Quando desconfiar que o diagnóstico para TDM está errado e pode ser TAB?

13 respostas
Quando desconfiar que o diagnóstico para TDM está errado e pode ser TAB?
Olá. Ambos são transtornos do humor, porém, há importantes diferenças entre os dois diagnósticos citados, especialmente em relação aos sintomas manifestados, os quais devem ser avaliados por profissionais especializados durante consultas.

TAB é um transtorno que tende a se manifestar em duas fases: a de mania e a de depressão. Tais fases alternam-se ao longo do tempo, podendo variar entre semanas ou meses. Os sintomas da fase de mania podem ser: inquietude, agitação, euforia, irritabilidade, dificuldade para se concentrar, entre outros. Já os da fase de depressão estariam ligados ao humor deprimido, pensamentos pessimistas, de culpa, entre outros.

Pelo fato de uma das fases ser caracterizada por sintomas depressivos, é bem comum a confusão entre esses diagnósticos, o que torna ainda mais necessária uma avaliação especializada. Caso você também identifique sintomas da fase de mania em determinados períodos, poderá, nessa avaliação, expor as suas percepções, experiências emocionais e impressões sobre sintomas e, assim, identificar junto ao profissional o diagnóstico e as formas de cuidado. O tratamento indicado para tais condições vai além do diagnóstico e do uso de medicamentos, sendo necessário um espaço de psicoterapia para melhor compreensão das queixas manifestadas e dos conflitos emocionais envolvidos.

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Olá! O nome do transtorno é uma referência importante para o psiquiatra, pois esse profissional usa essa referência ao receitar a medicação. Um bom psiquiatra irá rever essa medicação, caso o efeito do remédio prescrito aponte para outra hipótese de diagnóstico. Quando eu digo hipótese, faço-o para chamar a atenção da importância da evolução do quadro clínico, pois essa evolução é um critério fundamental para o médico. Exige-se, assim, algum tempo para que ele feche um diagnóstico. Ressalto, no entanto, que nossa sociedade está muito psiquiatrizada. Devemos tomar cuidado para não buscarmos um rótulo que nos explique. E muitas vezes, esse rótulo é buscado na consulta à internet, o que pode trazer ainda mais prejuízos à pessoa. Do ponto de vista psicológico, o foco está na história do sujeito, no reencontro com o seu desejo e nas razões pelas quais se sofre. É igualmente importante focar nas frustrações, ressentimentos, culpas, conflitos, traumas, urgências subjetivas, etc. Nenhum remédio fará esse trabalho terapêutico no lugar do sujeito. A medicação age apenas nos sintomas. O que está por detrás deles só pode ser mexido, trabalhado e ressignificado pelo próprio sujeito. Falar sobre o nosso íntimo não é fácil e, muitas vezes, traz sofrimento mexer em certas lembranças. Por isso, a terapia com um(a) psicólogo(a) atencioso(a) e acolher(a) é fundamental para que se constitua uma ambiente propício à realização do trabalho terapêutico.
Olá!

A melhor forma é procurar um profissional que possa fazer a avaliação psicológica e fazer um diagnóstico diferencial, visto que é frequente confundir uma depressão unipolar de uma depressão bipolar. Para além disso, é interessante considerar aspectos da história de vida do paciente que podem sinalizar uma bipolaridade não diagnosticada, tais como: a) alta recorrência de episódios de depressão ao longo da vida (mais de três episódios de depressão ao longo da vida); b) episódios depressivos nos quais a pessoa tende a hipersonia (a pessoa dorme mais que 10 horas por dia, por exemplo, ou sente extrema falta de energia); c) episódios depressivos que são rápidos durando em torno de 3 meses ou menos; d) depressão que começa cedo (antes do 20 à 25 anos); e) resposta atípica a antidepressivos, ou seja, a pessoa pode piorar com antidepressivo ou tem uma melhora inicial ''rápida'' e depois ''não faz mais efeito''; entre outros muitos fatores como até mesmo o histórico de depressão e outros transtornos na família.

De toda forma, é imprescindível a avaliação com um profissional da área para que não se incorra em mais erros, se for o caso.

