Existe diferença estatisticamente significativa nos efeitos sobre potência e continência entre a vid
2
respostas
Existe diferença estatisticamente significativa nos efeitos sobre potência e continência entre a videolaparoscopia e cirurgia por robótica (cancer de próstata)?
Diversos estudos randomizados mostram que a cirurgia robótica está associada a taxas superiores de recuperação de continência urinária, especialmente nos primeiros meses após a cirurgia. O ensaio multicêntrico LAP-01, por exemplo, demonstrou que a robótica resulta em maior taxa de continência aos 3 meses (54% vs 46%, p=0,027). Outros estudos corroboram essa vantagem inicial da robótica, com diferenças que tendem a diminuir ao longo do tempo, mas ainda favorecem a abordagem robótica em avaliações de até 12 meses. Em seguimento de 10 anos, embora as taxas absolutas de continência e potência não tenham diferença estatisticamente significativa, a qualidade da continência e da ereção permanece superior no grupo robótico.
Em relação à potência, a robótica também apresenta taxas superiores de recuperação da função erétil, especialmente em pacientes submetidos à preservação de feixes neurovasculares. Estudos randomizados e séries retrospectivas mostram taxas de recuperação de potência significativamente maiores para a robótica em múltiplos pontos de seguimento, inclusive em análises ajustadas para fatores de confusão. A magnitude dessa diferença é mais pronunciada nos primeiros 6-12 meses, mas pode persistir em longo prazo, principalmente em termos de qualidade da ereção.
Metanálises reforçam esses achados, apontando que a robótica está associada a melhores taxas de continência e potência em 3, 6 e 12 meses, sem diferença significativa em complicações maiores ou desfechos oncológicos, como recorrência bioquímica. Estudos de validação externa também confirmam a superioridade funcional da robótica, mesmo em centros com menor experiência inicial na técnica.
Portanto, há evidência robusta de que a prostatectomia robótica oferece vantagens estatisticamente significativas sobre a videolaparoscopia convencional em termos de recuperação de continência urinária e função erétil, especialmente no primeiro ano após a cirurgia, com possível manutenção de melhor qualidade funcional em seguimento prolongado. Não há diferença significativa em desfechos oncológicos entre as técnicas.
Em relação à potência, a robótica também apresenta taxas superiores de recuperação da função erétil, especialmente em pacientes submetidos à preservação de feixes neurovasculares. Estudos randomizados e séries retrospectivas mostram taxas de recuperação de potência significativamente maiores para a robótica em múltiplos pontos de seguimento, inclusive em análises ajustadas para fatores de confusão. A magnitude dessa diferença é mais pronunciada nos primeiros 6-12 meses, mas pode persistir em longo prazo, principalmente em termos de qualidade da ereção.
Metanálises reforçam esses achados, apontando que a robótica está associada a melhores taxas de continência e potência em 3, 6 e 12 meses, sem diferença significativa em complicações maiores ou desfechos oncológicos, como recorrência bioquímica. Estudos de validação externa também confirmam a superioridade funcional da robótica, mesmo em centros com menor experiência inicial na técnica.
Portanto, há evidência robusta de que a prostatectomia robótica oferece vantagens estatisticamente significativas sobre a videolaparoscopia convencional em termos de recuperação de continência urinária e função erétil, especialmente no primeiro ano após a cirurgia, com possível manutenção de melhor qualidade funcional em seguimento prolongado. Não há diferença significativa em desfechos oncológicos entre as técnicas.
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?
Estudos mostram que a cirurgia robótica oferece benefícios importantes em relação à laparoscopia tradicional, especialmente quando pensamos em continência urinária e função sexual após a retirada da próstata. Isso porque o robô permite movimentos mais precisos e uma visualização muito ampliada da área operada, o que ajuda a preservar estruturas delicadas responsáveis por essas funções. Embora as duas técnicas sejam eficazes para tratar o câncer, a robótica se destaca pela precisão e pelos resultados funcionais superiores quando bem indicada e executada. Na minha experiência, os pacientes operados por via robótica tendem a se recuperar mais rapidamente e com melhores índices funcionais.
Especialistas
Perguntas relacionadas
- Fiz prostatectomia radical há sete anos e meio. Tenho ereção, uso Cialis diário. Porém tenho dificuldade em gozar. Demoro muito no ato sexual é difícilmente consigo gozar, tem alguma medicação pra melhorar ? Os feixes vásculos-nervosos cavernosos foram preservados.
- Fiz prostactomia radical a um ano e até hoje não tenho ereção. Faço uso do aprostadil em base pentravan, mas o pênis fica com tamanho e volume não fica duro o suficiente para penetração. Tenho chance de voltar ter ereção normal? Através de remédios ?
- Fiz uma prostatectomia radical e somente um feixe nervoso de um dos lados foi preservado, tenho chance de ter ereção ainda?
- Tenho um problema de disfunção erétil. Fui submetido a uma cirurgia por causa de um câncer da próstata e também foi retirado um rim. Pergunto se isto pode ter consequências nesta minha disfunção erétil?
- Fiz Resseccao Endoscopica Da Prostata da prostata a 45 dias estou sem ereção, que posso fazer?
- gostaria de saber se é possivel voltar a ter ereçao quando se faz prostatectomia? ja fazem 9 meses
Você quer enviar sua pergunta?
Nossos especialistas responderam a 7 perguntas sobre Disfunção erétil pós prostatectomia
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.