retirei a vesicula a um ano , ainda sinto dor !! É normal sentir dor no local??

Após a retirada da vesícula entende-se que o paciente não apresente mais dor no local, contudo, se manter o quadro de dor uma avaliação completa deve ser realizada.

Sentir dor no local da cirurgia de remoção da vesícula biliar (colecistectomia) um ano após o procedimento não é comum e merece atenção. A maioria das pessoas tende a se recuperar completamente da cirurgia de remoção da vesícula biliar sem dor persistente a longo prazo. No entanto, algumas podem experimentar sintomas ou desconfortos contínuos, um fenômeno conhecido como síndrome pós-colecistectomia.

Esta síndrome pode incluir uma variedade de sintomas, como dor abdominal, distensão, gases, e alterações nos hábitos intestinais. A dor pode ser causada por vários fatores, incluindo alterações na forma como o trato digestivo processa os alimentos, especialmente as gorduras, já que a vesícula biliar não está mais presente para armazenar e liberar bile de forma direta. Além disso, aderências (cicatrizes internas que se formam após a cirurgia), problemas nos ductos biliares remanescentes, ou até mesmo condições não relacionadas à cirurgia anterior podem ser responsáveis pela dor.

Na abordagem da medicina integrativa, é importante considerar todos os aspectos da saúde do paciente ao avaliar a dor pós-cirúrgica. Isso inclui uma avaliação detalhada da dor, sua localização, características, fatores desencadeantes e aliviadores, bem como qualquer outro sintoma associado. Além disso, um exame físico e, possivelmente, exames de imagem como ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser necessários para investigar a causa da dor.

O tratamento para a dor pós-colecistectomia varia de acordo com a causa subjacente e pode incluir desde mudanças na dieta e medicamentos até, em casos raros, procedimentos adicionais para tratar aderências ou problemas nos ductos biliares. Estratégias de medicina integrativa, como suplementação nutricional para apoiar a digestão, técnicas de manejo de estresse, e terapias complementares, podem ser úteis para aliviar os sintomas e promover o bem-estar geral.

É crucial que você discuta essa dor persistente com seu médico, que pode avaliar sua situação específica e recomendar a melhor abordagem de tratamento. A comunicação aberta sobre todos os seus sintomas e preocupações é fundamental para identificar a causa da dor e encontrar a estratégia de tratamento mais eficaz para você.

Lembre-se, cada pessoa é única, e o caminho para a recuperação e o bem-estar pode variar. O acompanhamento médico é essencial para garantir que você receba o cuidado adequado e personalizado.

Dra. Caroline Oliveira - CRM/SP 189586, Medicina Integrativa, com foco em Endocrinologia e Nutrologia.