tenho fobia social e não saio de casa. e tbm não suporto barulho e normal?

Olá, como vc está?
sua experiência faz sentido e não é rara, e, sobretudo, não é um defeito seu.

Na fobia social, o que costuma estar em jogo não é apenas o medo das pessoas, mas uma hipersensibilidade ao olhar do outro, como se o mundo externo fosse vivido como excessivamente invasivo ou ameaçador. Ficar em casa pode funcionar, inconscientemente, como uma tentativa de proteção psíquica: um modo de reduzir a angústia quando ela se torna difícil de simbolizar.

Quanto à intolerância ao barulho, isso também pode ser compreendido clinicamente. Em muitos casos, o barulho não é só som, ele é vivido como uma intrusão, algo que atravessa os limites do eu. Quando o psiquismo está em estado de alerta constante, qualquer estímulo externo pode ser percebido como excessivo. Isso é comum em quadros de ansiedade, fobia social e em funcionamentos marcados por hipervigilância.

Sim, isso pode acontecer e é mais comum do que muita gente imagina. A fobia social pode fazer a pessoa evitar sair de casa por medo intenso de situações sociais, julgamentos ou constrangimentos, e a sensibilidade ao barulho também pode estar ligada à ansiedade, ao estresse ou a uma sobrecarga emocional. Não significa que haja algo “errado” com você como pessoa, mas sim que seu sistema emocional pode estar em alerta o tempo todo.
É muito importante destacar o papel da terapia nesse processo. A terapia oferece um espaço seguro para entender o que está por trás desses medos e desconfortos, aprender formas de lidar com a ansiedade e, aos poucos, recuperar autonomia e qualidade de vida. Com acompanhamento psicológico, é possível compreender melhor o que você está passando, reduzir o sofrimento e encontrar estratégias que realmente funcionem para você. Procurar ajuda é um sinal de cuidado consigo mesmo, não de fraqueza.
Abraços, cuide-se!

Olá, a fobia social é caracterizada por um medo intenso e persistente em situações de exposição social, em que a pessoa teme ser julgada ou humilhada, desta forma, é esperado que ela evite sair de casa ou se expor a qualquer situação social, trazendo prejuízos para sua vida social e profissional. Em relação a aversão ao barulho, pode ser desde o próprio estresse provocado pela ansiedade social, mas também pode ser sintomas de misofonia, uma condição neurológica que ocorre quando as conexões entre sons e emoções acontecem de forma desproporcional, desencadeando reações físicas e emocionais que afetam negativamente a vida da pessoa. Ambas precisam ser avaliadas por um profissional habilitado, muitas vezes há a necessidade de acompanhamento psicoterápico e em algumas situações até mesmo o tratamento com medicamentos.

Olá, tudo bem?

Sim, isso pode acontecer... Na fobia social, o medo intenso de ser observado, julgado ou exposto pode levar ao isolamento progressivo, inclusive a não sair de casa. A sensibilidade ao barulho também é comum em quadros de ansiedade, porque o corpo permanece em estado constante de alerta, reagindo de forma exagerada a estímulos externos.

Isso não significa que seja 'normal' no sentido de não precisar de cuidado, mas é compreensível dentro do sofrimento ansioso. Com acompanhamento psicológico (e, se necessário, psiquiátrico) é possível reduzir essa hipersensibilidade e retomar, aos poucos, a vida fora de casa com mais segurança.

A fobia social e a hipersensibilidade a barulho podem estar relacionadas a um sistema nervoso em constante estado de alerta. Quando isso acontece, o corpo reage com medo, evitação e sobrecarga sensorial, mesmo sem perigo real.
Isso é mais comum do que parece e tem tratamento. Com psicoterapia, é possível trabalhar a regulação emocional e recuperar, gradualmente, mais segurança para sair de casa e lidar com estímulos do dia a dia.
A psicoterapia pode te ajudar a construir mais estabilidade e qualidade de vida.
Isadora Klamt- Psicóloga CRP 07/19323