Os transtornos mentais, tais como descritos pelo DSM-5, são ferramentas muito importantes para entender o funcionamento de um indivíduo e auxiliam na tomada de decisões para o tratamento, entretanto é apenas uma ferramenta que possui muitas limitações e diversas problemáticas teóricas, dito isso, muitas pessoas que são diagnosticadas com Transtorno Depressivo Maior (TDM) e apenas depois de um episódio de "mania" ou "hipomania" é que se chega ao possível diagnóstico de Transtorno Afetivo Bipolar, seja tipo 1 ou 2. Episódio de mania é caracterizado por um Humor extremamente elevado e excitável sem que o próprio indivíduo perceba, colocando-o a si e outros em possível risco. Nem sempre no manejo clínico essas diferenças são tão claras de serem observadas, pois muitos outros fatores individuais, culturais, sociais e espirituais influenciam no entendimento de cada pessoa. É justamente por isso que se recomenda um profissional devidamente instruído para fazer diagnósticos e tratamento adequado, pois nenhum checklist de sintomas que encontramos no Google fará uma análise criteriosa e personalizada para você.
O Transtorno Depressivo Maior (TDM) e o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) são dois transtornos mentais diferentes que afetam o humor e o comportamento de uma pessoa.

O TDM é caracterizado por episódios de depressão, que podem incluir sentimentos de tristeza, desesperança, desinteresse, baixa autoestima, falta de energia, dificuldade para concentrar, alterações do sono e do apetite, e pensamentos de morte ou suicídio. Esses episódios de depressão são geralmente duradouros e podem afetar significativamente a capacidade da pessoa de funcionar em sua vida diária.

Já o TAB é caracterizado por episódios alternados de humor, que incluem períodos de mania ou hipomania (elevação do humor, euforia, agitação) e depressão. Durante os episódios de mania, as pessoas podem sentir-se muito animadas, com pensamentos acelerados, tendência a tomar decisões imprudentes, problemas para dormir e sentir-se muito produtivas, enquanto os episódios depressivos são semelhantes aos do TDM.
Como muitas vezes a pessoa que possui TAB geralmente procura ajuda quando está em um episódio de depressão, é importante continuar monitorando os sintomas para verificar se há episódios de mania logo em seguida do início do tratamento.
Não fique perdido em diagnósticos, deixe para os profissionais. Esteja consciente de seus sofrimentos e deixe que o trabalho dentro da terapia te ajude. Mas não se sinta sozinho. Venha participar de um programa de psicoterapia que dura entre 6-16 semanas. Nesse tempo iremos desenvolver uma relação terapêutica e alcançaremos objetivos amplos e com muito pé no chão. Sua CONDIÇÃO atual não define quem vc é. Essa possível depressão que está trazendo esses sentimentos é uma doença altamente tratável e acontece principalmente quando estamos com ruminação (de pensamentos negativos) e sentimentos de culpa. A psicoterapia na TCC (Terapia Cognitivo Comportamental), minha linha de estudo e trabalho é eficaz, comprovada cientificamente em mais de 80 % dos casos. Fico no aguardo de um contato, abs e espero ter ajudado mostrando que vc não é assim. Vc está assim!. abs e fique bem!
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Bom dia
O diagnóstico clínico de TAB, pode levar até 10 anos para ter uma certeza absoluta em alguns casos específicos. Sugiro agendar consulta para ser melhor avaliado
Oi, tudo bem? Você pode desconfiar de TAB se perceber que em algum momento da sua vida você se sentiu mais eufórica ou irritável, com pouca necessidade de sono, pensamento acelerado, um senso inflado de grandiosidade e poder e/ou agir de forma imprudente (gastar muito, expressar a sexualidade de forma mais inconsequente,...). Dependendo da intensidade, isso configura episódio hipomaníaco ou maníaco. É importante a avaliação e o tratamento com psiquiatra e psicólogo para estabilizar o humor e você aprender a identificar os sintomas prodrômicos (que são aqueles que te indicam a virada de humor). Tem tratamento! Fique bem!
Olá.
Conforme já bem colocado pelos colegas anteriormente é uma diferenciação nem sempre fácil de ser feita. Demandará tempo e habilidade do profissional que atender para encontrar as sutilezas que apontarão em um sentido ou em outro.
Para que de um ponto de vista leigo fique simples de entender, sigo o proposto por um colega acima. Ter ocorrido um episódio de hipomaníaco ou maníaco, pelo menos, diria que é crucial para fazer o diagnóstico diferencial. Por episódio maníaco entenda-se: período em que a pessoa apresentou energia alta (fora do que é o seu padrão habitual), humor elevado e persistente (anormal) e irritabilidade. Comumente o indivíduo também toma decisões pouco racionais e as vezes extravagantes, por exemplo se envolvendo em atividade sexual sem proteção, realização de compras muito além do que geralmente faria, uso/abuso de drogas (lícitas ou ilícitas),
Para não complexificar, na hipomania haveria o mesmo que na mania mas em uma amplitude menos crítica. O que pode tornar o diagnóstico ainda mais difícil.
Penso valer a pena destacar que o perfil de personalidade da pessoa também poderá ser um fator de influência quanto ao modo como a expressão do transtorno ocorre. Alguém mais obsessivo-compulsivo, em uma linguagem popular sistemático (controlado/controlador), em termos de personalidade, em meu entender, apresentará de modo mais discreto algumas vezes os sintomas maníacos que alguém não tendido ao controle e ávido por atenção. Por exemplo alguém com perfil histriônico, também falando em termos mais coloquiais e leigos, "aparecido".
Bom, independente de qual o transtorno o importante é procurar se tratar, persistir na busca por alívio. Sofrer faz parte da vida, mas viver em sofrimento não é algo aceitável.
Grande abraço.
Olá como está?

