Tomo quetiapina 25 mg para insônia há cerca de 2 anos, tentei parar, mas se fico uma noite sem tomar

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Tomo quetiapina 25 mg para insônia há cerca de 2 anos, tentei parar, mas se fico uma noite sem tomar, além de não dormir, no outro dia como se eu fosse morrer com enjôo terrível q não passa com nada e mal estar!
Dra. Naarai Camboim
Psiquiatra, Médico de família, Psicanalista
Florianópolis
Olá, aqui é a Dra. Naarai. Obrigada por compartilhar faz muito sentido estar preocupada: o que você descreve (insônia se pular a noite e enjoo/ mal-estar intenso no dia seguinte) é uma queixa real e frequente quando a quetiapina vem sendo usada à noite por longo período. Mesmo em doses baixas, o organismo pode ficar “acostumado” ao efeito sedativo e, quando a medicação falta, surge uma combinação de rebote do sono (não conseguir dormir) e sintomas desagradáveis de descompensação autonômica e gastrointestinal (náusea, mal-estar), que costumam ser muito angustiantes.

O mais seguro é não interromper por conta própria e falar com o médico que acompanha seu sono/psiquiatra idealmente para planejar uma suspensão gradual (taper) se for o que decidirem, ou para pensar alternativas. Algumas orientações práticas enquanto você organiza isso com o médico: mantenha hidratação e alimentação leves (sopas, bolachas, gengibre pode ajudar a náusea), evite álcool e estimulantes (café, energéticos), e tente medidas de higiene do sono: rotina fixa, quarto escuro e fresco, reduzir telas antes de deitar, e um banho morno antes de dormir. Técnicas de relaxamento, respiração lenta e alongamentos suaves à noite podem ajudar a reduzir a ansiedade que piora a insônia.

Se quiser opções naturais/adjuvantes para discutir com seu médico, alguns recursos que costumam ajudar no sono e na redução da sensibilidade ao desmame são melatonina (especialmente para regular o ritmo sono-vigília), **magnésio (glicinato ou treonato), e L-teanina. A terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) é uma alternativa não medicamentosa de alta eficácia e vale muito a pena considerar para evitar recorre continuamente a comprimidos.

Se os episódios de náusea e mal-estar forem muito intensos (vômitos persistentes, incapacidade de se manter hidratada, desmaios, ou sensação de desorientação), procure atendimento médico de urgência:esses sinais exigem avaliação imediata. Caso contrário, combine com seu médico um plano de redução lenta ou uma estratégia substituta para o sono; reduzir muito devagar costuma minimizar esses sintomas.

Espero ter ajudado, a equipe da Dra. Naarai fica à disposição para o que precisar.

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A quetiapina, apesar de usada por muitos médicos, não é uma medicação aprovada para insônia, devido à possibilidade (baixa) de desenvolvimento de discinesia tardia. Há medicações mais seguras e técnicas cognitivo- comportamentais para o tratamento da insônia primária e, para os casos de insônia devidos a alguma doença clínica ou transtorno psiquiátrico, o mais importante é tratar a causa subjacente. Não é de se esperar que a suspensão de 25 mg de quetiapina leve a náuseas mas, de qualquer forma, o melhor é conversar com seu psiquiatra e explicar o que sente.
Entendo que, após dois anos de uso contínuo de quetiapina 25 mg para insônia, você esteja enfrentando sintomas desconfortáveis ao tentar interromper o medicamento, como náuseas intensas e mal-estar geral. Esses sintomas podem ser indicativos de efeitos de descontinuação, comuns quando a quetiapina é interrompida abruptamente.

A quetiapina, embora eficaz para induzir o sono, não é recomendada para uso prolongado em distúrbios do sono, especialmente devido aos potenciais efeitos colaterais e à possibilidade de desenvolvimento de tolerância. A interrupção abrupta pode resultar em sintomas como insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômito, tontura e irritabilidade. Portanto, é aconselhável que qualquer ajuste na medicação seja feito sob orientação médica, com uma redução gradual da dose para minimizar esses efeitos.

Considerando o tempo de uso e os sintomas que você está enfrentando, é altamente recomendável que você consulte um profissional de saúde, preferencialmente um psiquiatra, para uma avaliação completa. Esse especialista poderá revisar seu histórico médico, discutir os sintomas atuais e determinar o melhor curso de ação, que pode incluir a redução gradual da dose de quetiapina ou a substituição por outro tratamento mais adequado.

Se desejar, posso auxiliá-la no agendamento de uma consulta para que possamos discutir suas preocupações e encontrar a melhor abordagem para o seu caso.

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