Tive um evento com meu namorado(1 ano de namoro), fizemos um menage no começo estava tudo bem, mas,

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Tive um evento com meu namorado(1 ano de namoro), fizemos um menage no começo estava tudo bem, mas, chegou um momento em que passei mal(bebi mt) o namorado e o outro me ajudaram, cuidaram de mim, mas ao retornar a cama em um momento apaguei e meu namorado não percebeu(acredito nele) e ele e o outro deram um beijo, que foi interrompido pelo "nós vamos contar pra ele né?" só q meu namorado sem entender ficou "ue como assim? ele nao ta aqui?" e que logo ao continuar ele percebeu q eu não estava mais presente(nem em corpo e nem em alma kkkkk) e parou imediatamente, ambos me confessaram logo ao acordarmos. Desde então fico revisitando esse evento que me causa sentimentos mistos... traição? inveja? acredito que meu namorado não fez por mal só que ainda sinto q estou um pouco magoado revivendo obsessivamente esse evento achando q encontrarei uma resposta, ao ponto de me afetar e afetar o meu relacionamento. Conversamos sobre ele se sente extremamente culpado ao ponto de não se sentir mais confortável de fazer outro ménage, e acho que nem eu(talvez eu tenha descoberto que não sou tão liberal dentro de um relacionamento). Não sei mais oq fazer para virar essa pagina e seguir em frente com meu namorado que amo muito, temos uma relação bem saudável, com carinho, comunicação e parceria. Não sei se estou aumentando muito esse acontecimento na minha cabeça, não quero ficar afetado por algo q no fundo eu julgue como bobo, muito menos que esse relacionamento chegue ao fim.
 Lais Matos
Psicólogo, Psicanalista
Lages
Olá!

É compreensível que esse evento esteja reverberando em você de forma tão intensa. Situações que envolvem vulnerabilidade, intimidade e confiança, especialmente quando nos sentimos de alguma forma ausentes ou impotentes, costumam despertar sentimentos ambíguos, como culpa, mágoa, confusão, e até mesmo um questionamento sobre quem somos e o que toleramos ou desejamos em uma relação.

Você diz que acredita no seu parceiro e percebe cuidado e amor na relação, mas ainda assim se sente atravessado por pensamentos recorrentes e incômodos. Isso mostra que, mais do que entender racionalmente o que houve, há algo dentro de você que ainda procura elaboração.

Talvez não se trate de julgar o acontecimento como certo ou errado, mas de escutar o que em você ficou deslocado ou ferido. A forma como revisitamos certos eventos pode estar ligada a algo mais profundo, a uma tentativa de reorganizar nossa experiência subjetiva.

A terapia pode te ajudar nesse processo. Não para apagar o que aconteceu, mas para que você possa construir um sentido que seja seu, e que não pese mais do que precisa.

Fico à disposição caso deseje iniciar esse percurso.

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 Luiza Lopes
Psicólogo
Florianópolis
Todo relacionamento atravessa momentos difíceis. Esse episódio talvez lhe toque em questões que antes você não se dava conta, existe ai uma grande possibilidade de aprendizado, mas para tal é importante a cautela e a responsabilidade de compreender, aprofundar em como tudo isso lhe toca. Como toca? O que você sente quando pensa nesse acontecimento? Não há uma resposta única para essas perguntas, talvez seja uma boa oportunidade para se conhecer uma pouco mais.
Dr. Joao Auricelio
Psicólogo
Rio Branco
Você está se sentindo magoada e confusa após o evento com seu namorado e outro homem. É natural ter sentimentos mistos e questionar o relacionamento.

Aqui estão algumas sugestões:

1. Converse com seu namorado: Já que vocês já conversaram sobre o evento, talvez seja útil ter mais uma conversa para entender melhor os sentimentos e perspectivas um do outro.
2. Reflita sobre seus sentimentos: Tente entender melhor o que você está sentindo e por quê. É ciúme, insegurança ou outra emoção?
3. Avalie o relacionamento: Embora o evento tenha sido inesperado, você mencionou que tem uma relação saudável com seu namorado. Isso é importante.
4. Decida o que é melhor para você: Você precisa decidir se o evento é um problema para o seu relacionamento ou se é algo que você pode superar.

