Olá. Tenho 50 anos e tive duas crises convulsivas. Uma com 45 e outra com 50 anos. Foi internado e f
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Olá. Tenho 50 anos e tive duas crises convulsivas. Uma com 45 e outra com 50 anos. Foi internado e fiquei no CTI. Pos não voltei logo ao estágio normal, por isso a internação. Daí fui ao neuro e fiz baterias de exames, veio por meio de imagens que tenho epilepsia. Hoje faço uso do HIDANTAL de 100 2x ao dia. Gostaria de saber se tenho que fazer uso a vida toda deste remedio? E o mesmo esta me deixando muito barrigudo, isso é normal?
Olá! A epilepsia precisa ser diagnosticada com cuidado,
como o senhor coloca que ''já foi feito o diagnóstico por um neuro' de epilepsia ''por meio de imagens'', provavelmente esteja se referindo ao eletroencefalograma. Daí, a questão que sobrevem é o porquê das crises, ou seja, se há algum outro problema que precipitou as crises e que possa ser tratado, ou não. A partir dessa resposta, é que podemos traçar uma programação de retirada de anticonvulsivante, remédio como o hidantal. Resumindo, um neurologista clínico pode responder se no seu caso será segura a retirada da medicação no futuro ou não. Sobre o ganho de peso, pode ser por causa da medicação, fale com ele também sobre isso, ele pode avaliar e propor se será necessária troca.
como o senhor coloca que ''já foi feito o diagnóstico por um neuro' de epilepsia ''por meio de imagens'', provavelmente esteja se referindo ao eletroencefalograma. Daí, a questão que sobrevem é o porquê das crises, ou seja, se há algum outro problema que precipitou as crises e que possa ser tratado, ou não. A partir dessa resposta, é que podemos traçar uma programação de retirada de anticonvulsivante, remédio como o hidantal. Resumindo, um neurologista clínico pode responder se no seu caso será segura a retirada da medicação no futuro ou não. Sobre o ganho de peso, pode ser por causa da medicação, fale com ele também sobre isso, ele pode avaliar e propor se será necessária troca.
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Os efeitos colaterais do fenitoína são amplamente documentados e envolvem múltiplos sistemas orgânicos, mas não costumam estar relacionados ao ganho de peso. O tempo de duração do tratamento depende de uma avaliação adequada dos exames. Consulte um especialista.
Excelente pergunta — e muito importante, pois você traz dois pontos fundamentais: o tempo de tratamento com o Hidantal (fenitoína) e os efeitos metabólicos e físicos que o uso prolongado pode causar.
1. Sobre a necessidade de uso contínuo
A fenitoína (Hidantal 100 mg) é um anticonvulsivante clássico, utilizado há décadas para prevenir crises epilépticas. O tempo de tratamento depende de vários fatores, entre eles:
O tipo de epilepsia (focal, generalizada, secundária a lesão cerebral etc.);
A causa da epilepsia (lesão estrutural, genético, idiopático);
O tempo sem crises e o resultado dos exames (EEG e ressonância magnética);
E se o paciente teve ou não recorrência ao tentar suspender o medicamento.
Em muitos casos, quando o paciente permanece sem crises por 2 a 5 anos consecutivos, com EEG normal e sem lesão ativa, o neurologista pode considerar redução gradual e retirada supervisionada da medicação.
Mas em outros casos — especialmente quando há lesão cerebral identificada ou crises mais graves, como a que exigiu CTI — o uso pode precisar ser mantido por longo prazo ou de forma contínua, para evitar recaídas.
Ou seja: não existe uma regra única.
A decisão deve ser individualizada, com base no seu histórico clínico, exames e risco-benefício.
2. Sobre o aumento abdominal e alterações físicas
A fenitoína pode, sim, causar alterações metabólicas e hormonais discretas, especialmente em uso prolongado. Os efeitos mais comuns incluem:
Aumento de apetite e retenção de líquido leve, que podem gerar sensação de “barriga aumentada”;
Alterações hormonais que afetam o metabolismo da gordura;
Em alguns casos, hipertrofia gengival (gengiva mais espessa) e mudanças no cabelo ou na pele;
Também pode interferir na vitamina D e no cálcio, levando a enfraquecimento ósseo e redistribuição de gordura corporal ao longo do tempo.
