A Paralisia Supranuclear Progressiva é hereditária? Meu pai a é portador da mesma e a irmã dele(min

3 respostas
A Paralisia Supranuclear Progressiva é hereditária?
Meu pai a é portador da mesma e a irmã dele(minha tia) é portadora do Parkinson.
Obrigada desde já.
Olá. A maioria dos casos de Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) é esporádica, ou seja, sem relação familiar. Podem sim existir casos familiares, porém representam a menor parte dos casos. A PSP assemelha-se muito com a Doença de Parkinson (DP), podendo inclusive, no início dos sintomas, o paciente receber o diagnóstico de DP e com a evolução, surgimento de novos sintomas, ser reavaliado o diagnóstico para PSP, ou outra forma de Parkinson Atípico.

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Sim, faz parte de espectro de transtornos chamados de heredo-degenerativos. Contudo, não existe uma definição completa de quais mutações ou genes são os mais presentes. Na prática, admitir que existe hereditariedade mas nem todos manifestarão a doença.
Dra. Patricia Gomes Damasceno
Neurologista, Médico do sono, Neurofisiologista
Fortaleza
Excelente pergunta — e muito importante, pois tanto a Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) quanto a Doença de Parkinson pertencem ao grupo dos distúrbios neurodegenerativos do movimento, mas têm causas distintas e, na maioria dos casos, não são doenças hereditárias diretas. A PSP é uma doença rara, caracterizada por degeneração progressiva de áreas específicas do cérebro, como o tronco encefálico, gânglios da base e córtex frontal, levando a sintomas como rigidez axial, quedas para trás, lentidão de movimentos, alterações do olhar (dificuldade de mover os olhos para cima e para baixo), fala arrastada e mudanças cognitivas sutis. A causa da PSP ainda não é completamente conhecida, mas os estudos mostram que: A maioria dos casos é esporádica, ou seja, ocorre sem transmissão familiar direta; Existe predisposição genética leve, relacionada a variantes do gene MAPT, que regula a proteína tau — responsável pela estabilidade dos neurônios; No entanto, ter um familiar com PSP ou Parkinson não significa que você herdará a doença. A presença desses genes apenas aumenta discretamente a vulnerabilidade, sem determinar o surgimento da condição. Já a Doença de Parkinson clássica pode ter formas genéticas em uma minoria dos casos (cerca de 5 a 10%), geralmente quando há vários familiares afetados em gerações diferentes ou início precoce (antes dos 50 anos). No restante, é também uma doença esporádica, multifatorial, relacionada ao envelhecimento neural, estresse oxidativo e fatores ambientais. O que pode haver na sua família é uma predisposição comum a doenças neurodegenerativas do tipo parkinsoniano, mas isso não significa herança direta. Ter um pai com PSP e uma tia com Parkinson não implica risco elevado para você, embora seja prudente manter acompanhamento neurológico preventivo, especialmente se surgirem sintomas como lentidão, desequilíbrio, alterações visuais ou cognitivas. Estilos de vida que reduzem o risco de degeneração neurológica incluem sono de boa qualidade, prática regular de atividade física, dieta rica em antioxidantes, controle de estresse e estímulo cognitivo contínuo. Em resumo: a Paralisia Supranuclear Progressiva raramente é hereditária, e a maioria dos casos ocorre de forma isolada. Ter histórico familiar pode indicar predisposição leve, mas não determina o desenvolvimento da doença. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com o neurologista é essencial para orientar medidas preventivas e avaliar fatores de risco pessoais. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, distúrbios do movimento, Parkinsonismos e medicina do sono, sempre com uma abordagem técnica e humanizada. Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono | CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082

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