Você está disposta a trabalhar em sua relação e encontrar uma solução com seu namorado? Ou precisa de mais tempo para refletir sobre seus sentimentos?
Olá, como vai?
Imagino que você esteja passando por um momento reflexivo intenso por ora, o qual pode estar lhe gerando algumas ansiedades relacionadas ao seu relacionamento.
Mas, para você conseguir alcançar uma paz sobre nesse assunto, é necessário mergulhar em seu caos interior. Perguntas como, você gostaria mesmo de ter feito o menage? Será que você queria estar ali de corpo e alma? Essa situação, de ser paralela a uma traição, já foi vivenciada e como você lidou com isso? Enfim, acredito que esse seria um início de reflexão analítica para essa situação.
Você não precisa passar por isso sozinho, conversar com o outro, dividir seus pensamentos e anseios é curativo.
Se precisar de apoio psicológico, estou a disposição.
A comunicação entre um casal é essencial pra estabelecer uma relação mais saúdavel e pode ser um momento importante de abordar o que cada um sente em uma relação aberta!
Chegar em um concenso onde ambos estejam se respeitando este sempre será o melhor caminho. Vejam como uma oportunidade de abrir o diálogo!
 Izolina Kreutzfeld
Psicólogo
Jaraguá Do Sul
Olá!
Seria interessante você fazer terapia para analisar melhor as questões envolvidas nesse autojulgamento.
Atenciosamente,
Psicóloga Izolina
 Michelle Novello
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
Obrigada por compartilhar algo tão íntimo. É natural que você esteja sentindo confusão e mágoa após esse episódio. Mesmo com o cuidado e a transparência do seu parceiro, o fato de você estar vulnerável e ausente no momento pode ter gerado sentimentos de exclusão e insegurança. Esses sentimentos são válidos e não precisam ser rotulados como “traição” para merecerem atenção. O looping mental que você descreve é uma tentativa do seu cérebro de entender e recuperar controle emocional.

O mais importante agora é acolher o que você sente sem culpa, reconhecer que talvez seus limites em relação à liberdade sexual dentro do relacionamento estejam se ajustando, e manter o diálogo aberto com seu parceiro, que demonstra carinho e disposição para construir com você. Se possível, a terapia pode ajudar a organizar essas emoções e aliviar esse ciclo de pensamentos. Você não está exagerando — está cuidando de si e do seu relacionamento.
Ei.
- Entendo sua questão. É bem comum os casais não estipularem o que pode e o que não pode nas relações quando convidam mais pessoas para um encontro esporádico ou ampliam a relação. Pode ser um excelente momento para você se sentar com seu namorado e refazer o contrato do relacionamento, a as contribuições, as mudanças possíveis e desejáveis.
- Caso queira nos mandar mais detalhes, ficarei feliz em responder.
Abraços
 Nilzelly Martins
Psicólogo
Rio de Janeiro
Olá,

Você descreve com sensibilidade um acontecimento que, embora aparentemente isolado, escancarou algo que se desdobrou dentro de você e que não cessou de trabalhar, mesmo após a conversa, a escuta, o cuidado mútuo. Um acontecimento que insiste em retornar, não tanto pelo que foi vivido em si, mas pelo que tocou em você: um ponto difícil de nomear, que mistura afeto, corpo, desejo, presença e ausência, confiança, limite... e também aquilo que não se esperava sentir.

Na psicanálise, não trabalhamos com a lógica do “foi grave ou não foi grave”. Não é uma régua de juízo externo que mede o sofrimento. O que importa é o que o episódio fez acontecer em você. E o fato de ele retornar insistentemente ao pensamento, de modo obsessivo, mostra que ali se encostou algo do seu desejo, do seu limite, da sua falta, ou até mesmo de um saber sobre si que começa a se anunciar, mesmo que ainda de forma confusa, dolorida ou envergonhada.

Talvez o que machuque não seja apenas o beijo, nem apenas a ausência do seu corpo naquele instante. Talvez seja a sensação de que algo escapou do controle, que algo passou do limite que você mesmo ainda não conhecia. Há momentos na vida, especialmente em experiências que envolvem o desejo, a intimidade, o prazer e a alteridade, em que nos deparamos com partes de nós que não estavam ainda bem situadas. E quando isso acontece, é como se uma pergunta começasse a ecoar dentro da gente, sem trégua.

Na análise, esse eco pode ser escutado com outra qualidade. Não como algo a ser calado ou “resolvido” rapidamente, mas como algo que merece tempo, espaço e palavras para se elaborar. A culpa do outro, o afeto que vocês nutrem, o desejo de continuar… tudo isso também importa, mas não basta se a sua própria dor for deixada de lado, se você continuar tentando “superar” sem antes poder compreender o que ali se passou dentro de si.

