Tomando amitriptilina por 31 dias,para crise d pânico,nos primeiros dias fui melhorando,Mas nós últi

Amitriptilina não é uma medicação de primeira linha para transtorno de pânico (se é a ele que se refere quando fala de "crises de pânico") mas, dependendo de cada caso e da dose usada pode funcionar. Porém, muitas vezes pessoas vêm ao consultório dizendo que têm pânico e, na verdade, não têm transtorno de pânico, mas várias formas de medos ou fobias. Assim, não é possível comentar seu tratamento, porque não está totalmente claro que tipo de transtorno você está tratando. Entretanto, de modo geral, é possível que haja uma melhora, no decorrer de um tratamento e, após algum tempo, haja uma recaída dos sintomas ou parte deles. Assim, o correto é você falar com seu médico, que sabe exatamente para que transtorno indicou a amitriptilina e poderá esclarecer os porquês de você estar se sentindo pior do que quando começou a tomar.

É possível que você esteja enfrentando um período de adaptação ou que a dose ou o medicamento não estejam sendo ideais para o seu caso. Aqui estão alguns pontos importantes para considerar:

1. Período de adaptação e tempo para efeito pleno

• A amitriptilina pode levar de 4 a 6 semanas para atingir seu efeito terapêutico completo. Durante esse período, oscilações nos sintomas são comuns.
• No início do tratamento, algumas pessoas experimentam piora dos sintomas antes de começarem a notar melhora.

2. Possíveis causas da piora nos últimos dias

• Dose inadequada: A dose pode ser baixa demais para tratar crises de pânico, ou talvez precise ser ajustada com o tempo.
• Sensibilidade individual: Algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais como agitação, insônia ou aumento da ansiedade.
• Fatores externos: Estresse ou gatilhos externos também podem influenciar.
• Outros diagnósticos: Caso o transtorno do pânico esteja associado a outra condição (como depressão ou ansiedade generalizada), o tratamento pode precisar de ajustes.

3. Efeitos colaterais a observar

• Alguns efeitos colaterais podem ser confundidos com piora dos sintomas, como:
• Tontura
• Agitação ou irritabilidade
• Palpitações
• Insônia
• Boca seca, constipação ou dificuldade para urinar.

Se esses sintomas forem muito intensos, é essencial informar seu médico.

4. O que fazer agora

• Relate ao médico: É fundamental comunicar essa piora para que ele possa avaliar a necessidade de ajustes no tratamento, seja alterando a dose, combinando outro medicamento ou até trocando a medicação.
• Não interrompa por conta própria: Parar o uso de antidepressivos abruptamente pode piorar os sintomas devido ao efeito de retirada.
• Considere estratégias complementares:
• Terapia cognitivo-comportamental (TCC), que é muito eficaz para pânico.
• Técnicas de relaxamento, como respiração diafragmática ou mindfulness, para aliviar crises.

5. Quando buscar ajuda imediata

Se você perceber algum desses sinais, procure ajuda médica imediatamente:
• Pensamentos de autolesão ou suicídio.
• Aumento significativo da ansiedade ou ataques de pânico frequentes.
• Efeitos colaterais graves, como confusão ou alteração do ritmo cardíaco.

Seu relato sugere que a situação merece reavaliação, mas é algo que pode ser resolvido com ajustes no tratamento. Não hesite em buscar orientação rapidamente.