Uma pessoa com o espectro autista sente vergonha, se preocupa com o julgamento de outras pessoas em

9 respostas
Uma pessoa com o espectro autista sente vergonha, se preocupa com o julgamento de outras pessoas em ocasiões onde está sendo observado?
Dr. José Iencarelli Filho
Psiquiatra
Rio de Janeiro
Há uma corrente majoritária de pensamento que diz que não, que o autista não se importa com os outros... acho que não é bem assim. O autismo é uma necessidade defensiva que se instala por razões complexas e que se desfaz ao longo do tempo, com ajuda e dedicação. É óbvio que o funcionamento autístico entrava a socialização e dificulta a vida da criança e de sua família. Conheço casos em que a evolução foi favorável!

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 Rúbia Alcântara
Psicanalista, Psicólogo
São Paulo
Boa tarde
Por experiência clínica, posso dizer que há a possibilidade de sentimentos como vergonha, culpa e arrependimento, assim como tantos outros. O ambiente no qual o indivíduo vive faz muita diferença.
Dentro do TEA (Transtorno do Espectro Autista) podem existir vários tipos de comportamentos e comprometimentos, da mesma forma que há níveis dentro deste diagnóstico, sendo assim, dependendo do nível deste Autista ele pode sim sentir vergonha e insegurança diante do outro.
Olá, a sim possibilidades que se tenham sentimentos de vergonha, culpa e arrependimento no espectro autista, vai depender do nível deste autismo. Por isso é bom um acompanhamento psicoterápico. Um abraço
 Bianca Bordinhão
Psicanalista, Psicólogo
Rio de Janeiro
É preciso avaliar o contexto que essas reações acontecem. Minha experiencia clinica com crianças diagnosticadas com autismo trazem sintomas diversos. É preciso entender que o que vem do externo é incomodo e invasivo a eles e cada um reage de forma diferente, afinal, independente do diagnostico global, cada pessoa é unica e tem sua forma de se colocar no mundo. É imprescindível o trabalho em conjunto com o psiquiatra, psicologo, pedagogo, fonoaudiólogo, e afins.
 Thais Pereira
Terapeuta ocupacional
Curitiba
É possível sim, principalmente se foi bem estimulado durante a sua vida, é capaz destas percepções.
O TEA é entendido atualmente como um espectro. Isso significa que existem níveis ou graus de TEA. Cada pessoa é única e seu caso precisa ser avaliado. Por isso uma pessoa com TEA pode ou não apresentar essa preocupação social (por exemplo, a vergonha), dependendo de onde ela se encontra no espectro.
Dr. Diogo Batista
Psiquiatra
Brasília
Boa tarde !
Claro! Assim como todos nós, pessoas dentro do espectro autista sentem todas as emoções, sua dificuldade se encontra na forma de como expressá-las e de como reconhecê-los em outras pessoas .
Em caso de mais dúvias, marque uma consulta !
Dra. Camila Cirino Pereira
Neurologista, Médico do sono, Psiquiatra
São Paulo
Sim, pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem sentir vergonha, ansiedade social e preocupação com o julgamento alheio, especialmente quando são expostas a situações em que percebem estar sendo observadas, avaliadas ou diferentes dos outros. No entanto, o modo como essa sensação se manifesta e é processada emocionalmente costuma ser diferente do padrão neurotípico. Em muitos casos, o indivíduo autista tem hipersensibilidade à rejeição ou crítica, mas dificuldade em compreender nuances sociais e intenções implícitas — o que pode gerar insegurança e medo de errar. Isso é mais frequente em pessoas com autismo leve (nível 1), que têm consciência de suas dificuldades de comunicação, coordenação social e adaptação, e acabam desenvolvendo uma autopercepção mais crítica. Alguns também apresentam o que se chama de “camuflagem social” ou “masking”: um esforço constante para imitar comportamentos sociais considerados “normais”, suprimindo gestos, interesses ou reações naturais para evitar julgamento. Esse processo é mentalmente exaustivo e pode gerar vergonha, culpa, ansiedade e fadiga emocional. Outros, por outro lado, podem parecer menos afetados pelo julgamento externo, não por falta de sensibilidade, mas por processarem as situações sociais de forma mais lógica do que emocional. Portanto, sim — o autista sente vergonha e se preocupa com o olhar do outro, mas essa experiência pode ser mais intensa internamente e menos expressa emocionalmente, dependendo do grau de autopercepção e da trajetória de vivências sociais. A psicoterapia adaptada ao TEA, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), pode ajudar muito a compreender e modular essas emoções, fortalecendo autoestima e segurança social. Reforço que esta resposta tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica individual. O acompanhamento com seu neurologista é essencial para confirmar o diagnóstico e garantir segurança no uso. Coloco-me à disposição para ajudar e orientar, com consultas presenciais e atendimento online em todo o Brasil, com foco em neurologia clínica, autismo adulto, TDAH e regulação neurofuncional, sempre com uma abordagem técnica, empática e humanizada. Dra. Camila Cirino Pereira - Neurologista | Especialista em TDAH | Especialista em Medicina do Sono | Especialista em Saúde Mental CRM CE 12028 | RQE Nº 11695 | RQE Nº 11728

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