O amor que você sente pode sustentar esse processo. Mas talvez ele precise de um outro endereço, além da conversa a dois: um lugar onde você possa falar sem precisar proteger o outro, onde você possa investigar o que essa cena despertou sem precisar já saber o que pensa a respeito dela.

Você não está aumentando nada. Está sentindo. E isso é legítimo. Quando algo nos afeta, é porque toca numa verdade, mesmo que ela ainda não esteja completamente dita. E é exatamente esse o trabalho da análise: acompanhar alguém na travessia de suas próprias verdades, para que não seja o trauma quem dite os rumos, mas o sujeito que se responsabiliza por escutá-los.

Se, ao ler essa mensagem, algo em você se movimentou, uma lembrança, uma pergunta, uma vontade de entender mais sobre si, saiba que meu consultório está disponível para esse encontro. Talvez seja o tempo de escutar o que até agora tem sido silenciado.
 Rute Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Olá! Há tantas camadas no episódio que tu contas que penso ser leviano dar uma resposta publica ou definidora. Por outro lado há condições inconscientes que te levam a reviver a situação como quase traumática, justamente por ter perdido a consciência. Importante buscar um tratamento psicanalítico para falar do fato relatado, bem como das consequências do mesmo.
Você viveu um momento emocionalmente intenso e vulnerável. É normal se sentir magoado e confuso, mesmo confiando no seu namorado. Seu sofrimento não é exagero — ele vem da quebra de uma expectativa emocional (de presença e cuidado) e da descoberta de novos limites pessoais.

O que fazer:
Aceite a dor sem se julgar. Emoções ambivalentes (amor e mágoa) podem coexistir.

Questione os pensamentos obsessivos, não com respostas perfeitas, mas com compreensão e autocompaixão.

Reforce seus limites afetivos e sexuais com seu parceiro, com clareza e sem culpa.

Use a dor como aprendizado, não como ameaça ao relacionamento.

Você não está “aumentando” — está processando. E isso, feito com consciência, pode fortalecer vocês como casal. Cuide-se!
Olá! Diante do seu relato é importante enfatizar que somente um acompanhamento mais profundo pode-se contribuir para que esse evento venha ser compreendido e assim aceito. A parti daí você poderá co struir um pensamento mais funcional e adaptativa para ter um relacionamento mais saudável.
Parece que esse evento te impactou profundamente. Sinto muito por isso. Tudo bem não ser tão liberal quanto você esperava, mas este não é o espaço pra conversar sobre isso. Te oriento buscar acompanhamento psicoterapêutico.
É importante conversar e expor os sentimentos em relação a tudo que se passou , caso não surte efeito, seria interessante procurar ajuda profissional, talvez até terapia de casal
 Erick Meireles Elmiro
Psicólogo
Brasília
O que você está experimentando é uma resposta emocional bastante comum quando um evento inesperado desafia os limites do que você acreditava ser confortável dentro de um relacionamento. A obsessão com o ocorrido e a confusão de sentimentos, como a dúvida sobre traição ou a sensação de que está "aumentando" o que aconteceu, podem ser manifestações do impacto emocional de situações que envolvem vulnerabilidade e confiança. O fato de seu namorado e o outro parceiro terem demonstrado arrependimento e de você reconhecer que talvez não seja tão liberal quanto imaginava são sinais de que você está refletindo sobre o que realmente é aceitável para você dentro do relacionamento.

O mais importante agora é não se cobrar por sentir insegurança ou dúvida. Essas emoções são legítimas e podem ajudar você a entender melhor seus próprios limites e necessidades. A comunicação com seu namorado é essencial para que ambos possam explorar essas questões juntos e chegar a um entendimento sobre o que cada um espera do relacionamento. Além disso, refletir sobre o que você sente em relação ao evento pode ser um passo importante para deixar para trás as dúvidas e encontrar formas de seguir em frente sem que o incidente continue a afetar o relacionamento de forma negativa.
Olá , Tudo bem ? seria bom você procurar um profissional para te ajudar a entender o que realmente causou esse sentimento que esta tirando sua Paz , entender também o que esse "beijo" significou para você.
Esta tudo bem em entender que talvez você não seja tão liberal, mas caso continue fazendo o ménage é importante que você e seu namorado conversem sobre limites e até onde um aceita e até onde não . Todo relacionamento deve ter uma boa comunicação para que situações assim não aconteçam e você acabe se sentindo mal novamente !!
Volte para seu interno e tente entender e nomear o que você realmente sentiu ao saber da informação do beijo!
Espeto ter ajudado um pouco !
Boa noite,
Entendo que o que você está sentindo é bem complexo, porque envolve questões de confiança, insegurança, limites no relacionamento e até expectativas sobre a liberdade sexual que ambos tinham antes desse evento. O que aconteceu, embora tenha sido algo que parecia parte do acordo inicial, acabou gerando sentimentos de confusão e desconforto, o que é natural, dado o contexto e o que você sentiu.
Algumas coisas que podem estar acontecendo:
1. Sentimentos de traição e insegurança
Mesmo que seu namorado não tenha agido de forma intencional, o fato de não ter percebido seu estado e ter acontecido o beijo pode ter ativado inseguranças sobre limites no relacionamento. A ideia de traição pode surgir não apenas do ato em si, mas da sensação de que algo aconteceu sem seu controle ou consentimento, especialmente porque você estava fora de si devido ao álcool. O sentimento de inveja também pode surgir, já que você pode se sentir incomodado com a conexão que existiu entre ele e outra pessoa, mesmo que temporária.

