A amizade unilateral no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é intencional?
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A amizade unilateral no Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é intencional?
Oi, que bom que você trouxe essa pergunta — ela toca num ponto muito delicado do Transtorno de Personalidade Borderline e costuma gerar bastante confusão, especialmente para quem convive com alguém que tem o diagnóstico.
A amizade unilateral, no contexto do TPB, não é intencional. O que acontece é que a pessoa com esse transtorno vive emoções de forma muito intensa, especialmente o medo de rejeição e abandono. Isso faz com que, em alguns momentos, ela se aproxime de alguém com uma entrega profunda, buscando conexão, e em outros se distancie abruptamente, muitas vezes sem perceber o impacto que causa. É como se o sistema emocional dela estivesse constantemente alternando entre “preciso muito de você” e “preciso me proteger de você”.
Do lado de fora, essa oscilação pode parecer egoísmo, manipulação ou falta de interesse, mas, na verdade, é uma forma desorganizada de tentar manter o vínculo. A pessoa com TPB não quer que a relação seja unilateral — ela só tem muita dificuldade em sustentar a estabilidade emocional que a reciprocidade exige. A neurociência explica parte disso: as áreas cerebrais ligadas à regulação emocional e à percepção de ameaça (como a amígdala e o córtex pré-frontal) funcionam de maneira mais reativa, o que intensifica a sensibilidade às variações do vínculo.
Talvez valha refletir: o que essa pessoa busca ou teme quando se afasta? O que a amizade desperta que pode ser difícil de lidar — dependência, medo, ciúme, necessidade de controle? E, do seu lado, como é para você manter um laço em que a reciprocidade oscila tanto? Essas perguntas ajudam a enxergar o que está em jogo para ambos.
A psicoterapia é o espaço mais indicado para trabalhar essas dinâmicas — tanto para quem tem TPB quanto para quem se envolve emocionalmente com alguém que vive essa montanha-russa afetiva. Com tratamento e autoconhecimento, essas relações podem se tornar mais equilibradas e seguras. Caso queira conversar mais sobre isso, estou à disposição.
A amizade unilateral, no contexto do TPB, não é intencional. O que acontece é que a pessoa com esse transtorno vive emoções de forma muito intensa, especialmente o medo de rejeição e abandono. Isso faz com que, em alguns momentos, ela se aproxime de alguém com uma entrega profunda, buscando conexão, e em outros se distancie abruptamente, muitas vezes sem perceber o impacto que causa. É como se o sistema emocional dela estivesse constantemente alternando entre “preciso muito de você” e “preciso me proteger de você”.
Do lado de fora, essa oscilação pode parecer egoísmo, manipulação ou falta de interesse, mas, na verdade, é uma forma desorganizada de tentar manter o vínculo. A pessoa com TPB não quer que a relação seja unilateral — ela só tem muita dificuldade em sustentar a estabilidade emocional que a reciprocidade exige. A neurociência explica parte disso: as áreas cerebrais ligadas à regulação emocional e à percepção de ameaça (como a amígdala e o córtex pré-frontal) funcionam de maneira mais reativa, o que intensifica a sensibilidade às variações do vínculo.
Talvez valha refletir: o que essa pessoa busca ou teme quando se afasta? O que a amizade desperta que pode ser difícil de lidar — dependência, medo, ciúme, necessidade de controle? E, do seu lado, como é para você manter um laço em que a reciprocidade oscila tanto? Essas perguntas ajudam a enxergar o que está em jogo para ambos.
A psicoterapia é o espaço mais indicado para trabalhar essas dinâmicas — tanto para quem tem TPB quanto para quem se envolve emocionalmente com alguém que vive essa montanha-russa afetiva. Com tratamento e autoconhecimento, essas relações podem se tornar mais equilibradas e seguras. Caso queira conversar mais sobre isso, estou à disposição.
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Não. O que parece unilateral geralmente nasce da dor e não da intenção. A pessoa com TPB muitas vezes luta contra o medo constante de ser abandonada e acaba reagindo de forma impulsiva. Quando há compreensão de ambas as partes, a relação pode se tornar um espaço de aprendizado e empatia — não de culpa.
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