Dr. Otavio Eboli

Reestenose Coronária

A reestenose coronária é um fenômeno que acompanha, em pequena proporção, a Angioplatia Transluminal Coronariana (ou ATC) tardiamente. Por uma reação tecidual do organismo (tipo cicatrização), o trecho da coronária previamente tratado perde parcialmente ,ou totalmente, o resultado e pode ser necessário refazer o tratamento. Novas tecnologias, como stents mais delicados (com hastes mais finas), liberadores de medicamentos que inibem o fenômeno, ou, bioabsorvíveis (este sendo aprimorado), melhoras na técnica, reduzem de forma importante esta ocorrência.

Implante de Stent Coronário

O Stent coronariano foi um aperfeiçoamento de grande impacto no tratamento de Angioplastia Transluminal Coronariana (ou ATC) na coronariopatia obstrutiva. Consiste de uma microprótese (ou órtese) que é introduzida durante a ATC, expandida no local afetado, e lá permanece, para obter um melhor resultado no diâmetro da artéria e na evolução clínica. Continua em evolução com aprimoramentos em materiais, liberação local de medicamentos, estruturas bioabsorvíveis, com resultados progressivamente melhores em indicações e implantes. A tendência, na maioria dos casos, é ser menos invasivo.

Recanalização Coronária no Infarto

Esta terapêutica, quando empregada em tempo hábil (até 6h do início do sintoma forte), é altamente eficiente na preservação da vida e redução de sequelas nos casos de Infarto Agudo do Miocárdio. É necessário que haja uma logística adequada desde a remoção domiciliar do paciente, até seu percurso da porta do hospital até a insuflação do Balão de Angioplastia Transluminal Coronariana, geralmente associada a implante de Stent, que restitui o fluxo da artéria cardíaca infartada (ocluída), promovendo sua recanalização na grande maioria dos casos. É o tratamento de escolha nessa condição, dentro desse período de tempo. Passado o período ideal, o beneficio permanece, mas vai se tornando menor.

Angioplastia coronariana

A Angioplastia Transluminal Coronariana (ou ATC). Foi introduzida em 1977 pelo médico Suiço Dr. A. Gruentzig, como alternativa às cirurgias de revascularização (Ponte de Safena, Mamária) nos casos de doença obstrutiva das coronárias, sem os inconvenientes deste tipo de tratamento. Por ser minimamente invasiva, feita sob anestesia local (na virilha ou pulso), tempo de internação muito curto, riscos hospitalares (infecção, baixa qualidade hospitalar, etc) mais baixos, acabou se consagrando progressivamente como tratamento seguro , viável, confortável, com possibilidade de novas intervenções, se necessário, e que vem incorporando novas tecnologias em materiais , farmacologia e experiência.

Coronariopatia

Coronariopatia ou doença das coronárias é uma condição que atinge principalmente as paredes das artérias que nutrem o coração, formando placas que obstruem a passagem de sangue podendo até interromper este fluxo, ocasionando sofrimento, ou perda do tecido se não for revertida em tempo hábil. Neste sentido existem as técnicas de reperfusão de emergência. A técnica mais eficiente em reduzir morte ou sequelas por infarto do miocárdio é a Angioplastia Coronaria, geralmente associada a implante de um ou mais Stents (Próteses intra-coronarianas), que ajudam a manter a artéria que foi desobstruída com fluxo de sangue normal.