Quais os cuidados de enfermagem no pós operatório de Paratireoidectomia?
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Quais os cuidados de enfermagem no pós operatório de Paratireoidectomia?
Olá tudo bem?
Como se trata de uma cirurgia de Paratireoide, é fundamental importância que a enfermagem esteja atenta para os sinais e sintomas de Hipocalcemia que pode ocorrer com a retirada das paratireoides (que são as glândulas produtoras de PTH, hormônio que regular o cálcio no sangue). Dentre os sintomas podemos citar os principais: câimbra, parestesia, tetania, mialgia, fraqueza muscular, sinais de Trousseau, crises convulsivas. Neste caso devemos repor imediatamente Calcio endovenoso ou via oral (a depender da gravidade).
Espero ter ajudado!
Att, Dr Pedro Franco
Como se trata de uma cirurgia de Paratireoide, é fundamental importância que a enfermagem esteja atenta para os sinais e sintomas de Hipocalcemia que pode ocorrer com a retirada das paratireoides (que são as glândulas produtoras de PTH, hormônio que regular o cálcio no sangue). Dentre os sintomas podemos citar os principais: câimbra, parestesia, tetania, mialgia, fraqueza muscular, sinais de Trousseau, crises convulsivas. Neste caso devemos repor imediatamente Calcio endovenoso ou via oral (a depender da gravidade).
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1. Monitoramento Metabólico e Neurológico (Hipocalcemia)
Este é o aspecto mais crítico do pós-operatório.
Sinais Vitais: Monitorar rigorosamente (TA, FC, FR, T), mas com atenção especial à frequência cardíaca devido à influência do cálcio no músculo cardíaco.
Monitoramento Bioquímico:
Coleta de exames laboratoriais (conforme protocolo médico): Cálcio Iônico e Cálcio Total (geralmente seriados, como a cada 6 horas nas primeiras 48-72h) e PTH.
Monitorização de Magnésio e Fosfato, pois o magnésio é essencial para a ação do PTH.
Identificação de Hipocalcemia (Sinais e Sintomas):
Parestesias: Observar e relatar formigamento e dormência (principalmente na região perioral, lábios, dedos das mãos e pés).
Sinais Clássicos de Tetania Latente:
Sinal de Trousseau: Oclusão arterial do braço por 3 minutos com manguito de pressão, observando espasmo carpal (flexão do punho e dedos).
Sinal de Chvostek: Percussão leve no nervo facial, na frente da orelha, observando contração dos músculos faciais.
Sintomas Graves: Câimbras musculares intensas, espasmos laríngeos (que podem causar dificuldade respiratória e estridor) ou convulsões.
2. Integridade da Via Aérea e do Local Cirúrgico
A cirurgia é realizada no pescoço, próximo à traqueia e aos vasos principais, o que exige vigilância.
Avaliação Respiratória:
Monitorar o padrão respiratório (frequência, profundidade).
Observar sinais de dificuldade respiratória (dispneia, estridor, cianose), que podem indicar compressão traqueal devido a sangramento interno (hematoma cervical) ou espasmo laríngeo (por hipocalcemia grave).
Manter material de intubação e traqueostomia de emergência prontamente disponíveis.
Monitorização da Incisão:
Observar o curativo quanto à presença de sangramento excessivo ou aumento de volume (edema/hematoma).
Se houver dreno, monitorar o débito, cor e aspecto.
Instruir o paciente a evitar movimentos bruscos do pescoço (manter o pescoço em posição neutra ou com suporte, conforme orientação médica) para reduzir a tensão na sutura.
3. Manejo da Dor e Náuseas
Embora seja tipicamente uma cirurgia de baixa dor, o manejo é importante para evitar complicações.
Dor: Avaliar o nível de dor regularmente (Escala Visual Analógica) e administrar analgésicos conforme prescrição. O paciente pode referir dor de garganta ou dificuldade para engolir (disfagia), devido à manipulação cirúrgica.
Náuseas/Vômitos: Administrar antieméticos conforme prescrito. Vômitos intensos devem ser evitados, pois aumentam a pressão no local da incisão, elevando o risco de sangramento e hematoma.
4. Educação e Preparação para a Alta
A educação do paciente é essencial para a continuidade segura do tratamento em casa.
Instruções sobre Suplementos: Ensinar o paciente sobre a importância da suplementação oral de cálcio e vitamina D (Calcitriol), que são frequentemente prescritos para prevenir ou tratar a hipocalcemia. Explicar horários e doses.
