Minha filha começou a fazer uso de Lamitor pra tratar epilepsia , e acorda com a mandíbula um tanto
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Minha filha começou a fazer uso de Lamitor pra tratar epilepsia , e acorda com a mandíbula um tanto endurecida ( com dificuldade pra falar depois melhora ).
Pode ser do Lamitor ?
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Os efeitos adversos mais comuns da lamotrigina, conforme demonstrado em ensaios clínicos randomizados, estudos observacionais e bulas regulatórias, incluem tontura, cefaleia, náusea, sonolência, ataxia, diplopia, visão turva, vômitos, rash cutâneo e insônia. Esses eventos são geralmente dose-dependentes, especialmente tontura, diplopia, ataxia, visão turva, náusea e vômitos. O sintoma relatado não é comum. Consulte um especialista para avaliação.
Excelente pergunta — e muito importante, pois observar efeitos neuromusculares durante o início do tratamento com Lamitor (lamotrigina) é fundamental para garantir segurança e boa adaptação ao medicamento.
1. Entendendo o Lamitor (Lamotrigina):
A lamotrigina é um anticonvulsivante moderno, amplamente utilizado no tratamento de epilepsia e transtornos do humor. Ela atua estabilizando a atividade elétrica cerebral, bloqueando canais de sódio e reduzindo a liberação de glutamato — mecanismo que previne descargas epilépticas e protege o cérebro.
É um medicamento bem tolerado na maioria dos pacientes, mas, nas primeiras semanas de uso ou com aumento rápido da dose, podem surgir sintomas transitórios enquanto o sistema nervoso se ajusta.
2. Sobre a rigidez mandibular ao acordar:
A sensação de mandíbula endurecida ao despertar, com dificuldade momentânea para falar, pode ter diferentes causas — e nem sempre está diretamente relacionada ao Lamitor. As principais hipóteses são:
Efeito muscular reflexo ou bruxismo noturno (ranger os dentes durante o sono):
Pode ser consequência do estresse neurológico ou adaptação cerebral ao novo medicamento;
Às vezes ocorre após o início de anticonvulsivantes, especialmente se há alteração do sono ou ansiedade;
A rigidez tende a ser matinal e passageira, melhorando conforme os músculos relaxam.
Tensão ou espasmo muscular residual após o sono:
Algumas pessoas têm hipertonia muscular transitória ao acordar (a musculatura demora alguns minutos para “despertar” completamente);
Isso é mais perceptível em quem dorme com travesseiro inadequado ou posição cervical tensa.
Efeito colateral raro da lamotrigina:
Embora incomum, o Lamitor pode causar tremores finos, rigidez leve ou espasmos faciais em casos isolados;
Isso costuma ocorrer em doses altas ou com titulação rápida (aumento de dose em poucos dias);
Se a rigidez persistir, piorar, ou vier acompanhada de outros sinais (tremores, dificuldade motora, contrações involuntárias, fala arrastada), o neurologista deve ser informado imediatamente.
3. O que fazer agora:
Observe se o sintoma ocorre todos os dias e quanto tempo dura;
Registre se há ranger de dentes à noite, mordedura na bochecha ou dores na mandíbula ao mastigar — sinais de bruxismo;
Verifique o horário e a dose atual da lamotrigina (se houve aumento recente, pode ser apenas uma fase de adaptação);
Evite cafeína e estimulantes à noite, e garanta sono adequado e relaxamento muscular antes de dormir;
Informe o neurologista — ele poderá ajustar a dose, espaçar a titulação ou, se necessário, solicitar exames complementares (como eletroneuromiografia facial).
4. Em resumo:
A rigidez mandibular matinal é geralmente benigna e transitória, podendo estar relacionada a tensão muscular, bruxismo ou adaptação ao Lamitor;
É raro que represente um efeito colateral grave do medicamento, mas deve ser observada com atenção;
Se houver piora ou surgirem outros sintomas neurológicos, é fundamental retornar ao neurologista para ajuste da medicação.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com o neurologista é essencial para avaliar sua resposta e garantir segurança no uso.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, epilepsia do adulto e infantil, medicina do sono e efeitos neuromotores de anticonvulsivantes, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono
CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082
1. Entendendo o Lamitor (Lamotrigina):
A lamotrigina é um anticonvulsivante moderno, amplamente utilizado no tratamento de epilepsia e transtornos do humor. Ela atua estabilizando a atividade elétrica cerebral, bloqueando canais de sódio e reduzindo a liberação de glutamato — mecanismo que previne descargas epilépticas e protege o cérebro.
É um medicamento bem tolerado na maioria dos pacientes, mas, nas primeiras semanas de uso ou com aumento rápido da dose, podem surgir sintomas transitórios enquanto o sistema nervoso se ajusta.
2. Sobre a rigidez mandibular ao acordar:
A sensação de mandíbula endurecida ao despertar, com dificuldade momentânea para falar, pode ter diferentes causas — e nem sempre está diretamente relacionada ao Lamitor. As principais hipóteses são:
Efeito muscular reflexo ou bruxismo noturno (ranger os dentes durante o sono):
Pode ser consequência do estresse neurológico ou adaptação cerebral ao novo medicamento;
Às vezes ocorre após o início de anticonvulsivantes, especialmente se há alteração do sono ou ansiedade;
A rigidez tende a ser matinal e passageira, melhorando conforme os músculos relaxam.
Tensão ou espasmo muscular residual após o sono:
Algumas pessoas têm hipertonia muscular transitória ao acordar (a musculatura demora alguns minutos para “despertar” completamente);
Isso é mais perceptível em quem dorme com travesseiro inadequado ou posição cervical tensa.
Efeito colateral raro da lamotrigina:
Embora incomum, o Lamitor pode causar tremores finos, rigidez leve ou espasmos faciais em casos isolados;
Isso costuma ocorrer em doses altas ou com titulação rápida (aumento de dose em poucos dias);
Se a rigidez persistir, piorar, ou vier acompanhada de outros sinais (tremores, dificuldade motora, contrações involuntárias, fala arrastada), o neurologista deve ser informado imediatamente.
3. O que fazer agora:
Observe se o sintoma ocorre todos os dias e quanto tempo dura;
Registre se há ranger de dentes à noite, mordedura na bochecha ou dores na mandíbula ao mastigar — sinais de bruxismo;
Verifique o horário e a dose atual da lamotrigina (se houve aumento recente, pode ser apenas uma fase de adaptação);
Evite cafeína e estimulantes à noite, e garanta sono adequado e relaxamento muscular antes de dormir;
Informe o neurologista — ele poderá ajustar a dose, espaçar a titulação ou, se necessário, solicitar exames complementares (como eletroneuromiografia facial).
4. Em resumo:
A rigidez mandibular matinal é geralmente benigna e transitória, podendo estar relacionada a tensão muscular, bruxismo ou adaptação ao Lamitor;
É raro que represente um efeito colateral grave do medicamento, mas deve ser observada com atenção;
Se houver piora ou surgirem outros sintomas neurológicos, é fundamental retornar ao neurologista para ajuste da medicação.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com o neurologista é essencial para avaliar sua resposta e garantir segurança no uso.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, epilepsia do adulto e infantil, medicina do sono e efeitos neuromotores de anticonvulsivantes, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono
CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082
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