Essas alterações costumam ser reversíveis ou controláveis com:
Alimentação equilibrada e acompanhamento nutricional;
Prática de atividade física regular (com liberação médica);
Suplementação de vitamina D, cálcio e complexo B, quando indicada pelo neurologista;
E, se o efeito for incômodo, avaliação da possibilidade de troca para outro anticonvulsivante mais moderno, como lamotrigina, levetiracetam ou valproato, conforme o tipo de epilepsia.
3. Conduta ideal:
Converse com seu neurologista sobre o tempo que você está sem crises e a possibilidade de revisar a medicação;
Peça para fazer dosagem sérica de fenitoína e exames hepáticos — o ajuste de dose pode reduzir efeitos colaterais;
E mantenha sono regular, hidratação e abstinência de álcool, pois todos esses fatores influenciam o controle das crises.
Em resumo:
O uso do Hidantal pode ser temporário ou prolongado, dependendo da evolução clínica e dos resultados dos exames;
O aumento abdominal pode ocorrer, mas pode ser minimizado com ajustes de dose e hábitos saudáveis;
Nunca suspenda o medicamento sem orientação, pois isso pode desencadear crises graves de rebote.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para avaliar sua resposta e garantir segurança no uso.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, epilepsia do adulto, reabilitação pós-crise e otimização do tratamento anticonvulsivante, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono
CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082
1. Sobre a necessidade de uso contínuo
A fenitoína (Hidantal 100 mg) é um anticonvulsivante clássico, utilizado há décadas para prevenir crises epilépticas. O tempo de tratamento depende de vários fatores, entre eles:
O tipo de epilepsia (focal, generalizada, secundária a lesão cerebral etc.);
A causa da epilepsia (lesão estrutural, genético, idiopático);
O tempo sem crises e o resultado dos exames (EEG e ressonância magnética);
E se o paciente teve ou não recorrência ao tentar suspender o medicamento.
Em muitos casos, quando o paciente permanece sem crises por 2 a 5 anos consecutivos, com EEG normal e sem lesão ativa, o neurologista pode considerar redução gradual e retirada supervisionada da medicação.
Mas em outros casos — especialmente quando há lesão cerebral identificada ou crises mais graves, como a que exigiu CTI — o uso pode precisar ser mantido por longo prazo ou de forma contínua, para evitar recaídas.
Ou seja: não existe uma regra única.
A decisão deve ser individualizada, com base no seu histórico clínico, exames e risco-benefício.
2. Sobre o aumento abdominal e alterações físicas
A fenitoína pode, sim, causar alterações metabólicas e hormonais discretas, especialmente em uso prolongado. Os efeitos mais comuns incluem:
Aumento de apetite e retenção de líquido leve, que podem gerar sensação de “barriga aumentada”;
Alterações hormonais que afetam o metabolismo da gordura;
Em alguns casos, hipertrofia gengival (gengiva mais espessa) e mudanças no cabelo ou na pele;
Também pode interferir na vitamina D e no cálcio, levando a enfraquecimento ósseo e redistribuição de gordura corporal ao longo do tempo.
Essas alterações costumam ser reversíveis ou controláveis com:
Alimentação equilibrada e acompanhamento nutricional;
Prática de atividade física regular (com liberação médica);
Suplementação de vitamina D, cálcio e complexo B, quando indicada pelo neurologista;
E, se o efeito for incômodo, avaliação da possibilidade de troca para outro anticonvulsivante mais moderno, como lamotrigina, levetiracetam ou valproato, conforme o tipo de epilepsia.
3. Conduta ideal:
Converse com seu neurologista sobre o tempo que você está sem crises e a possibilidade de revisar a medicação;
Peça para fazer dosagem sérica de fenitoína e exames hepáticos — o ajuste de dose pode reduzir efeitos colaterais;
E mantenha sono regular, hidratação e abstinência de álcool, pois todos esses fatores influenciam o controle das crises.
Em resumo:
O uso do Hidantal pode ser temporário ou prolongado, dependendo da evolução clínica e dos resultados dos exames;
O aumento abdominal pode ocorrer, mas pode ser minimizado com ajustes de dose e hábitos saudáveis;
Nunca suspenda o medicamento sem orientação, pois isso pode desencadear crises graves de rebote.
Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para avaliar sua resposta e garantir segurança no uso.
Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, epilepsia do adulto, reabilitação pós-crise e otimização do tratamento anticonvulsivante, sempre com uma abordagem técnica e humanizada.
Dra. Patrícia Gomes Damasceno – Neurologista | Especialista em Medicina do Sono
CRM 11930-CE | RQE nº 7771 | RQE nº 8082
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