Como se da reabilitação do doente ? Em relação ao seu reequilíbrio e sequelas?
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Como se da reabilitação do doente ? Em relação ao seu reequilíbrio e sequelas?
Depende da extensão e região(ões) comprometida(s). A recuperação mais rápida ocorre nos dois meses após ocorrido e depois progressivamente mais lentamente. Os exercícios específicos dependerão da análise das dificuldades. Não há uma regra global. Existe a análise de cada situação individualmente.
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A possibilidade de recuperação após injúria neurológica e o grau de sequelas dependem de inúmeros fatores, sendo eles principalmente a idade do paciente, tipo de lesão, extensão da lesão e acesso a serviços de reabilitação precoce, no AVC por exemplo, os primeiros 3 meses são determinantes para melhora dos sintomas, cada caso possui suas particularidades e prognósticos diferentes.
O quadro é muito variável, assim como a evolução e o processo de reabilitação. Muito difícil traçar um prognóstico.
Excelente pergunta — e muito relevante, pois a reabilitação neurológica é uma etapa essencial no cuidado de pacientes que enfrentam sequelas motoras, cognitivas ou sensoriais decorrentes de doenças como esclerose múltipla, AVC, traumatismos cranianos, neuropatias ou outras condições que afetam o sistema nervoso. O objetivo é restaurar, compensar ou adaptar funções comprometidas, promovendo o reequilíbrio corporal e a autonomia funcional.
A reabilitação não se limita a exercícios físicos — trata-se de um processo multidisciplinar e contínuo, que atua simultaneamente sobre o corpo, o cérebro e o comportamento.
1. Avaliação inicial
Tudo começa com uma avaliação detalhada das sequelas e potencial de recuperação. O neurologista identifica as áreas do sistema nervoso comprometidas (por exemplo, motora, cognitiva, sensorial ou de linguagem), e a equipe de reabilitação define um plano personalizado. São avaliados:
Força e tônus muscular (para detectar espasticidade ou fraqueza);
Coordenação, equilíbrio e marcha;
Fala, deglutição e comunicação;
Memória, atenção, raciocínio e regulação emocional;
Independência nas atividades de vida diária (alimentar-se, vestir-se, andar).
2. Fisioterapia neurológica
É o eixo central da reabilitação. Foca na recuperação do controle postural, equilíbrio e força muscular, por meio de técnicas que estimulam a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de reorganizar-se e formar novas conexões neurais.
Entre os recursos utilizados estão:
Treino de marcha e equilíbrio com apoio de barras, órteses ou plataformas;
Exercícios proprioceptivos, que melhoram a percepção do corpo no espaço;
Técnicas de Bobath ou PNF, voltadas à coordenação e simetria corporal;
Hidroterapia (fisioterapia na água), que reduz impacto e facilita o movimento.
3. Terapia ocupacional
Visa restaurar a autonomia funcional, adaptando o ambiente e ensinando o paciente a realizar tarefas cotidianas mesmo com limitações. Inclui o uso de instrumentos de auxílio, como talheres adaptados, órteses manuais e ajustes ergonômicos no lar.
4. Fonoaudiologia
Indispensável quando há alterações de fala, deglutição ou linguagem. A reabilitação fonoaudiológica fortalece músculos orofaciais, melhora a comunicação e previne engasgos.
5. Neuropsicologia e terapia cognitiva
Pacientes com sequelas cognitivas (esquecimento, lentificação, falta de atenção, impulsividade) beneficiam-se de reabilitação cognitiva, com exercícios para memória, concentração e planejamento. Também ajuda no manejo emocional, já que a limitação funcional pode causar ansiedade e depressão.
6. Reequilíbrio corporal e funcional
O “reequilíbrio” citado em sua pergunta refere-se à recuperação da simetria motora e da estabilidade postural, frequentemente prejudicadas por hemiparesias ou distúrbios cerebelares. Técnicas de reeducação do movimento e fisioterapia vestibular são utilizadas para restaurar a confiança no andar e a noção espacial.
7. Suporte multidisciplinar e familiar
A reabilitação eficaz depende da integração entre médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo e familiares, garantindo estímulo diário e ambiente favorável à recuperação.
8. Tecnologia assistiva
Em casos mais avançados, podem ser usados robôs de marcha, estimulação elétrica funcional, realidade virtual e dispositivos de biofeedback, que aceleram o aprendizado motor e aumentam o engajamento do paciente.
