Tomo fluoxetina há vários anos, é possível que, com o tempo, ela deixe de fazer efeito ?
4
respostas
Tomo fluoxetina há vários anos, é possível que, com o tempo, ela deixe de fazer efeito ?
A resposta é não, não há perda de eficácia farmacológica documentada. O que ocorre com frequência é adaptação psicológica ou progressão natural da condição, não falha do medicamento.
O Fenômeno Real: Taquifilaxia vs. Progressão do Transtorno
Taquifilaxia verdadeira (perda de efeito de um fármaco) é rara com SSRIs como fluoxetina. A neurobiologia é clara: o mecanismo de ação (inibição de recaptação de serotonina) permanece biologicamente ativo indefinidamente.
O que parece ser "perda de efeito" é, na verdade:
Adaptação hedonística: Você melhora, normaliza a vida, e passa a notar mais facilmente quando o humor flutua
Evolução da doença: Novos estressores, mudanças de vida ou aprofundamento do transtorno podem exigir otimização terapêutica
Tolerância psicológica: Familiares a uma medicação, o impacto emocional do alívio diminui, mas o efeito neurobiológico permanece
Quando Realmente Há Mudança de Resposta
Comorbidades não tratadas: Ansiedade concomitante, transtorno bipolar II não reconhecido, insônia crônica
Fatores externos: Mudanças hormonais, abuso de álcool/substâncias, interações medicamentosas
Dosagem: Pode ser necessário otimizar a dose, não trocar o fármaco
Aderência: Esquecimento ocasional reduz níveis plasmáticos
Próximos Passos Clínicos
Se você realmente sente redução de benefício, sugiro uma reavaliação estruturada:
Revisar sintomas atuais versus baseline pré-medicação
Explorar novos estressores psicossociais
Considerar aumento de dose ou associação (ex: bupropiona, aripiprazol)
Investigar transtornos de humor bipolares (fluoxetina sozinha pode ser insuficiente)
O Fenômeno Real: Taquifilaxia vs. Progressão do Transtorno
Taquifilaxia verdadeira (perda de efeito de um fármaco) é rara com SSRIs como fluoxetina. A neurobiologia é clara: o mecanismo de ação (inibição de recaptação de serotonina) permanece biologicamente ativo indefinidamente.
O que parece ser "perda de efeito" é, na verdade:
Adaptação hedonística: Você melhora, normaliza a vida, e passa a notar mais facilmente quando o humor flutua
Evolução da doença: Novos estressores, mudanças de vida ou aprofundamento do transtorno podem exigir otimização terapêutica
Tolerância psicológica: Familiares a uma medicação, o impacto emocional do alívio diminui, mas o efeito neurobiológico permanece
Quando Realmente Há Mudança de Resposta
Comorbidades não tratadas: Ansiedade concomitante, transtorno bipolar II não reconhecido, insônia crônica
Fatores externos: Mudanças hormonais, abuso de álcool/substâncias, interações medicamentosas
Dosagem: Pode ser necessário otimizar a dose, não trocar o fármaco
Aderência: Esquecimento ocasional reduz níveis plasmáticos
Próximos Passos Clínicos
Se você realmente sente redução de benefício, sugiro uma reavaliação estruturada:
Revisar sintomas atuais versus baseline pré-medicação
Explorar novos estressores psicossociais
Considerar aumento de dose ou associação (ex: bupropiona, aripiprazol)
Investigar transtornos de humor bipolares (fluoxetina sozinha pode ser insuficiente)
Tire todas as dúvidas durante a consulta online
Se precisar de aconselhamento de um especialista, marque uma consulta online. Você terá todas as respostas sem sair de casa.
Mostrar especialistas Como funciona?
Boa tarde, tudo bem? Sim é comum ser necessário um ajuste de dose, não porque parou de fazer efeito , mas porque o quadro clínico muda com o tempo. Além disso, uma mudança da marca da medicação já pode causar mudança no efeito.
Sim, é possível que, com o tempo, o organismo se adapte ao uso contínuo de um antidepressivo como a fluoxetina, o que pode reduzir sua eficácia. Esse fenômeno é conhecido como taquifilaxia ou “tolerância ao antidepressivo”. Também pode acontecer de o quadro clínico mudar, como por exemplo, novas situações de estresse, alterações hormonais ou metabólicas, e o mesmo tratamento deixar de ser suficiente.
Nesses casos, é importante não interromper a medicação por conta própria. O ideal é conversar com o médico que prescreveu, para reavaliar o tratamento e ajustar a dose, o tipo de medicação ou associar outras abordagens (como psicoterapia, hábitos de sono, alimentação e atividade física), de acordo com cada caso.
Nesses casos, é importante não interromper a medicação por conta própria. O ideal é conversar com o médico que prescreveu, para reavaliar o tratamento e ajustar a dose, o tipo de medicação ou associar outras abordagens (como psicoterapia, hábitos de sono, alimentação e atividade física), de acordo com cada caso.
Sim, o nosso corpo vai se ajustando a medicação. Por isso muitas vezes é necessário ajuste de dose e ou ate mesmo a troca da medicação. Sempre acompanhada por um profissional da área.
Não conseguiu encontrar a resposta que procurava? Faça outra pergunta!
Todos os conteúdos publicados no doctoralia.com.br, principalmente perguntas e respostas na área da medicina, têm caráter meramente informativo e não devem ser, em nenhuma circunstância, considerados como substitutos de aconselhamento médico.