atenções a alimentação e a suplementação alimentar terão de ser observadas para sempre. A qualidade de vida assim será impactada em maior ou menor grau a depender do poder de adaptação de cada um. Algumas pessoas mal lembram que foram operadas e outras se sentem verdadeiros "deficientes físicos intestinais". Com mais ou menos ajuda, entretanto, todos são capazes de recuperar a vida serem felizes mesmo sem estomago. Boa caminhada.