Meu marido com Paralisia Supranuclear Progressiva tem dificuldade para olhar para baixo e para cima

3 respostas
Meu marido com Paralisia Supranuclear Progressiva tem dificuldade para olhar para baixo e para cima.
Existe algo a ser feito?
Dra. Sara Casagrande
Neurologista
São Paulo
Olá a PSP é uma doença neurogenerativa que afeta os olhos, o equilíbrio, deglutição, parte motora com parkinsonismo. Recomendamos alguns medicamentos mas principalmente fisioterapia e fonoaudiologia especialista. Estou a disposição na clínica.

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Dra. Mariana M. Sant'Ana
Neurologista, Especialista em dor
Cuiabá
Olá! Sua pergunta é muito importante e demonstra cuidado e atenção com o quadro do seu marido. A Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) é uma doença neurodegenerativa rara que afeta áreas profundas do cérebro responsáveis pelo controle dos movimentos oculares, equilíbrio, fala e marcha.

A dificuldade para olhar para cima e para baixo é uma das características marcantes dessa condição e ocorre devido ao comprometimento dos núcleos do tronco cerebral que coordenam os movimentos oculares verticais. Infelizmente, até o momento não existe um tratamento capaz de reverter completamente essa limitação, mas há medidas que podem melhorar o conforto, a adaptação funcional e a segurança no dia a dia.

Entre as principais estratégias estão:

Terapia com fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, com foco em equilíbrio, mobilidade e prevenção de quedas;

Ajustes ambientais (boa iluminação, piso antiderrapante, apoio nas paredes e barras de segurança);

Uso de óculos com prismas especiais, que podem auxiliar parcialmente no campo visual;

Acompanhamento com fonoaudiólogo, para auxiliar nas alterações de fala e deglutição;

Apoio psicológico e intervenções farmacológicas sintomáticas, que ajudam no controle de rigidez, lentidão motora e alterações de humor.

O acompanhamento com neurologista especializado em distúrbios do movimento é fundamental para ajustar o tratamento de acordo com a evolução dos sintomas. Embora a PSP seja uma condição progressiva, uma abordagem multidisciplinar pode oferecer melhor qualidade de vida, conforto e segurança ao paciente e à família.

Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual.

Coloco-me à disposição para ajudar e orientar com segurança e empatia, tanto em consultas presenciais em Cuiabá e São Paulo quanto em atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, distúrbios do movimento e reabilitação neurológica, sempre com abordagem técnica e humanizada.

Dra. Mariana Santana – Neurologista em Cuiabá | Neurologista em São Paulo | Especialista em Tratamento da Dor
CRM: 5732-MT | RQE nº 5835
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
A Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) é uma doença neurodegenerativa rara, que compromete progressivamente as estruturas do tronco cerebral e dos gânglios da base, afetando o controle dos movimentos oculares, o equilíbrio, a fala e a deglutição. A dificuldade para olhar para cima ou para baixo (chamada de paresia vertical do olhar) é um dos sinais mais característicos da PSP e ocorre porque a região do cérebro que coordena os movimentos automáticos dos olhos — o mesencéfalo — sofre degeneração gradual. Infelizmente, não existe até o momento um tratamento capaz de reverter essa limitação ocular, pois ela decorre de lesão estrutural do sistema nervoso central. No entanto, há diversas medidas que podem melhorar a funcionalidade, a segurança e a qualidade de vida, ajudando o paciente a se adaptar à restrição visual: 1. Adaptações no ambiente: elevar objetos e superfícies de uso frequente (como telas, mesas e pratos) para que fiquem no campo visual preservado. Luzes bem posicionadas e ausência de obstáculos no chão ajudam a reduzir quedas, já que olhar para baixo se torna difícil. 2. Óculos prismáticos: oftalmologistas especializados em neuro-oftalmologia podem indicar lentes prismáticas, que desviam a imagem para a área de visão útil, facilitando atividades cotidianas como leitura e locomoção. 3. Fisioterapia e terapia ocupacional: fisioterapeutas treinados em doenças neurodegenerativas ajudam a reeducar o equilíbrio, o olhar compensatório (movendo a cabeça em vez dos olhos) e orientam o uso de bengalas ou andadores adaptados. Isso é fundamental, pois a PSP também causa instabilidade postural e quedas frequentes para trás. 4. Treinamento de movimentos compensatórios: ensinar o paciente a movimentar o pescoço e o tronco em vez dos olhos para direcionar o campo visual ajuda a contornar a limitação, embora possa causar desconforto cervical no início. 5. Medicamentos de suporte: embora nenhum remédio interrompa a progressão da PSP, alguns pacientes apresentam melhora discreta da rigidez e lentidão motora com levodopa, amantadina ou antidepressivos dopaminérgicos leves. O neurologista deve ajustar conforme a resposta individual. 6. Cuidados multiprofissionais: acompanhamento com fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e psicólogo é essencial. O foco deve ser na reabilitação global, controle dos sintomas secundários e apoio emocional ao paciente e à família. 7. Pesquisas clínicas e suporte especializado: alguns centros no Brasil (como o Hospital das Clínicas da USP e o Instituto de Neurologia de Curitiba) participam de protocolos de pesquisa em terapias neuroprotetoras e estimulação cerebral, que podem oferecer novas perspectivas em casos selecionados. Em resumo: na Paralisia Supranuclear Progressiva, a dificuldade para olhar para cima e para baixo é consequência direta da degeneração dos centros oculomotores e não pode ser revertida por medicamentos, mas pode ser compensada com adaptações visuais, fisioterapia e óculos prismáticos. O acompanhamento contínuo com neurologista e equipe de reabilitação especializada é o que mais contribui para manter a autonomia e o bem-estar. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, doenças neurodegenerativas e reabilitação motora, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira – Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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