Possuo 02 cunhados com esquizofrenia. Um deles é um caso grave, nem consegue trabalhar, já o outro

5 respostas
Possuo 02 cunhados com esquizofrenia. Um deles é um caso grave, nem consegue trabalhar, já o outro consegue trabalhar, mas não tem vida social. Gostaria de saber se a chance de eu ter um filho portador de esquizofrenia é grande?
Apesar de alguns autores defenderem uma hipótese e possbilidade de ocorrência hereditária de quadros psicóticos como a esquizofrenia, a verdade é que não se tem uma comprovação científica definitiva desse tipo de hipótese. A Psicanálise não trabalha a partir desse tipo de raciocínio, mas sim a partir de uma visão que inclui os fatores ambientais, relacionamentos, experiências e eventos que serão vividos e absorvido pelo sujeito como parte formadoras de sua realidade psíquica, ou seja, a forma como lida e percebe a realidade e o mundo à sua volta e como consegue lidar com estes, sem contar o papel fundamental que os pais na formação desse sujieto ao longo de sua caminhada da infância à idade adulta. Então, não diria que a sua preocupação deva ser da possibilidade da esquizofrenia por causa de seus cunhados, mas sim a preocupação de poder a este filho toda a atenção que este pode ter e merece, dentro de um processo de crescimento e de constituição como sujeito.
Espero ter ajudado

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Em suma, há sim uma possibilidade de seus filhos serem portadores de esquizofrenia. Essa porcentagem está em torno de 6%.

Não obstante, o grau de comprometimento e desenvolvimento da esquizofrenia parece estar relacionado a fatores ambientais relacionados ao stress, alimentação e dentre outros. Quando acompanhada desde o princípio e cuidada adequadamente, a esquizofrenia pode ter seu desenvolvimento retardado e em vários casos até controlado. Muitos pacientes esquizofrênicos mantém vidas normais, casam-se e compõem família.

O importante é recorrer a profissionais experientes e que utilizam métodos testados e aprovados por pesquisas para o acompanhamento.
Não se sabe quais são as causas da esquizofrenia, porém estudos apontam que a hereditariedade tem uma importância relativa, entretanto não se sabe a transmissão genética da doença. Fatores externos, emocionais e ambientais interferem na manifestação da doença;
A possibilidade de ocorrência de algumas patologias psiquiátricas, como a esquizofrenia e o transtorno afetivo bipolar tem uma influência significativa, mas NÃO determinante da genética.
Ou seja, a prevalência da doença na população geral (em torno de 1%) é menor do que a observada em familiares de pessoas com a doença, em especial se de primeiro grau.
A resposta à sua pergunta é de que o risco é maior do que na população geral. Faz-se necessária no entanto uma ressalva.
Existem fatores ambientais para o surgimento da esquizofrenia que ainda são pouco compreendidos. O fato de a ocorrência da doença em gêmeos monozigoticos (que têm exatamente o mesmo DNA) ser de 40-50% demonstra bem esses fatores, pois mesmo pessoas com o mesmo DNA têm menos de 50% de concordância a respeito desse diagnóstico (Ou seja, em um par de gêmeos idênticos, se um dos irmãos tem esquizofrenia, a chance do outro ter é de 40 a 50%).
Estudos com famílias, com gêmeos e estudos com adotados levam à conclusão de que enquanto o risco para desenvolver esquizofrenia na população geral é de 1%, o risco de sobrinhos de primeiro grau de um paciente com esquizofrenia tem um risco de 4%. Como haveria dois tios com esquizofrenia o risco seria um pouco maior.
Eis os riscos: primos: 2%, tios2%, sobrinhos 4%, netos 5%, meio-irmãos 3-6%, pais 6%, irmãos 9%, filho de pai com a doenca 7-13%, gêmeo fraterno 0-28%, filho com dois pais doentes 27-46%, filho com ambos os pais 27-46%, gêmeo idêntico 41-65%
Fonte: Organizacão Mundial da Saúde

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