Cuidados com a Ferida Operatória: Instruir sobre a limpeza do curativo, a importância de não esfregar a incisão e quando procurar assistência em caso de sinais de infecção (vermelhidão, calor, dor intensa, secreção purulenta).
Sinais de Alerta: Enfatizar a importância de procurar o serviço de emergência imediatamente se sentir formigamento intenso ou persistente, espasmos musculares ou dificuldade para respirar.
Atividade: Orientar sobre o repouso relativo, evitando exercícios intensos e carregar peso por um período determinado.
Este é o aspecto mais crítico do pós-operatório.
Sinais Vitais: Monitorar rigorosamente (TA, FC, FR, T), mas com atenção especial à frequência cardíaca devido à influência do cálcio no músculo cardíaco.
Monitoramento Bioquímico:
Coleta de exames laboratoriais (conforme protocolo médico): Cálcio Iônico e Cálcio Total (geralmente seriados, como a cada 6 horas nas primeiras 48-72h) e PTH.
Monitorização de Magnésio e Fosfato, pois o magnésio é essencial para a ação do PTH.
Identificação de Hipocalcemia (Sinais e Sintomas):
Parestesias: Observar e relatar formigamento e dormência (principalmente na região perioral, lábios, dedos das mãos e pés).
Sinais Clássicos de Tetania Latente:
Sinal de Trousseau: Oclusão arterial do braço por 3 minutos com manguito de pressão, observando espasmo carpal (flexão do punho e dedos).
Sinal de Chvostek: Percussão leve no nervo facial, na frente da orelha, observando contração dos músculos faciais.
Sintomas Graves: Câimbras musculares intensas, espasmos laríngeos (que podem causar dificuldade respiratória e estridor) ou convulsões.
2. Integridade da Via Aérea e do Local Cirúrgico
A cirurgia é realizada no pescoço, próximo à traqueia e aos vasos principais, o que exige vigilância.
Avaliação Respiratória:
Monitorar o padrão respiratório (frequência, profundidade).
Observar sinais de dificuldade respiratória (dispneia, estridor, cianose), que podem indicar compressão traqueal devido a sangramento interno (hematoma cervical) ou espasmo laríngeo (por hipocalcemia grave).
Manter material de intubação e traqueostomia de emergência prontamente disponíveis.
Monitorização da Incisão:
Observar o curativo quanto à presença de sangramento excessivo ou aumento de volume (edema/hematoma).
Se houver dreno, monitorar o débito, cor e aspecto.
Instruir o paciente a evitar movimentos bruscos do pescoço (manter o pescoço em posição neutra ou com suporte, conforme orientação médica) para reduzir a tensão na sutura.
3. Manejo da Dor e Náuseas
Embora seja tipicamente uma cirurgia de baixa dor, o manejo é importante para evitar complicações.
Dor: Avaliar o nível de dor regularmente (Escala Visual Analógica) e administrar analgésicos conforme prescrição. O paciente pode referir dor de garganta ou dificuldade para engolir (disfagia), devido à manipulação cirúrgica.
Náuseas/Vômitos: Administrar antieméticos conforme prescrito. Vômitos intensos devem ser evitados, pois aumentam a pressão no local da incisão, elevando o risco de sangramento e hematoma.
4. Educação e Preparação para a Alta
A educação do paciente é essencial para a continuidade segura do tratamento em casa.
Instruções sobre Suplementos: Ensinar o paciente sobre a importância da suplementação oral de cálcio e vitamina D (Calcitriol), que são frequentemente prescritos para prevenir ou tratar a hipocalcemia. Explicar horários e doses.
Cuidados com a Ferida Operatória: Instruir sobre a limpeza do curativo, a importância de não esfregar a incisão e quando procurar assistência em caso de sinais de infecção (vermelhidão, calor, dor intensa, secreção purulenta).
Sinais de Alerta: Enfatizar a importância de procurar o serviço de emergência imediatamente se sentir formigamento intenso ou persistente, espasmos musculares ou dificuldade para respirar.
Atividade: Orientar sobre o repouso relativo, evitando exercícios intensos e carregar peso por um período determinado.
Especialistas
Guilherme Duque Silva
Cirurgião de cabeça e pescoço, Cirurgião geral
Rio de Janeiro
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