Em resumo: a reabilitação neurológica é um processo global que visa reconstruir o equilíbrio físico, cognitivo e emocional após uma lesão neurológica. A evolução depende da precocidade do início, da intensidade do programa e da adesão do paciente, mas mesmo em casos crônicos, há sempre espaço para melhora funcional e qualidade de vida.
Reforço que esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma avaliação médica. O ideal é que o acompanhamento seja feito por um neurologista especializado em reabilitação e uma equipe interdisciplinar, para ajustar o plano conforme as necessidades específicas do paciente. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar nesse processo, com foco em neurologia clínica, reabilitação e tratamento das sequelas neurológicas.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Medicina do Sono e Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
A reabilitação não se limita a exercícios físicos — trata-se de um processo multidisciplinar e contínuo, que atua simultaneamente sobre o corpo, o cérebro e o comportamento.
1. Avaliação inicial
Tudo começa com uma avaliação detalhada das sequelas e potencial de recuperação. O neurologista identifica as áreas do sistema nervoso comprometidas (por exemplo, motora, cognitiva, sensorial ou de linguagem), e a equipe de reabilitação define um plano personalizado. São avaliados:
Força e tônus muscular (para detectar espasticidade ou fraqueza);
Coordenação, equilíbrio e marcha;
Fala, deglutição e comunicação;
Memória, atenção, raciocínio e regulação emocional;
Independência nas atividades de vida diária (alimentar-se, vestir-se, andar).
2. Fisioterapia neurológica
É o eixo central da reabilitação. Foca na recuperação do controle postural, equilíbrio e força muscular, por meio de técnicas que estimulam a neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do cérebro de reorganizar-se e formar novas conexões neurais.
Entre os recursos utilizados estão:
Treino de marcha e equilíbrio com apoio de barras, órteses ou plataformas;
Exercícios proprioceptivos, que melhoram a percepção do corpo no espaço;
Técnicas de Bobath ou PNF, voltadas à coordenação e simetria corporal;
Hidroterapia (fisioterapia na água), que reduz impacto e facilita o movimento.
3. Terapia ocupacional
Visa restaurar a autonomia funcional, adaptando o ambiente e ensinando o paciente a realizar tarefas cotidianas mesmo com limitações. Inclui o uso de instrumentos de auxílio, como talheres adaptados, órteses manuais e ajustes ergonômicos no lar.
4. Fonoaudiologia
Indispensável quando há alterações de fala, deglutição ou linguagem. A reabilitação fonoaudiológica fortalece músculos orofaciais, melhora a comunicação e previne engasgos.
5. Neuropsicologia e terapia cognitiva
Pacientes com sequelas cognitivas (esquecimento, lentificação, falta de atenção, impulsividade) beneficiam-se de reabilitação cognitiva, com exercícios para memória, concentração e planejamento. Também ajuda no manejo emocional, já que a limitação funcional pode causar ansiedade e depressão.
6. Reequilíbrio corporal e funcional
O “reequilíbrio” citado em sua pergunta refere-se à recuperação da simetria motora e da estabilidade postural, frequentemente prejudicadas por hemiparesias ou distúrbios cerebelares. Técnicas de reeducação do movimento e fisioterapia vestibular são utilizadas para restaurar a confiança no andar e a noção espacial.
7. Suporte multidisciplinar e familiar
A reabilitação eficaz depende da integração entre médico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo e familiares, garantindo estímulo diário e ambiente favorável à recuperação.
8. Tecnologia assistiva
Em casos mais avançados, podem ser usados robôs de marcha, estimulação elétrica funcional, realidade virtual e dispositivos de biofeedback, que aceleram o aprendizado motor e aumentam o engajamento do paciente.
Em resumo: a reabilitação neurológica é um processo global que visa reconstruir o equilíbrio físico, cognitivo e emocional após uma lesão neurológica. A evolução depende da precocidade do início, da intensidade do programa e da adesão do paciente, mas mesmo em casos crônicos, há sempre espaço para melhora funcional e qualidade de vida.
Reforço que esta explicação tem caráter informativo e não substitui uma avaliação médica. O ideal é que o acompanhamento seja feito por um neurologista especializado em reabilitação e uma equipe interdisciplinar, para ajustar o plano conforme as necessidades específicas do paciente. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar nesse processo, com foco em neurologia clínica, reabilitação e tratamento das sequelas neurológicas.
Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Medicina do Sono e Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
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