O Transtornos Depressivo Maior e Transtorno Afetivo Bipolar são transtornos relacionados ao humor. Com isso, a avaliação consiste em verificar o padrão do humor em seus possiveis episódios. Quando temos um TDM o humor é predominantemente depressivo (experiência de tristeza, desesperança ,vazio), diminuição global de energia, afetando o sono, alimentação entre outros. Importante trazer que pode haver períodos com sensação de melhora. Contudo, ao falarmos de TAB temos episodios Maníacos ou hipomanicos. Nesses há um aumento significativo elevado de energia e sensação de bem estar (entre outros sintomas). No episódio Maníaco o aumento de energias se soma a autoestima inflada e grandiosidade, redução da necessidade de sono, agitação psicomotora e também pode apresentar experiências sintomas psicóticos (ver, ouvir ou acreditar em ideias irreais).

Portanto o diagnóstico de TAB levar um tempo maior para ser confirmado, pois exige uma analise minuciosa dos episódios de humor passados, como também de novas oscilações de episódios de humor. Com isso, orienta-se a procurar acompanhamento contínuo de psiquiatra e psicologo a fim de auxiliar na avaliação do diagnóstico e também realizar o tratamento adequado.
O Transtorno Depressivo Maior é o que chamamos comumente de depressão. Suas características principais são o humor triste, vazio ou irritável, acompanhado de mudanças somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade da pessoa de funcionar.

O transtorno afetivo bipolar é um transtorno de humor caracterizado por episódios de depressão e mania que geralmente ocorrem sem que haja um motivo aparente. Essas fases tendem a durar poucas semanas ou até mesmo meses e trazem sofrimento clinicamente significativo

As definições dos dois transtornos são, portanto, diferentes, e seria preciso uma avaliação específica.

Se ficar em dúvida, busque uma segunda opinião e um especialista de confiança, esse é um fator essencial para o bom andamento do tratamento.
Se você está com duvidas do seu diagnóstico seria importante procurar um psicólogo ou psiquiatra para confirmar o diagnóstico e tirar todas as suas dúvidas em relação a ele. No transtorno bipolar é necessário que haja um episodio de mania ou hipomania, fora os outros requisitos, mas sem esses episódios nao caracteriza Transtorno bipolar. Mas procure um profissional para esclarecer melhor sua dúvida e seu diagnóstico. Estou a disposição.
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Olá. Se existe a preocupação com a possibilidade de ter sido diagnosticado incorretamente com Transtorno Depressivo Maior (TDM) em vez de Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), é importante ter outras opiniões médicas, pois é essencial para o tratamento, que você confie no seu médico e psicólogo.
Existem sintomas diferenciais: 1.Ciclos de humor depressivo e depois em mania; 2. se houver histórico familiar de TAB, aumenta a possibilidade; 3. Se a resposta dos antidepressivos piorarem os sintomas ou desencadearem episódios de mania, por exemplo. Além dos sintomas depressivos, se observam: impulsividade, comportamento de risco, alterações no sono ou pensamentos acelerados durante os episódios depressivos.
É importante discutir essas preocupações com seu psicológico e psiquiatra para obter uma avaliação adequada, revisar seu diagnóstico e a medicação certa para o transtorno. Sempre à disposição.

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