2. Revisitar o evento obsessivamente
A tendência de revisitar o evento obsessivamente acontece porque há uma necessidade de encontrar uma resposta ou uma explicação clara para o que aconteceu. Isso faz com que você não consiga deixar o ocorrido ir e se sinta ainda mais preso aos seus sentimentos mistos. Pode ser útil perceber que, muitas vezes, buscar respostas o tempo todo pode acabar alimentando a dúvida e a insegurança, ao invés de aliviar a dor.

3. Questões sobre ser "liberal" ou não
Esse evento também parece ter te feito questionar seus próprios limites, se você se considera realmente tão liberal ou se estava apenas tentando se adaptar à dinâmica do relacionamento. É importante entender que não há certo ou errado em como você lida com a sexualidade dentro de um relacionamento, mas sim o que é confortável para você e o que vocês dois consideram aceitável e saudável.

O que fazer para superar o ocorrido?
Aqui vão algumas sugestões de como lidar com a situação:

1. Conversar aberta e honestamente
Já que vocês têm uma relação baseada na comunicação saudável, essa é uma boa oportunidade para reforçar o que foi acordado sobre os limites no relacionamento. Pode ser interessante discutir o que esse episódio significa para você agora, suas preocupações e sentimentos sem buscar culpados. Ambos podem aprender mais sobre os limites de cada um e o que é confortável ou não para o futuro. Isso pode ajudar a restaurar a confiança e evitar mal-entendidos no futuro.

2. Entender seus sentimentos sobre a situação
Agora é o momento de você explorar mais a fundo o que realmente te magoou. Foi o beijo em si? Foi o fato de não ter estado ciente do que estava acontecendo enquanto estava alcoolizado? Ou talvez seja o fato de você ter se sentido vulnerável naquele momento e depois não ter controle sobre o que se passou? Compreender o que te afeta mais pode ajudar a encerrar essa "obsessão" pelo evento e direcionar o foco para a relação que você tem agora, no presente.

3. Reavaliar o que é importante no relacionamento
Isso também pode ser uma boa oportunidade para você e seu namorado reavaliar o que cada um quer para o futuro do relacionamento. Se você descobriu que talvez não seja tão liberal quanto imaginava, ou se ele tem inseguranças sobre novas experiências, é importante alinhar esses desejos. Às vezes, a mudança de perspectiva após eventos assim pode fortalecer a relação, pois ajuda ambos a entender mais profundamente o que é importante para cada um.
Abraços
Oi! Antes de tudo, quero reconhecer a sua coragem em compartilhar algo tão delicado e íntimo. É muito compreensível que você esteja com esses sentimentos mistos — afinal, situações assim tocam em questões profundas de confiança, limites e autoimagem.

O fato de você se questionar tanto e buscar entender o que sente mostra o quanto esse evento mexeu com você. E isso não significa que você esteja "aumentando" as coisas, mas sim que existem emoções e significados por trás desse episódio que talvez ainda não foram totalmente elaborados.

Às vezes, a dificuldade de "virar a página" não é sinal de que o amor acabou ou que o relacionamento está ruim, mas sim de que essa experiência revelou algo dentro de você que merece ser olhado com mais cuidado e acolhimento.

Se você sentir que seria importante ter um espaço seguro para organizar esses sentimentos e aliviar esse peso, estou à disposição pra te ajudar nesse processo.

Nem sempre a dor vem do que aconteceu — mas do que foi tocado por dentro: ausência, descuido, medo de ser esquecido.
Você talvez tenha cruzado um limite emocional que não conhecia. E tudo bem.

