Meu filho tem 10 anos, estamos fazendo tratamento para epilepsia já tem quase 6 meses, já tentamos v

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Meu filho tem 10 anos, estamos fazendo tratamento para epilepsia já tem quase 6 meses, já tentamos vários remédios, trileptal, Étira, Depakene, Depakote e clonaram. Os dois últimos são os que ele estava tomando no momento, mas infelizmente ainda continua tendo crises. Na última consulta a neuropediatra me perguntou qual desses medicamentos meu filho ficou mais tempo sem crises, e depois de analisar identificamos que o trileptal foi o que mais controlou as crises, que voltaram após aumentar a dose pelo médico. Enfim, as crises do meu filho pode ter voltado devido o aumento da dose? Será que a dose anterior não era a dose certa? Isso pode acontecer?
Dr. Gustavo Holanda
Neurologista pediátrico
Recife
Entendo sua preocupação. Ver um filho seguir tendo crises, apesar de tratamento e ajustes, é angustiante e desgastante para qualquer família.

Sim, o que você descreve pode acontecer. Em epilepsia, nem sempre “mais remédio” significa “mais controle”. Alguns medicamentos têm uma janela terapêutica: uma faixa de dose em que funcionam melhor. Abaixo disso, não controlam; acima, podem perder eficácia ou até facilitar o reaparecimento das crises. Isso não é erro, nem descuido. Faz parte da complexidade do cérebro e da própria epilepsia.

A oxcarbazepina, por exemplo, pode controlar bem as crises em determinada dose e, em alguns pacientes, o aumento além desse ponto não traz benefício adicional. Em situações mais raras, o excesso pode alterar a excitabilidade cerebral ou provocar efeitos adversos que, indiretamente, favorecem novas crises. Cada criança reage de um jeito, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra.

Outro ponto importante é que o cérebro da criança está em desenvolvimento. Isso muda a forma como o organismo absorve, distribui e elimina os medicamentos. Além disso, associações entre remédios, variações no sono, estresse, crescimento rápido, infecções e até mudanças hormonais podem interferir no controle das crises, mesmo quando a medicação parece adequada.

Por isso, a pergunta da neuropediatra foi muito bem colocada. Identificar o período em que seu filho ficou mais tempo sem crises ajuda a entender qual droga e qual dose se aproximaram mais do equilíbrio ideal. Em muitos casos, a melhor conduta não é seguir subindo a dose, mas ajustar com mais cautela, reduzir para a dose anterior, rever combinações, confirmar o tipo de epilepsia, reavaliar o eletroencefalograma e, se necessário, discutir outras estratégias de tratamento.

Nada disso significa que o caso seja grave ou sem solução. Significa apenas que o tratamento da epilepsia exige observação cuidadosa, paciência e decisões individualizadas, sempre baseadas na resposta real da criança, e não apenas no que está escrito na bula.

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