Qual o nome da cirurgia que faz vários furinhos no crânio da pessoa que tem moyamoya? O médico suger

Na doença de moyamoya o paciente apresenta fechamento das artérias que levam sangue para o cérebro. Desta forma, todos os tipos de tratamento tentam promover uma revascularização do cérebro, que pode ser direta (através de uma conexão direta entre uma artéria de fora do crânio com outra artéria intracraniana-bypass ou anastomose) ou indireta (procedimentos que induzem a formação de novas artérias, entre eles a cirurgia que faz múltiplos furos no crânio).
O tratamento ideal deve considerar a possibilidade de realizar uma revascularização direta, com o intuito de melhorar a irrigação sanguinea para o cérebro no curto prazo, combinado a procedimentos que induzam a formação de neovascularização, sustentando assim uma boa vascularização cerebral no médio e longo prazo, consequentemente diminuindo o risco de um acidente vascular cerebral (AVC).

A cirurgia sugerida para sua cunhada provavelmente é a **encefaloduroarteriosinangiose (EDAS)** ou a **encefalomiosinangiose (EMS)**. Ambas são procedimentos indiretos de revascularização utilizados no tratamento da doença de **Moyamoya**, e envolvem a criação de múltiplos pequenos furos no crânio para estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos e melhorar a circulação cerebral.

### **Principais técnicas cirúrgicas para Moyamoya:**
1. **EDAS (Encefaloduroarteriosinangiose)** – Envolve a dissecção de uma artéria do couro cabeludo (geralmente a artéria temporal superficial) e sua colocação diretamente sobre o cérebro, facilitando o crescimento de novos vasos sanguíneos.

2. **EMS (Encefalomiosinangiose)** – Utiliza um músculo da têmpora (músculo temporal) que é colocado sobre o cérebro para estimular a vascularização.

3. **Burr-Hole Surgery** (Cirurgia de Múltiplos Furos) – Consiste na perfuração de pequenos buracos no crânio para permitir a entrada de novos vasos sanguíneos a partir do couro cabeludo e das meninges, favorecendo a irrigação cerebral. Este procedimento pode ser realizado isoladamente ou em conjunto com outras técnicas.

Se a doença foi diagnosticada há três anos e sua cunhada está bem, pode ser que a progressão esteja lenta. No entanto, a doença de Moyamoya é **progressiva e imprevisível**, podendo levar a AVCs se não tratada adequadamente. A cirurgia visa prevenir eventos isquêmicos futuros e melhorar a qualidade de vida. O medo da cirurgia é compreensível, mas uma boa conversa com o neurocirurgião pode esclarecer os riscos e benefícios para ajudar na decisão.

Se precisar de mais informações ou ajuda para esclarecer dúvidas para ela, estou à disposição!