Tenho uma resistência forte a medicamentos, quando fui ao médico e precisava dormir, me deram três e

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Tenho uma resistência forte a medicamentos, quando fui ao médico e precisava dormir, me deram três e mesmo assim dormi só por 3 horas, disseram que não poderiam dar mais, o mesmo ocorre com ritalina, efeito dura 30 minutos e depois passa e me dá sono, não faço o uso continuo desses remédios, é comum ter bastante resistência a esse tipo de remédio? não vi diferença quando tomava fluoxetina e longactil também, qual especialista eu procuro para ver essa resistência?
A utilização de medicações deve ser sempre acompanhada de suporte médico especializado, principalmente as de receita controlada que tem maiores riscos de dependência química, uso abusivo e efeitos colaterais graves. Cada medicação para cada indivíduo tem indicações e orientações específicas, é importante sempre reavaliar se a substância, dosagem, horário de administração estão adequados a proposta terapêutica. Assim diferenciamos quadros de resistência real ao fármaco de casos de má condução ou falta de seguimento adequado. No caso do uso concomitante de mais de uma droga é preciso checar risco de interação medicamentosa e a possibilidade de que uma diminua o nível sérico da outra ( o que vai refletir em menor efeito ). Pensando em resistência generalizada a medicações é possível investigar o perfil do paciente, um teste farmacogenético pode ser uma boa opção. Levando em consideração as medicações citadas creio que o profissional mais capacitado seria um psiquiatra, preferencialmente com formação adicional em psicofarmacologia. Atenciosamente.

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A "resistência aos medicamentos" é uma interpretação sua. Existem inúmeros fatores que explicam por que uma pessoa responde a um medicamento e outra não responde ao mesmo medicamento e à mesma dose. Vamos elucidá-los. Primeiro, resistência a medicamentos para insônia depende da causa da insônia, da cronicidade da condição e do uso prévio de medicamentos. Muitos medicamentos precisam de doses mais altas ao longo do tempo, porque o organismo desenvolve tolerância aos seus efeitos hipnóticos. Tolerância é quando organismo precisa de doses mais altas de um medicamento para produzir os mesmos efeitos. Quanto à ritalina( se for a de liberação rápida), realmente o pico é em 30 minutos e depois começa a baixar no sangue. Isso é uma propriedade do medicamento, não uma resistência do seu organismo. A ritalina, por ser um estimulante, pode neutralizar o sono, mas seu efeito é transitório, o que cessa depois da ação do medicamento, retornando a sensação de sono que ela havia neutralizado. Não sei que tipo de diferença você está buscando com a fluoxetina e o longactil, mas são classes diversas com indicações diferentes. Se um medicamento não atinge um determinado objetivo, pode ser que o diagnóstico não está correto ou o paciente espera resultados que o medicamento não entrega. Outro fator para o insucesso é não tomar as doses adequadas pelo tempo necessário para que os medicamentos funcionem, o que pode demorar de semanas a meses.
Por fim, cabe registrar que existem pessoas que respondem a doses mais baixas ou mais altas de medicamentos comparativamente à população geral. Isso é decorrente da maneira como cada organismo metaboliza( quebra as moléculas químicas do medicamento) no fígado, o tempo que leva para eliminar( via renal ou fezes) e a interação com outros medicamentos, que aceleram ou retardam o processo farmacocinético( de eliminação da droga do corpo). Portanto, a interpretação leiga difere do conhecimento científico, o que causa desencontro de explicações na comunicação.
Olá. Provavelmente você não tem uma "resistência" aos medicamentos. O que precisamos em primeiro lugar é alinhar as nossas expectativas ao possíveis benefícios de um determinado medicamento, bem como as suas limitações. Tanto no caso de insônia quanto no caso de organização e foco nos estudos/ trabalho o tratamento não farmacológico é muito importante e deve vir antes da terapia medicamentosa. Um bom profissional irá te guiar nessas medidas ambientais (não farmacológicas) que com certeza farão toda a diferença. E só então, caso necessário, podem ser introduzidos medicamentos com objetivos pontuais. Espero ter ajudado. Um abraço.

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