A psicanálise não vem para dizer se foi certo ou errado, mas para ajudar a entender por que isso ainda dói e o que essa dor está tentando contar.

Falar sobre isso pode ser o primeiro passo para seguir — com mais clareza sobre quem você é e o que deseja.

 Cirano Araújo
Psicólogo, Psicanalista
Belo Horizonte
Olá, como tem passado?
O que você viveu naquela noite podemos ver para além de uma questão de moralidade e erro, mas a revelação de um ponto sensível, psíquico, seu que talvez ainda não havia sido tocado.
Na psicanálise, chamamos de “evento traumático” não aquilo que é necessariamente grave, mas aquilo que o psiquismo não conseguiu simbolizar no momento em que aconteceu.
Você confiava, amava, e acreditava estar num espaço de abertura e liberdade.
Mas ali apareceu algo que não pôde ser controlado, nem previsto, a sensação de exclusão, de quebra simbólica, de ter sido “retirado da cena”.
O que vocês viveram foi uma tentativa legítima de explorar um limite juntos. E o que surgiu ali não precisa ser apagado nem condenado, mas escutado.
A liberdade amorosa não exclui a dor, o inesperado, o risco de ferir e ser ferido.
Na terapia, é possível falar dessa mágoa sem culpa, sem vergonha, sem medo de “estragar” a relação, porque o amor, quando verdadeiro, suporta até mesmo a ferida, se ela for nomeada.
Olá. Que significativo você poder se abrir, buscar auxílio para esse momento com tantas dúvidas.

Considero ser rico vocês aproveitarem esse momento para conhecerem suas dúvidas de agora e anteriores à essa situação. Recomendo que conversem muito para irem clarificando o que ainda está nebuloso.
As emoções se acalmam quando cumprem sua função. Falo assim, considerando não ser um caso com transtorno obcessivo compulsivo (quando não se conseguem abandonar pensamentos e sentimentos, mesmo que eles não correspondam em nada ao que faz sentido para a pessoa e isso ser uma constante e se repetir em diversas áreas de vida).
Busquem psicoterapia de casal.
Junto disso, se for o seu desejo, fortaleça as áreas que considera já estarem saudáveis em vocês para a manutenção do vínculo e prazer em estarem juntos.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?
Seu relato revela não só uma experiência intensa, mas também uma maturidade admirável em refletir sobre tudo isso com honestidade emocional. Dá pra sentir o quanto você está tentando fazer sentido do que aconteceu sem cair na armadilha de simplificar sentimentos complexos — e isso, por si só, já é um grande sinal de saúde emocional.

Vivências que envolvem desejo, limites e vulnerabilidade tendem a deixar rastros psíquicos mais densos. E quando misturamos isso a estados alterados de consciência (como o álcool), o cérebro pode reagir como se tivesse ficado com uma “aba aberta” tentando resolver o que não foi bem digerido. Às vezes, o incômodo não vem só do que aconteceu, mas da sensação de “não ter estado presente” para entender e escolher conscientemente o desfecho. E isso pode alimentar essa repetição mental, como se em algum momento a resposta definitiva fosse surgir.

Do ponto de vista da neurociência, seu cérebro está tentando fechar esse circuito — buscando clareza, segurança, sentido. Mas quando o evento ativa emoções contraditórias (como amor e mágoa, confiança e dúvida), o sistema pode entrar em um modo de ruminação, como se reviver aquilo fosse a única forma de finalmente se libertar. O que acontece é o contrário: quanto mais se revisita o evento sem elaboração emocional profunda, mais o cérebro entende que ele ainda é uma ameaça e mantém a ferida aberta.

Será que o que mais te doeu foi a cena em si, ou a sensação de ter sido deixado de lado, mesmo que momentaneamente? Você sente que conseguiu expressar tudo o que gostaria ao seu namorado ou há algo ainda entalado — que não é sobre culpa ou perdão, mas sobre ser reconhecido no seu sentimento? E será que, mais do que buscar se encaixar em um modelo de “liberalidade”, a sua relação não está te mostrando o que é genuíno para você em termos de intimidade?

Essa história pode até parecer pequena na superfície, mas dentro de você ela abriu portas importantes — e ignorar isso seria como tentar fechar um livro sem ler as páginas que mais dizem sobre quem você é. Se você sente que ainda está preso nessa repetição, talvez o que falte não seja esquecer, mas compreender o que, de fato, foi ferido. E isso, muitas vezes, precisa de um espaço terapêutico seguro para acontecer com mais profundidade.

Caso precise, estou à disposição.

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