Olá. Gostaria de um feedback a respeito do uso, em semanas distintas, de medicações diferentes so

Essa troca medicamentosa em geral não é benéfica por alguns motivos, mas é possível conversar com seu psiquiatra para avaliar melhor essa proposta de estratégia. Em geral, temos a tendência de achar que a tolerância é alterada com um tempo, isso é um viés cognitivo de confirmação, que é a tendência de interpretar novas evidências como confirmação de suas crenças ou teorias existentes. Se alguém acredita que a eficácia dos medicamentos diminui com o tempo, eles podem interpretar quaisquer mudanças em seus sintomas como evidência de que seu medicamento não está mais funcionando, mesmo quando existem outras explicações possíveis. A tolerância farmacológica ocorre quando uma pessoa precisa de doses cada vez maiores de um medicamento para obter o mesmo efeito, e como pode ser um fator de percepção sua, talvez a ajuda de um profissional (medico psiquiatra ou neuropsicologo) para avaliar novamente essa perda de eficiência em relação ao início do tratamento, por exemplo. Discuta com seu médico se não é um viés seu, ou de fato é uma tolerância medicamentosa, ou mesmo se ainda resta sintomas que ainda não foram remitidos.

Apenas complementando: o tratamento para TDAH envolve, também, psicoterapia (especialmente da modalidade cognitivo comportamental) para que o(a) paciente aprenda estratégias de organização, manutenção do foco, manejo do tempo para realizar tarefas e além.

O que você percebeu sobre a diminuição do efeito da Ritalina e do Venvanse ao longo do tempo é um fenômeno conhecido como tolerância parcial, comum em estimulantes usados para TDAH, mas alternar esses medicamentos semanalmente ou usar apenas em períodos específicos, como férias, não é seguro nem comprovadamente eficaz, pois pode causar efeito rebote, alterações de humor, insônia, ansiedade e alterações na pressão arterial e frequência cardíaca, além de não prevenir a tolerância; ajustes de dose, troca de medicamento ou pausas planejadas devem ser feitos somente com acompanhamento médico, e estratégias comportamentais, terapia cognitivo-comportamental, sono adequado, alimentação equilibrada e pausas regulares ajudam a potencializar o efeito da medicação, manter o foco e reduzir a dependência exclusiva do estimulante.